O mundo está ficando estranho. As pessoas perderam completamente o bom-senso e já há gente pregando autoritarismo do bem na imprensa. Fiz uma rápida pesquisa sobre o que podemos esperar de alguém autoritário:
1. Ódio. A pedra fundamental do autoritarismo. O ódio contra quem pensa ou age diferente do que ele acha certo. 2. Punição e crueldade. O ódio leva à necessidade de punir quem age errado. Evidentemente, o juiz do erro é ele, o autoritário. 3. Violência. Física ou psicológica.
4. Ameaças e amedrontamento. Autoritários precisam incutir o medo nos outros. 5. Regras confusas. O autoritário precisa que a regra seja quebrada para se sentir poderoso... punindo.
6. Paranoia. Autoritários agem como se estivessem sendo ameaçados todo o tempo. Tem inimigo pra todo lado. 7. A verdade é inimiga. Para quem quer punir os outros, a verdade é uma inconveniência.
8. Humilhação e ridicularização. Não basta controlar, vencer, dominar o alvo. É preciso envergonhá-lo. 9. Obsessão por comando e controle. A vida do autoritário é repleta de regras, certezas e verdades que, para ele, deveriam ser óbvias para todo mundo.
10. Intromissão. Combinação da necessidade de controlar e envergonhar. O autoritário se mete onde não foi chamado.
Vamos lá então? Ódio, punição, crueldade, ameaças, confusão, paranoia, desprezo pela verdade, humilhação, obsessão por controlar, intromissão...
Sério que, em nome do bem futuro, você acha que vale se submeter a gente assim?
Versão do Youtube:
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1/ O abismo existente entre o que você quer ser e o que você realmente é, chama-se hiato da aspiração.
A aspiração dos chineses, indianos e coreanos provavelmente é conquistar o mundo, exatamente como queriam os brasileiros de sessenta anos atrás.
2/ Mas qual será a expectativa, a aspiração média dos brasileiros de 2020? Talvez ter um dinheirinho pra comprar um carrinho chinês, que é mais baratinho? É?
3/ Essa é a aspiração de quem vive na média, acostumado com o que é meio-bom, meio-competente, meio-confortável, meio-saudável. De quem não percebe que meio-bom também é meio-ruim. Meio-honesto é meio-desonesto. Meio-competente é meio-incompetente. Com qual metade você fica?
1/ "Você viu que loucura as eleições presidenciais nos EUA? São toneladas de evidências de que houve fraude, o que colocaria o resultado da eleição em risco, e a imprensa já decidiu que o Biden tá eleito.
2/ Pode até ter vencido a eleição, mas eleito, não está, porque enquanto o resultado oficial não for anunciado, não dá pra apostar.
3/ E o que me chama a atenção é a quantidade de jornalistas dizendo o tempo todo “o presidente eleito Biden”, “o presidente eleito Biden”, com uma certeza olímpica que me intriga.
E o debate em torno da Covid então?
1/ Estes dias de embates políticos têm sido um aprendizado só. As mídias sociais estão se revelando verdadeiros laboratórios do comportamento humano diante de quem pensa diferente.
2/ Desde que forcei a mão nas questões político-ideológicas, assumindo a defesa dos ideais liberais-conservadores em minhas páginas e em meu Podcast, tenho experimentado situações inusitadas.
3/ Perdi milhares de leitores e ouvintes que antes admiravam minha suposta imparcialidade e se decepcionaram quando descobriram que tenho uma visão de mundo diferente da deles.
1/ O psicólogo e economista Daniel Khaneman, em seu livro Rápido e Devagar, descreve como funciona a Cascada da Disponibilidade:
2/ “… é uma cadeia de eventos auto sustentável, que pode se iniciar com matérias na imprensa sobre um evento de pequena importância, até provocar pânico e ações governamentais em alta escala.
3/ Em algumas ocasiões, uma matéria na imprensa sobre algum risco, captura a atenção de um segmento do público, que se torna atento e preocupado.
1/ Almocei num restaurante que passava nas telas o show Kaia na gandaia de Gilberto Gil. O show é uma homenagem ao reggae de Bob Marley. Gil canta e encanta, dança e ilumina. Uma delícia. Mas...
2/ Tinha gente com cara feia na mesa.
- Odeio o Gil.
Gil era então ministro aliado ao governo do PT, portanto tudo que fizesse devia ser execrado. Não interessa sua história como artista, seu valor como poeta, sua capacidade como músico e intérprete.
3/ Até quem não gosta dele reconhece sua importância na história da Musica Popular Brasileira.
Mas Gil estava contaminado. Por uma "ideologia". E uso a palavra "ideologia" entre aspas, pois não sei se o circo político brasileiro tem algo que se possa chamar de ideologia.
1/ Sou da geração de 1956, uma molecada que nasceu e cresceu meio que num hiato. Quando surgiu o amor livre eu era jovem demais. Quando fiquei maduro, apareceu a AIDS... Sou da geração que era jovem demais para curtir compreender Woodstock.
2/ E 1968, o ano das grandes mobilizações, eu tinha 12 anos de idade e morava numa cidade do interior. Quando vim para São Paulo, em 1975, uma parte importante dos acontecimentos que mobilizaram o país já havia sido deixada para trás.
3/ Mas começava uma nova fase de ebulição e acabei tomando parte em manifestações que provocaram mudanças no país.
Aos 20 anos de idade, recém chegado do interior, eu era como aquele sujeito descrito por Álvaro de Campos: eu era nada, nunca seria nada, não podia querer nada.