Sobre o retorno às aulas presenciais, todo professor que se preze a está desejando muito. Eu mesmo larguei 20 anos de TI pela sala de aula; tudo o mais é acessório. Mas, conhecendo a realidade pública e privada, confesso: estou com medo de voltar à pública nesse momento. (+)
Não, os professores não estão fazendo corpo-mole, quem vive a realidade, o “chão” da escola pública — falo por SP — sabe dos riscos desse retorno, que são imensamente diferentes dos que serão enfrentados pelas escolas privadas por um motivo muito simples: burocracia. (+)
A burocracia do sistema de ensino público brasileiro impossibilita qualquer organização efetiva da realidade escolar, e esse é um problema insolúvel. O que os burocratas dizem — e é seu papel dizê-lo — não condiz com a realidade. Até aí, normal. Mas a sociedade precisa saber (+)
que a situação é complicadíssima. Teremos de voltar, isso é inquestionável, os prejuízos aos estudantes serão ainda maiores se adiarmos por muito mais tempo, e sabemos que o quadro não mudará. Só é engraçado ver tanta gente, que talvez nunca tenha pisado numa escola pública, (+)
achando que os professores estão se recusando a voltar por capricho ou vagabundagem — mesmo tendo trabalhado horrores e com muita dificuldade no ano passado. Os professores de escolas públicas SABEM o que vão enfrentar, por isso temem. E isso não tem nada a ver com sindicato. (+)
Nem tudo é militância, nem todo mundo é “comunista” na educação, a realidade, atualmente, só é maniqueísta nas redes sociais. Quem estudou em escola pública há mais de 10 anos, simplesmente não sabe como é hoje. É isso.
Abaixo, links pra uma série de 4 artigos sobre o tema: 🙏🏿
O youtuber cujo público de seu canal é, por motivos óbvios, de pré-adolescentes, mas que, espantosamente, no Twitter, é a nata da intelectualidade, agora é crítico literário. Lembro como se fosse hoje quando o 1º livro que li, aos 14 anos, me fisgou: Capitu traiu ou não? (+)
O preço por tornarem esse rapaz — que meu filho de 15 anos considera um idiota — referência no debate público, ainda não pode ser calculado, mas ele virá e será caro. Eu, como professor do ensino básico, quero manifestar o meu repúdio a todos os responsáveis por essa sandice. (+)
Sim, talvez tenhamos de repensar o modo como apresentamos os clássicos aos adolescentes na escola. Mas uma coisa é certa, dizer que eles não são para adolescentes é de uma estupidez assombrosa. Esse moço, que passa o dia se infantilizando no YouTube, (+)
O cálculo moral que todo radical se recusa a fazer é: qual o custo final, futuro, de minha ação no presente? Tanto em nome do progresso quanto de uma recuperação de valores, esse questionamento é absolutamente necessário. As 3 perguntas de Thomas Sowell — (+)
Comparado com o quê? A que custo? Qual a evidência concreta? — servem para os dois casos. Se progressistas se recusam a fazê-las, elas são uma obrigação inescapável de conservadores. Caso contrário, você é só um reacionário inconsequente. (+)
Nenhum conservador deve flertar com a desagregação normativa. Conservadores não colocam em risco a ordem institucional; se ela já não existir, seu trabalho será recuperá-la, mas isso não é feito por quaisquer meios necessários. Exceções confirmam a regra. (+)
A coisa é bem simples: elegeram um deputado do Centrão, que foi sindicalista do exército e saiu pela porta dos fundos, para romper com o “Sistema”. O problema é que esqueceram de combinar com o Sistema. Como todo tiozão pateta, o sujeito é bom de tirada e ruim de serviço. (+)
Demorou para perceber que, para lidar com o Sistema, mesmo sendo oriundo dele, não é tão simples se você gritar que quer destruí-lo. Se viu obrigado a fazer algo que NUNCA fez na vida, que é, no melhor sentido do termo, negociar — pois nunca trabalhou na iniciativa privada. (+)
Alimentado por conspiracionistas celerados no próprio governo e oportunistas de internet, com a anuência de pastores tão poderosos quanto inescrupulosos, veículos de mídia que sabem jogar o jogo da $ituação pra sobreviver e “influencers” que, irresponsavelmente, (+)
O senhor @SalimMattarBR, ex-secretário de desestatização do governo Bolsonaro, disse à @JovemPanNews que deixou o cargo porque o “establishment” não quer as privatizações. Quem esse senhor acha que engana? O governo sequer tem oposição! (+)
Todas as pessoas com cérebro sabem que Bolsonaro é um desenvolvimentista estatista (aos moldes marxistas), que sepultou o projeto anticorrupção e agora tem até aliados comprados. O que @SalimMattarBR tem a dizer sobre o CEAGESP? (+)
E sobre a Reforma da Previdência com privilégios corporativistas? Alguma palavra? (+)
Bom, estão discutindo o sexo dos anjos nos comentários. Mas vamos lá. Falar em desigualdade racial é afirmar que determinada “raça” ou grupo étnico (algo quase impossível de mapear, sem trapaça ideológica, no BR) é subrepresentado de acordo com a porcentagem populacional. (segue)
Mas a primeira questão que se impõe é: subrepresentado onde? Estamos falando de representação racial, social, econômica ou simplesmente de “status social”? Por exemplo: se todas as empregadas domésticas, seguranças patrimoniais e garis (supostamente de maioria negra) (segue)
passassem a ganhar R$ 100 mil/mês, diminuiria a desigualdade racial? Porque continuaríamos a não ver negros em, digamos, profissões de destaque (status social?), mas teríamos uma diminuição da desigualdade econômica nesse grupo. Resolveria? (segue)
A imagem do comentarista Van Jones, da CNN americana, chorando com a eleição de Joe Biden, é um fiel retrato de como as ideologias nos turvam a visão da realidade. Essas pessoas investem tanto em narrativas que passam a viver dentro delas. (segue)
Pessoas estão compartilhando o vídeo sem qualquer contexto, sem reflexão, sem notar que um americano adulto, de mais de 50 anos, não tem motivo algum para achar que Donald Trump é Hitler reencarnado; mas o faz, porque um consumidor de ideologias é um infantilizado. (segue)
Estão há 4 anos investindo na ideia de que Trump é membro honorário da KKK, supremacista branco, e muitos se deixaram hipnotizar por isso. Procurem acusações de racismo contra ele antes de se tornar presidente. Não será tão fácil quanto agora. (segue)