Quanto a mortes por #COVID19, os dados notam o atraso esperado de ~2/3 semanas na curva, prevendo que o pico possa ser atingido no final da próxima semana com ~450 mortes diárias.
Assumindo a incerteza, o modelo considera possível um máximo de até 700 mortes diárias. 5/n
Obviamente esta evolução depende, em grande parte, da resposta do nosso sistema de saúde, que terá um de Fevereiro muito negro, de completa sobrelotação. 6/n
Assim, em Maio, Portugal deverá ter um total de ~30.000 mortes por #COVID19 desde o início da pandemia (dificilmente menor que 25.000 mortes). 7/n
São dados brutais que demonstram o impacto desta vaga. Mas também indicações positivas de que as medidas de confinamento devem estar a começar a fazer efeito e que o fim, apesar de longe, está à vista. 8/n
Nota relevante: estes dados são estimativas de modelos matemáticos, e portanto não representam certezas. São projeções, importantes para nos ajudar a olhar um pouco para além daquilo que está imediatamente à frente dos nossos olhos. O que é crucial numa pandemia. 9/n
Como dito e repetido desde o início da pandemia, não podemos andar atrás da curva. Se esperamos que as más indicações se confirmem para agir, é já tarde demais.
Outros países olharam para as projeções e agiram a tempo. Também o devíamos ter feito. 10/n
A Dinamarca entendeu onde esta situação os podia levar e agiu preventivamente.
Agora vemos o quanto a diferença entre precaução e adiamento é cruel. Neste caso (assumindo as projeções), essa diferença pode andar pelas ~200 mortes/100.000 pessoas, ou seja 20.000 portugueses. 11/n
É de facto difícil não ser vencido pela frustração.
"Terão ocorrido 'imensas introduções' durante o mês de dezembro. Esses casos terão sido associados naturalmente com o massivo regresso dos nossos emigrantes a trabalhar no Reino Unido e também muitos turistas britânicos que vieram passar férias a Portugal." 2/5
Não é nada de novo, esses dados eram já conhecidos no início de janeiro: 3/5
De forma similar a Março, entramos agora numa nova fase crítica da pandemia #COVID19. Não só pelo confinamento que estamos prestes a iniciar mas pela dimensão da incerteza associada. 1/n
Como se tem falado extensivamente em Portugal, começamos a pagar a fatura dos relaxamentos de Natal e Ano Novo, no entanto algo mais preocupante pode estar subjacente ao que está a acontecer. 2/n
Há fortes indícios de que a nova variante #B117 seja um dos principais responsáveis pela situação, e isso deve fazer soar os sinais de alarme. Esta variante, embora não seja mais severa do ponto de vista clínico, causa um aumento da transmissibilidade em cerca de 1,5x. 3/n
Very relevant #COVID19 insights from the University Hospital San Paolo, in Milan, collected today at a @WHO webinar with Dr. Claudio Colosio.
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Early front-line experience (~2000 cases in Milan) can inform adequate procedures for other hospitals.
A LOT of attention must be given to the healthcare workers potential infection, not only as an individual measure, but as a way of interrupting further transmission.
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In Portugal, 20% of the identified cases in the country are medical doctors, and the real amount of cases should be much higher. Every infected health worker is a potential super transmitter since an index case could lead to a hidden network of asymptomatic transmission.