Amo esses sujeitos que vendem seus serviços no Instagram na base do "só esse ano eu já faturei cinco trilhões de reais, já não preciso trabalhar... Mas tô aqui no Instagram pedindo para você arrastar para cima e me dar um dinheiro".
E eu realmente fico impressionado como "gurus do (trade, dropship, tráfego pago, Facebook ads...) estão mirando nas mulheres. Só hoje já vi dois anúncios onde mulheres associam day trade com "empoderamento".
Antes que digam, day trade não tem relação nenhuma com o trabalho de ensinar finanças para as pessoas. Eu diria que, inclusive, é o contrário disso. É mais seguro pegar tudo e jogar no bicho (papo reto).
Agora que raparam o tacho dos homens de classe média, agora vão para cima das mulheres e para os mais pobres. Outro público que tenho visto surgir como alvo. Em um dos anúncios que vi estes dias um sujeito recomendava pegar um empréstimo para investir em day trade.
Pior que não satisfeito em ver essas merdas eu ainda compartilho com amigos. @alcysio tá sofrendo.
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Eu amo o bairro onde nasci, subúrbio do Rio de Janeiro, e por isso vivo nele até hoje (não é uma escolha política, é de vida mesmo), mas se tem uma coisa que me consome é o medo constante de ser mais uma vítima aleatória da competência (sim!) policial.
Quem mora em favela, periferia, subúrbio sabe muito bem como as ações da PM se desenham. Não importa a hora, não importa o local, a PM vai fazer o que sabe fazer (aquilo que foi criada para fazer), atirar para matar.
Pois foi para isso que as PMs foram "redesenhadas" durante a Ditadura Militar. A força auxiliar tem um papel muito específico na estratégia da guerra revolucionária (utilizada pela Ditadura): "procurar e destruir"
Esse BBB realmente virou o espetáculo do grotesco, da violência e dos microfascismos que as "esquerdas/progressistas" secretam cotidianamente, pior, secretam utilizando as "boas causas" como desculpa.
Nada melhor do que ter uma boa causa como desculpa para exercer, secretar todo tipo de violência que costumamos atribuir ao que supostamente estão do outro lado do muro do espectro político.
O pior de tudo é que isso, esse espetáculo grotesco, esse massacre, é o cotidiano das redes sociais. Qualquer um que não chegou ontem aqui já deve ter visto centenas de episódios semelhantes.
Pergunta sincera: qual são os projetos das esquerdas para o Brasil e como elas pretendem construí-los (estou falando de coisas programáticas e pragmáticas)? Ainda, o que elas estão fazendo no momento por esses projetos, como estão comunicando, levando isso ao povo?
Fala-se muito no nome de possíveis candidatos, de uma possível frente ampla. Mas quais são os projetos? O bolsonarismo não é causa de absolutamente nada, é antes de tudo um sintoma, fenômeno de superfície. Quais são os projetos para identificar e combater suas causas?
Estes projetos estão ou pretendem ser construídos com as bases, com o povo, ou será mais uma destas cartilhas de cima para baixo? Se estes projetos se imaginam populares, como pretendem construir com o povo? Como pretendem fazê-lo? Como vão atingir o povo?
Aqui retomo o papo sobre as alternativas infernais. Vale assina um acordo que sequer machuca o seu bolso e a classe política ainda comemora como se fosse uma vitória, citando a criação de empregos e a manutenção das atividades da empresa na região.
Alternativas infernais é um conceito criado pela Isabelle Stengers para descrever, justamente, esse tipo de operação: basicamente, os fluxos do capital se apoderam de tal forma da nossa vida que são capaz de nos oferecer "o ruim" como alternativa ao "pior".
Sabe aquela formula do "- direito + emprego vs + direito - emprego"? Pois é, basicamente isso. Esse é o ponto crucial quando falamos de algumas atividades econômicas no pais, como a mineração.
Sempre disse que o impeachment do Bolsonaro era um sonho inalcançável das esquerdas: o sujeito oscila de forma sólida na casa dos 30% de aprovação e está no bolso do congresso. A eleição do Lira pela margem de votos que foi demonstra bem como o cenário era impossível.
Maia nunca avançou na pauta pois ele sabia que ela funcionaria como um freio de arrumação (pró-Bolsonaro) e isso eliminaria suas chances de influenciar na sucessão. Acabou acontecendo mesmo sem os pedidos.
Não se enganem, foi uma derrota retumbante - como, importante lembrar, também foram as municipais do ano passado.
O que me espanta nessa situação do Lucas no BBB é menos a atitude da cantora do que na conivência dos demais. Não é possível que não tenha UM(A) ali que seja capaz de intervir, o foco no prêmio fez com que esse pessoal esquecesse os princípios mais básicos da convivência.
A violência contra ele não é ato isolado, não existe uma única culpada. Em todos os momentos em que ele, sua condição e sua fé são alvos de ofensas - os vídeos que estão circulando aqui -, existem pessoas ao redor rindo, batendo palma ou apenas se calando.
É muito fácil lotar a rede social de discursos bonitos de superioridade moral e ficar sambando miudinho quando se vê diante de uma situação dessas. Eu que não assisto o programa estou completamente revoltado com a situação.