Cara @wbpictures_br, não posso que dizer a decisão de convidar Ratinho para "dublar" #TomEJerryOFilme teria sido inteligente (ou artisticamente válida) mesmo em tempos normais, já que estamos falando de um sujeito que construiu a carreira em cima da baixaria e da vulgaridade.
Gosto de acreditar que um filme -qualquer um - merece mais consideração aos esforços criativos da equipe do que a decisão de escalar um "dublador"* apenas porque seu pseudônimo reflete a espécie do personagem ao qual supostamente daria voz. Acho que Arte envolve mais do que isso.
(*"Dublar" e "dublador" estão entre aspas porque - ao menos que o filme tenha se distanciado imensamente da animação que o original - os personagens são notoriamente mudos, o que sugere que o envolvimento de Ratinho é uma jogada de marketing.)
Principalmente quando estamos falando de um personagem icônico e - não menos importante - voltado para o público infantil, que deveria ser protegido justamente do tipo de influência negativa exercida por um sujeito que explora o pior da natureza humana por audiência.
Assim, "apresentar" (ou ajudar a popularizar) Ratinho aos jovens espectadores mais interessados em #TomEJerryOFilme já seria lamentável.

Porém, considerando que o sujeito acaba de advogar um golpe militar e a EXECUÇÃO daqueles que não o aceitarem, a coisa se torna repugnante.
Infelizmente, @wbpictures_br, é aqui que veremos os limites éticos (mais: humanistas) que vocês representam: o distanciamento público do apresentador é fundamental, já que pública foi a campanha pela qual vocês (inacreditavelmente) o pagaram.
(Se há algo que sabemos sobre Ratinho, é que não faz nada de graça, já que recebeu, inclusive, para propagandear a reforma da previdência de Bolsonaro).
O que vai falar mais alto: o dinheiro ou o respeito à vida e à democracia?

É uma decisão que, espero, será fácil tomar. Ao menos, é o que o pouco de otimismo que me resta ainda me leva a acreditar.

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19 Feb
Estou vendo há uma semana; ainda não posso avaliar como fenômeno coletivo. Falando por mim - e só por mim -, tem sido uma mistura de voyeurismo sancionado, simpatia por alguns “personagens” e o prazer natural de se deixar sentir raiva dos “vilões”. +
Outro dia eu brinquei sobre ver o #BBB como forma de usar o microcosmos do programa pra estudar arquétipos e recortes do Brasil (e terminei confessando que era “por causa dos barracos”). Por um lado, era só piada; por outro, há uma partezinha de verdade nisso. +
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18 Feb
Que coincidência curiosa: revi agora Síndrome da China e fui conferir nas minhas listas de filmes vistos nos anos anteriores quando tinha sido minha última visita ao longa e... eu o vi em 2011 e em 2001. Ou seja: por algum motivo, a cada 10 anos eu o vejo espontaneamente.
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17 Feb
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