1/10 Vou dar um exemplo muitíssimo simples de como considero complicada a questão da abertura das escolas. Vou usar O Protocolo Sanitário de SP (imagem) como questão: só este item de *Higiene Pessoal
1 - "Exigir o uso e/ou disponibilizar os EPIs necessários" ...
RECOMENDÁVEL+
2/10 Bom, se é "recomendável" os EPIs não deveriam ser "necessários". Uma contradição boba, a princípio. No entanto, junto com o "exigir o uso" e uma condicional de disponibilizar EPIs aponta que não é dever da escola nem cobrar o uso, nem fornecer o EPI para tal atividade.
+
3/10 EPI = Equipamento de Proteção Individual.
Em tarefas que oferecem risco ao trabalhador e existem EPIs que os protegem disto é tarefa do empregador fornecer estes materiais e cobrar sua utilização de forma correta - normalmente com treinamento específico disto, inclusive.
+
4/10 Estamos falando de escolas abertas, com atividades em ambientes fechados e adultos sem qualquer obrigatoriedade de uso destes equipamentos de proteção individual sendo cobrados, quiçá fornecidos. E é disso que se trata termos políticas públicas claras e efetivas. +
5/10 Se escola é serviço essencial, ela deve ter de maneira OBJETIVA E EVIDENTE como proteger seus funcionários, sem atribuições "recomendáveis" quando se trata do uso de EPIs. Quando se trata de equipamentos que, definitivamente, salvam vidas e minimizam contaminações dos +
6/10 sujeitos que lá atuam! Isto é PRIMORDIAL em diretrizes políticas de aberturas e fechamentos de serviços essenciais.
O que é OBRIGATÓRIO é passível de ser cobrado e fiscalizado.
O que é "recomendável" pode ou não ser seguido, portanto, não é "necessário". Estas posturas +
7/10 flexibilizam as responsabilidades de empregadores, do governo (que é empregador de funcionários públicos - docentes, merendeiras, func. de limpeza, etc.) que não precisam fornecer os EPIs. Ao passo que atribuem a responsabilidade ao funcionário pela decisão de usar ou não +
8/10 uma medida que, ao ser desempenhada NO ESPAÇO DE TRABALHO deve ser DO EMPREGADOR.
Seria bem legal se quem atua no campo das EPIs e justiça (especialmente do trabalho) tivesse materiais específicos sobre este tipo de documento do governo, para dar uma luz e ver se estou+
9/10 interpretando errado os aspectos legais destes documentos...
De novo: lendo as documentações do governo, vários itens ficam dúbios em relação a quem é responsável pela implementação de alguns protocolos e de quem devemos cobrar e SE podemos cobrar estes EPIs e seus usos!+
10/10
Fonte: saopaulo.sp.gov.br/wp-content/upl…
que se apoia neste outro documento e o cita:
saopaulo.sp.gov.br/wp-content/upl…
@melmarkoski @vitormori e @TassioDenker eu fiquei pensando nestes protocolos do governo e se eles são efetivos no nível "cobrança e fiscalização"

no que eu entendi, máscara (que é obrigatório) não é considerada EPI (que é recomendável) nos documentos...

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5 Mar
1/10
Eu tenho lido bastante (novidades, Anénha) sobre EPIs, os protocolos de retorno às aulas, protocolo das cores pintadas nos mapas, máscaras (pands-way-of-life)
E seguido eu escuto: "as pessoas sabem, as informações estão aí, só ler" resolvi fazer um fio sobre isso? Sim!!!
2/10
1º que todo mundo que já deu aula na vida sabe que "eu falei disso" não faz sentido pois na primeira prova simplesmente aparecem absurdos sem igual que não temos IDEIA de onde vieram aquelas palavras encadeadas como a rica fuça dos nossos alunos (saudades inclusive)+
3/10
Por outro lado, ao longo da pandemia também acumulamos informações e as modificamos! Conforme se complexificavam as informações, estudos, artigos, tornou-se (mais) impossível acompanhar tudo. O que temos dito nas redes? ACOMPANHE CANAIS E DIVULGADORES QUE TU CONFIAS E VAI!+
Read 15 tweets
3 Mar
1/9
Talvez vcs se perguntem sobre o processo da divulgação científica em canais virtuais e como lidamos c/ a desinformação, artigos publicados, preprints e como avaliamos se nós deveríamos postar tudo o q nos chega naquele último minuto…
Segue o fio +
blogs.unicamp.br/covid-19/divul…
2/9
A primeira questão é que não: nós não saímos publicando tudo o que vemos pela frente!
Em geral, o trabalho de divulgação envolve etapas que são importantes. E hoje resolvemos falar sobre como elas se desenvolvem, desde nossa formação até a responsabilidade sobre o conteúdo! +
3/9
“A verdade é a verdade”
Será que tudo o que falamos como cientistas e divulgadores é verdade e por isto têm que ser aceito? E o que esta questão tem a ver com o ritmo de postagens da DC, como postamos e que tipo de conteúdo em tempos de pandemia? Vamos lá
+
Read 11 tweets
3 Mar
1/15
Eu estava fechando o expediente e vi algumas partes da Live do @oatila e resolvi escrever um fio sobre algumas coisas básicas que tenho visto nos últimos meses - e acabou saindo sobre estatística, noção de população, condutas individuais e governo.
Segue o fio.🧶
2/15 eu queria dizer 1º que só vi uns trechos da live pq estou aqui, como todos divulgadores de covid do momento: ou produzindo, ou capotados por terem produzido o dia inteiro. E em todos os trechos que eu vi ele tá como todos divulgadores que eu conheço: 100% full pistola +
3/15 tentando ser educado (errado não tá)
É bom lembrar que dentro de tudo o que eu acompanho do Átila e de divulgadores desta e outras redes o discurso sempre é de cobranças de posturas individuais sim, mas principalmente de políticas efetivas. E isso SALVA VIDAS como temos+
Read 20 tweets
2 Mar
O que de nada adianta se temos medidas que promovem o obscurantismo frente às indicações simples da ciência: use máscara, não aglomere, priorize atividades essenciais, planeje lockdown e faça um, diminua a circulação do vírus, compre vacinas, não promova falsas curas...
O Rio Grande do Sul vem fazendo escola de como promover o negacionismo. Desde o encerramento das fundações de pesquisa na gestão anterior (incluindo fechar a fundação que fazia o RS ser autossuficiente em vacinas - quem diria que faria falta não é mesmo?), até abertura de +
Comércio desde o início da pandemia, negação de medidas básicas de isolamento, além de promoção de kit covid e, agora, prefeito de Porto Alegre pedindo sacrifício de vidas pela economia.
Tudo o que poderíamos ter feito errado, fizemos
Abrir leitos “como nunca antes” era o mínimo+
Read 4 tweets
26 Feb
1/9 As coletivas de imprensa de SP apresentam uma mensagem de que estão fazendo tudo neste 1 ano de plano de contingência sem que tenhamos feito lockdown, sem isolamento adequado, sem condições de distanciamento no município mais populoso do país.
+
2/9 E culpabiliza aglomerações de lazer que tem sim sua responsabilidade - mas que em contrapartida não possuem regras claras de e objetivas para conter o vírus. Sem políticas que garantam à população uma vivência com menos riscos.
Fora o discurso de apoio à ciência e +
3/9 priorização de escolas, sem reformas necessárias com cortes orçamentários seríssimos, extinção de instâncias estratégicas de controle de epidemias e pesquisa em doenças.
Além disso, colocam ao cargo do governo federal toda a negação de realidade, enquanto brincam com +
Read 10 tweets
25 Jan
1/20 Presidente do Conselho Federal de Medicina não só reitera a falta de posicionamento acerca do tratamento precoce, como acusa cientistas sem condições técnicas de cobrar da instituição uma posição clara.
Vamos saber mais sobre isto?
Segue o fio 🧶

www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/0…
2/20
Pois bem, primeiro sobre os Conselhos: qual sua função?
Os conselhos funcionam como entidades que regulamentam, fiscalizam e disciplinam as profissões. Representam a classe profissional, mas também atuam para uma boa prática em relação à sociedade. Quer um exemplo?
+
3/20
No site da @Medicina_CFM consta como papel da instituição:
Palavras como *fiscalizar e normatizar* a prática médica e *garantir a defesa da saúde da sociedade de maneira digna e competente*

Nos parece que exigir que a CFM se posicione quanto a um tratamento que não tem+
Read 22 tweets

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