Na China, a rebelião jovem contra o trabalho excessivo
Na China, a jornada de trabalho mais comum é chamada de 996. Principalmente no setor de tecnologia, o mais procurado, trabalha-se das 9 da manhã às 9 da noite, seis dias por semana.
São 72 horas por semana, o que muitos críticos enxergam como exagero. No país, como no Brasil, a jornada de trabalho oficial é de 44 horas.
Mas jornadas longas e cansativas sempre foram a regra nas fábricas chinesas. Foi assim que o país se tornou praticamente o parque industrial do mundo. A novidade é que passaram a ser copiadas pelos escritórios. São hoje o padrão para muitas empresas que incluem Alibaba e Huawei.
Um regime de trabalho tão desgastante só é possível em um país onde, ironicamente, as empresas privadas incorporaram parte da mensagem da ideologia comunista, do sacrifício individual em nome do coletivo.
É comum, por exemplo, o RH perguntar a um candidato ou candidata ao emprego se topa terminar um relacionamento para se dedicar mais ao trabalho.
Também é fruto de outra característica do capitalismo chinês, o consumismo exacerbado.
Trabalhar muito, fazer muita hora extra e gastar muito no shopping para compensar é um hábito nacional. Principalmente entre os jovens.
Mas nem todos. A chamada Geração Z começa a desafiar o sistema de trabalho do país nas últimas décadas.
São os jovens nascidos a partir da metade dos anos 90, hoje na faixa entre 20 e 25 anos. Criados já numa era de mais riqueza no país, eles rejeitam as horas extras e espalham silenciosamente um movimento contra o regime 996.
A prática tem até nome: pescaria. Vem de um provérbio chinês que diz que é mais fácil pescar nas águas turvas. Ou seja, é na crise que surgem as melhores oportunidades.
No caso, a oportunidade de separar vida e trabalho em um momento em que as empresas estão mais focadas em lidar com os efeitos da pandemia de covid-19 do que em cobrar seus empregados.
Eles se sentem menos pressionados a trabalhar porque saem menos de casa para ir ao shopping. Preferem as opções baratas de lazer na internet, jogando muito videogame e assistindo mais vídeos na rede social Tik Tok. Gastando menos, querem mais tempo livre.
O levante silencioso surgiu depois dos relatos sobre a morte de um funcionário de 22 anos de uma grande plataforma de vendas, que adota o regime 996, que sofreu um colapso depois de trabalhar até 1h30 da manhã.
E os chineses não estão sozinhos. Um estudo de quatro economistas da Universidade de Chicago apontou que na década passada os trabalhadores americanos entre 21 e 30 anos tiveram duas horas a mais de lazer por semana do que na década anterior. E trabalharam duas horas a menos.
Não dá para dizer o quanto a rebelião está funcionado. Os números sobre produtividade continuam altos na China e o regime 996 segue sendo exibido pelas empresas como vantagem competitiva. Mas certamente preocupou o governo.
Quando empregados de algumas grandes empresas criaram um fórum para reunir os relatos de exploração no trabalho, o site rapidamente foi derrubado pelas autoridades.
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Falta de oxigênio também é fruto do caos tributário
No Amazonas, falta oxigênio nos hospitais. Mesmo assim a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o oxigênio hospitalar no estado é de 18% se for produzido em outra unidade da federação.
Para a produção local, é de 7%.
No mundo louco dos impostos brasileiros, é assim que funciona. Até oxigênio é pauta da guerra fiscal. Mas não é exclusividade amazonense.
Às pressas, o Confaz, conselho nacional formado pelas secretarias de saúde de 26 estados e do Distrito Federal, se reúne nesta quinta-feira para zerar o ICMS do oxigênio hospitalar.
Para mostrar como bens públicos fornecidos gratuitamente ou a um custo muito baixo, a Venezuela é um bom exemplo. Pense no caso da gasolina. A gasolina venezuelana já foi a mais barata do mundo, chegando a custar aproximadamente apenas US$ 0,01 por litro
Durante vinte anos, o governo venezuelano manteve os preços congelados e usou isso politicamente para dar a falsa impressão de um ganho econômico pela população.
A ideia é ótima: subsidiar a gasolina para que a população possa se locomover de maneira barata.
A economia também seria afetada ao reduzir o preço da logística. Até aí todos concordam. O que diferencia boas políticas de más políticas é como gestores querem atingir o objetivo.
Precisamos falar da Petrobras: empresa é acusada de segurar preços
Na primeira semana do ano, a ABICOM, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, protocolou no CADE a acusação de que a Petrobrás estaria segurando os preços dos combustíveis.
Esses produtores que fizeram a denúncia importam e vendem derivados de combustíveis com base nas cotações internacionais de petróleo enquanto a Petrobrás define o preço dos produtos com base nos custos de produção e. Isso dá uma diferença de preço para um e para outro.
Até esse ponto tudo certo, é assim com as políticas de preços. No entanto, começaram a circular no mercado rumores de que o represamento se deve à ameaça de greve dos caminhoneiros.
Infelizmente inúmeros colegas jornalistas, comunicadores e veículos de mídia estão reportando dados errados sobre a Coronavac.
Segue o fio. Aos fatos:
1) A eficácia de 50,38% (segundo o @butantanoficial ) O número foi estimado por um órgão internacional e deve estar correto.
Obs1. Só saberemos com certeza quando os dados/estudo completo forem disponibilizados
2) Quanto menor a eficácia, maior o percentual de pessoas a serem vacinadas para conter a epidemia.
3) A eficácia de 50,38% implica, supondo que os vacinados não transmitam os vírus, uma cobertura de aproximadamente de 56% se considerarmos que a transmissão no Brasil seja 1,4 . (epiforecasts.io/covid/posts/na…)
Devido a confusão , segue um resumo do texto da wikipédia sobre p-valor para analisar os dados reportardos da Vacina. Segue o fio...
1 p-valor é a probabilidade de se obter uma estatística de teste igual ou mais extrema que aquela observada em uma amostra, sob a hipótese nula.
2 Em um teste clássico de hipóteses, são definidas duas hipóteses, a nula (H0) e a alternativa (HA). A princípio, um pesquisador começa o teste supondo que a hipótese nula é considerada a verdadeira.
3 Ao confrontarmos a hipótese nula com os achados de uma amostra aleatória tomada de uma população de interesse, verifica-se a sua plausibilidade em termos probabilísticos, o que nos leva a aceitar ou não H0.
Ganhadores do Nobel de Economia revolucionaram os leilões
O Prêmio Nobel costuma ser uma ótima ocasião para se conhecer as ideias econômicas influentes, que, por vezes são pouco conhecidas fora do circuito acadêmico. A escolha dos dois ganhadores deste ano é um destes casos.
Nesta segunda-feira, a Academia Real de Ciências da Suécia entregou o Nobel de Economia a dois americanos, Paul Milgrom e Robert Wilson, devido aos estudos desenvolvidos pela dupla sobre como funcionam os leilões.
Os dois são professores da Universidade de Stanford e conhecidos por terem criado o formato usado pelo governo americano no leilão de frequências de rádio para operadoras de telecom nos Estados Unidos, nos anos 90.