Algumas notícias sobre a Sputnik-V: nesse último sábado, a @anvisa_oficial afirmou que a vacina candidata não atingiu os requisitos mínimos para o pedido de uso emergencial aqui no país. Acompanha o fiozinho abaixo que vou comentar rapidinho que que tá rolando
Segundo a reportagem, em nota, a Anvisa afirmou que o pedido foi restituído "especialmente pela falta de autorização para a condução dos ensaios clínicos fase 3, a condução em andamento no país e questões relativas às boas práticas de fabricação". oglobo.globo.com/sociedade/vaci…
Ainda, segundo a reportagem, "não basta o pedido de autorização de estudo clínico de fase 3 estar protocolado para pedir uso emergencial" e que "é necessário que tais estudos estejam em andamento no país"
Por sua vez, o fundo soberano da Rússia (RDIF) anunciou neste domingo que dentro de uma semana irá enviar todas as informações adicionais que foram solicitadas pela Anvisa para liberar o uso emergencial do imunizante no Brasil correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/…
Segundo a reportagem, essa permissão também vai incluir a autorização para iniciar os testes clínicos de fase 3 no país, em que a vacina seria produzida em Brasília pela União Química, parceira do RDIF
Segundo o pessoal do RDIF, a eficácia atingida pela vacina é de 91%. NO ENTANTO, ainda não temos, desde a divulgação no fim de 2020, os dados publicamente divulgados. E isso vem sendo uma questão reincidente com relação a essa vacina: falta de transparência
A título de conhecimento, a Sputnik-V alcançou a aprovação emergencial na Rússia, Bielorússia, Sérvia, Argentina, Bolívia, Argélia, Palestina, Venezuela e Paraguai e já foi aplicada em mais de 1,5 milhão de pessoas nesses países.
A Anvisa relatou que a União Química pediu autorização para realizar a pesquisa no dia 31 de dezembro. A agência, no entanto, solicitou no dia 4 de janeiro que o laboratório apresentasse informações que estavam faltando, o que ainda não aconteceu.
Em Novembro, dados da análise interina (preliminar) foram apresentados, com 39 eventos analisados, sendo 8 no grupo que recebeu a vacina, evidenciando a eficácia (91,4%) e a proteção.
Faz sentido a @anvisa_oficial não ter aceitado esse pedido nesse momento. Ao meu ver, os dados ainda devem estar sendo completados para um nº suficiente de análise de eventos (incidência de COVID-19 nos participantes), e fica difícil sabermos o "pé" do estudo sem a divulgação
Na minha percepção, vejo um caminho ainda comprido pra Sputnik-V aqui no país, e ele começa com a condução da fase 3 por aqui. Vamos aguardar as próximas notícias, a entrega dos docs essa semana e ver se a autorização para a condução da fase 3 será aprovada.
Recentemente, um preprint foi publicado trazendo alguns dados sobre os anticorpos gerados pelas vacinas de RNA (Moderna e Pfizer) considerando variantes da COVID-19. O dado revela que sim, essas vacinas abrangem essas variantes! Mas tenho alguns pontos para destacar.
Vem comigo?
Abordei nesse fio aqui algumas questões importantes sobre as variantes da COVID-19, estabelecendo uma cronologia do que a gente foi descobrindo, exaltando o trabalho incrível do @CaddeProject , @nmrfaria , @atrvlncc e tantos outros
Inclusive, te convido para assistir nossa live com essas feras (@nmrfaria@atrvlncc e @AndersonBrito_ ), tirando MUITAS dúvidas sobre variantes da COVID-19
Gurizada, seguinte: para associar que um evento X tem uma relação de causa-consequência com o evento Y, precisamos de um estudo completo para gerar essa evidência.
Por que digo isso? Porque comentarei dos óbitos vistos na Noruega
De acordo com um relatório, a Agência Norueguesa de Medicamentos, o “FDA” para a Noruega, relatou que um total de 29 pessoas sofreram efeitos colaterais, 13 deles fatais. Todas as mortes ocorreram entre pacientes em lares de idosos e todos tinham mais de 80 anos.
A agência listou febre e náuseas como efeitos colaterais da vacina COVID-19 de mRNA da Pfizer e, de acordo com a Agência Norueguesa de Medicamentos, “pode ter levado a mortes de alguns pacientes frágeis.
Segundo a reportagem, no ano passado, foram confirmados 8.419 casos de sarampo no país, até o dia 19 de dezembro. E há, ainda, 371 em investigação. Isso é preocupante demais.
Observem no gráfico abaixo as coberturas vacinais em 2020 para o sarampo e outras doenças que podem ser evitadas por vacinas. Quando não atingimos a cobertura vacinal, o agente infeccioso volta a circular, e os casos sobem.
E hoje, às 23h45 deu-se início à campanha de vacinação no Rio Grande do Sul, em uma cerimônia ocorrendo no @HCPA_ . Os primeiros a receberem a CoronaVac foram representantes de grupos prioritários, entre eles, uma senhora de 99 anos (!)
Que emocionante!
Que a população veja esse momento não só como um marco no enfrentamento da pandemia, mas como uma responsabilidade. Quanto mais nos imunizarmos, mais protegidos estaremos uns aos outros. Vacinas proporcionam isso, e mais uma vez, proporcionarão, agora, na COVID-19
@EduardoLeite_ termina reinterando: Te cuida, te vacina, a vacina é segura, eficaz, atestada pela nossa agência reguladora, e eu faço um adendo: siga com as medidas de enfrentamento! Até atingir a cobertura vacinal, precisaremos nos cuidar e muito!
Logo após a posse, o ministro indicou protocolos que continham hidroxicloroquina, o qual não tem eficácia comprovada para o tratamento da covid-19. noticias.uol.com.br/saude/ultimas-…
Ainda, de acordo com o ministro Tratamento é uma coisa, atendimento é outra. Como leigos, às vezes nós falamos o nome errado"
Uma coisa é a população leiga confundir. Nós esclarecemos e informamos. Outra é a frente do MS realizar esse tipo de confusão.
Não é de agora que estamos pedindo o mínimo na responsabilidade na comunicação científica. Não pode haver enganos, isso é crucial para a população entender o que temos e o que não temos até o momento, e sobretudo, o que precisamos fazer
Tive de responder a questionamentos passionais de porque a @anvisa_oficial fez uma apresentação longa sendo que era "só votar". Comunicação científica requer transparência e responsabilidade. Muitos dados foram expostos, dados que são necessários para a recomendação da aprovação
Muitas análises e especialistas comentando, o que é necessário para a divulgação pública dos dados. Todos queremos um imunizante seguro e eficaz e a agência fez o que é o preconizado, nessa transmissão.
Ressaltando o quão pertinentes são vacinas nesse momento, especialmente quando temos ausência de alternativas terapêuticas com comprovação científica