Só médico que pode falar de saúde? NÃO. Primeiro q há uma carrada de profissionais de saúde que não são médicos: biomédicos, farmacêuticos/bioquímicos, enfermeiros, fisioterapeuta, médico veterinário, psicólogo, dentista, até (a depender da especialidade) biólogo e outros.
Pra enfrentar a covid-19, o governo federal chamou voluntários de 14 profissões da saúde: "serviço social, biologia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, psicologia e...
Segundo, q, a depender da especialidade e estudo, outros profissionais são até mais gabaritados do que um médico. Um biomédico especialista em virologia tende a ser mais capaz de falar sobre a biologia do SARS-CoV-2 do que um médico clínico.
Terceiro, não apenas profissionais da saúde são importantes na comunicação sobre pandemia. Sociólogos, p.e., têm muito mais conhecimento para falar dos impactos sociais e como a organização da sociedade interfere na progressão da doença e no combate a ela.
Quarto, a especialidade é apenas um proxy da probabilidade de se ter conhecimento de causa. Se um bêbado estiver falando algo correto, isso não deixa de ser correto apenas pelo emissor ser alguém alcoolizado. Apenas q, a priori, as chances de um beubo falar algo correto é menor.
O oposto tb é vale: se um especialista estiver falando bobagem, a bobagem não fica correta apenas pq é um especialista falando. Novamente, apenas que, *antes* de se falar qq coisa, as chances de um especialista falar algo correto (sobre a especialidade) é maior.
E qual a prova dos noves que bêbado fala algo certo e o especialista está falando bobagem? Dados. Na ausência de dados, ok; considere a especialidade. Na presença de dados, se os dados não batem com o critério da especialidade, esqueça a especialização e fique com os dados.
Os melhores dados mostram que CQ/HCQ não ajudam no combate à covid-19 e podem até aumentar os problemas. Então, se um médico - não importa a especialidade - receita ou defende CQ/HCQ contra a SARS-CoV-2, ele está errado.
Os procedimentos científicos (não existe uma metodologia única, ainda que se possa extrair princípios gerais do conjunto) foram sendo aperfeiçoados ao longo de séculos para diminuir a influência dos vieses do ambiente e do observador, e do acaso. Ñ é perfeito, mas traz um ganho.
Nós, seres humanos, somos repletos de limitações de percepção (instrumentos vários foram sendo criados para ampliar o alcance tornando visível fenômenos invisíveis), de cognição e memória (o registro escrito sistemático, a matemática e as máquinas de calcular... ajudam).
O processamento mais intuitivo das informações nos ajudam no dia a dia, mas com frequência acabam nos enganando tb. Vieses diversos como de disponibilidade (o q nossa memória recupera mais facilmente), de saliência (o q parece se destacar mais) podem nos levar a concluir errado.
A relativa segurança da ivermectina depende de que o composto não atinja o sistema nervoso central. Normalmente, a barreira hemato-encefálica evita que a IVM chegue ao nosso cérebro. Mas a covid-19 parece danificar essa barreira.
"O lugar da educação literária nas novas orientações curriculares: uma reflexão sobre os caminhos de Portugal e do Brasil" scielo.br/pdf/rbeped/v99…
"Como se forma um leitor? Que literatura ele deve percorrer? Quando e como ler obras literárias na escola? Que itinerário constrói um leitor?"
"[A] autora pondera q qdo observamos a situação durante os primeiros anos de escolarização, a literatura se vê justificada em função da sua convergência p os objetivos mais globais de alfabetização e letramento, q são buscados naquele momento de aprendizagem."
O uso correto do chamado kit Covid é não usar pra tratar Covid-19.
Cloroquina/hidroxicloroquina são antimaláricos. Ivermectina é antiparasitário (insetos, ácaros, vermes). Nitazoxanida (Annita) é anti-helmíntico (vermes intestinais) e anti-giárdia.
Nenhum tem uso comprovado contra covid-19. Vários têm comprovação de que não funcionam. Alguns que podem até fazer mal.
Não é impossível - ainda q no presente momento, improvável - q o BRA dependa da vacina cubana pra imunizar todo mundo em tempo razoável contra a covid-19.
Estão contando com uma transferência tecnológica para a produção local de Coronavac e da Ox/AZ em prazo de seis meses a um ano - normalmente a transferência ocorre em prazo de 5 anos.
Se houver necessidade de atualização das vacinas por conta das linhagens novas, a demanda mundial pelas vacinas irá continuar alta, limitando a disponibilidade para o BRA.
Trabalhar com porcentagem é muito fácil de se perder pq a porcentagem é um número relativo a uma certa quantidade de referência, e é preciso saber qual é essa referência.
A explicação q a pessoa deu está simplesmente ERRADA. E recebeu milhares de compartilhamentos e curtidas. Tenho certeza q a pessoa escreveu com boas intenções pra explicar o q significaria os 78% de eficácia da Coronavac pra casos leves. Mas acabou espalhando desinformação.
A eficácia de vacina é uma porcentagem q tem como referência o número de casos no grupo q nāo recebeu a vacina. Se a eficácia nos casos leves é de 78%, significa q, se uma porcentagem X dos não vacinados desenvolverem casos leves, *22% de X* entre os vacinados desenvolverão.