O que de nada adianta se temos medidas que promovem o obscurantismo frente às indicações simples da ciência: use máscara, não aglomere, priorize atividades essenciais, planeje lockdown e faça um, diminua a circulação do vírus, compre vacinas, não promova falsas curas...
O Rio Grande do Sul vem fazendo escola de como promover o negacionismo. Desde o encerramento das fundações de pesquisa na gestão anterior (incluindo fechar a fundação que fazia o RS ser autossuficiente em vacinas - quem diria que faria falta não é mesmo?), até abertura de +
Comércio desde o início da pandemia, negação de medidas básicas de isolamento, além de promoção de kit covid e, agora, prefeito de Porto Alegre pedindo sacrifício de vidas pela economia.
Tudo o que poderíamos ter feito errado, fizemos
Abrir leitos “como nunca antes” era o mínimo+
Recomendado. O MÍNIMO. As medidas de contenção da doença não são abertura de UTI. Essa é a medida para evitar mortes quando tudo já falhou.
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1/10 Vou dar um exemplo muitíssimo simples de como considero complicada a questão da abertura das escolas. Vou usar O Protocolo Sanitário de SP (imagem) como questão: só este item de *Higiene Pessoal
1 - "Exigir o uso e/ou disponibilizar os EPIs necessários" ...
RECOMENDÁVEL+
2/10 Bom, se é "recomendável" os EPIs não deveriam ser "necessários". Uma contradição boba, a princípio. No entanto, junto com o "exigir o uso" e uma condicional de disponibilizar EPIs aponta que não é dever da escola nem cobrar o uso, nem fornecer o EPI para tal atividade.
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3/10 EPI = Equipamento de Proteção Individual.
Em tarefas que oferecem risco ao trabalhador e existem EPIs que os protegem disto é tarefa do empregador fornecer estes materiais e cobrar sua utilização de forma correta - normalmente com treinamento específico disto, inclusive.
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1/9 Talvez vcs se perguntem sobre o processo da divulgação científica em canais virtuais e como lidamos c/ a desinformação, artigos publicados, preprints e como avaliamos se nós deveríamos postar tudo o q nos chega naquele último minuto…
Segue o fio + blogs.unicamp.br/covid-19/divul…
2/9 A primeira questão é que não: nós não saímos publicando tudo o que vemos pela frente!
Em geral, o trabalho de divulgação envolve etapas que são importantes. E hoje resolvemos falar sobre como elas se desenvolvem, desde nossa formação até a responsabilidade sobre o conteúdo! +
3/9 “A verdade é a verdade”
Será que tudo o que falamos como cientistas e divulgadores é verdade e por isto têm que ser aceito? E o que esta questão tem a ver com o ritmo de postagens da DC, como postamos e que tipo de conteúdo em tempos de pandemia? Vamos lá
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1/15
Eu estava fechando o expediente e vi algumas partes da Live do @oatila e resolvi escrever um fio sobre algumas coisas básicas que tenho visto nos últimos meses - e acabou saindo sobre estatística, noção de população, condutas individuais e governo.
Segue o fio.🧶
2/15 eu queria dizer 1º que só vi uns trechos da live pq estou aqui, como todos divulgadores de covid do momento: ou produzindo, ou capotados por terem produzido o dia inteiro. E em todos os trechos que eu vi ele tá como todos divulgadores que eu conheço: 100% full pistola +
3/15 tentando ser educado (errado não tá)
É bom lembrar que dentro de tudo o que eu acompanho do Átila e de divulgadores desta e outras redes o discurso sempre é de cobranças de posturas individuais sim, mas principalmente de políticas efetivas. E isso SALVA VIDAS como temos+
1/9 As coletivas de imprensa de SP apresentam uma mensagem de que estão fazendo tudo neste 1 ano de plano de contingência sem que tenhamos feito lockdown, sem isolamento adequado, sem condições de distanciamento no município mais populoso do país.
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2/9 E culpabiliza aglomerações de lazer que tem sim sua responsabilidade - mas que em contrapartida não possuem regras claras de e objetivas para conter o vírus. Sem políticas que garantam à população uma vivência com menos riscos.
Fora o discurso de apoio à ciência e +
3/9 priorização de escolas, sem reformas necessárias com cortes orçamentários seríssimos, extinção de instâncias estratégicas de controle de epidemias e pesquisa em doenças.
Além disso, colocam ao cargo do governo federal toda a negação de realidade, enquanto brincam com +
1/20 Presidente do Conselho Federal de Medicina não só reitera a falta de posicionamento acerca do tratamento precoce, como acusa cientistas sem condições técnicas de cobrar da instituição uma posição clara.
Vamos saber mais sobre isto?
Segue o fio 🧶
2/20
Pois bem, primeiro sobre os Conselhos: qual sua função?
Os conselhos funcionam como entidades que regulamentam, fiscalizam e disciplinam as profissões. Representam a classe profissional, mas também atuam para uma boa prática em relação à sociedade. Quer um exemplo?
+
3/20
No site da @Medicina_CFM consta como papel da instituição:
Palavras como *fiscalizar e normatizar* a prática médica e *garantir a defesa da saúde da sociedade de maneira digna e competente*
Nos parece que exigir que a CFM se posicione quanto a um tratamento que não tem+
Educação, ciência, divulgados podem ser ideais de vida, mas não só podem ser encarados como PROFISSÃO, como DEVEM ser vistos assim.
Divulgação científica, Sala de aula, laboratório não são espaços que se ocupam por dom. A gente não nasce pronto. Nós nos formamos para isso+
E é exatamente por fazermos formação que sabemos que é TRABALHO. Bem melhor nem pior que ninguém. Mas é por sabermos que é formação e trabalho que batalhamos para que se entenda assim, pois isso também possibilita outras pessoas de buscarem este caminho. Como assim?
Ora, se não é dom, é aprendizado, quer dizer que TODOS tem capacidade de seguir uma trajetória científica. Não é - e não pode ser - exclusividade de quem já nasceu com a vida feita e pode fazer montando seus próprios meios e ignorando o quão privilégio ainda é este espaço +