1. Milton Friedman, grande referência do partido NOVO, Paulo Guedes e cia, defendia explicitamente o método usado nesta PEC.
2. Além do apoio à ditadura de Pinochet, Friedman, em 2005, já com 93 anos, presenciou o furação Katrina, em Nova Orleans. E viu na tragédia uma oportunidade de impor um projeto altamente impopular de mercantilização dos bens comuns, garantindo lucros extraordinários p/ o capital
3. Diante da tragédia, ele percebeu que as escolas públicas e moradias estavam totalmente destruídas e alegou que isso era uma grande oportunidade para o capital passasse lucrar com educação privada e construção de moradias. O furacão Katrina cumpriu o mesmo papel da austeridade.
4. Além disso, com a população apática, ficaria mais fácil de trocar o sistema sem resistências. Eles usam da tragédia, da apatia, da destruição, para demolir e precarizar o serviço público para as pessoas terem que adquirir os bens, antes comuns, no setor privado.
5. Uma destruição do tamanho da proposta pela PEC 186 não passaria tão fácil assim em qualquer outro momento.
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SOBRE A PEC EMERGENCIAL E A PROPOSTA DE REDUÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO!!!!
1. Já circula a minuta do parecer da PEC Emergencial no Congresso, texto que deve ser modificado nas discussões que serão abertas durante a semana. Portanto, a hora de pressionar é agora. O que temos?
2. Um dos pilares da medida é a redução dos rendimentos dos servidores civis (EXCLUINDO OS MILITARES) e do salário mínimo por dois anos. Abaixo vou explicar melhor a indecência que é a proposta de redução de salário dos trabalhadores ao passo que se blinda os militares!
3. Além disso, a PEC cria um regime especial de calamidade p/ pagar o auxílio emergencial fora do teto, da regra de ouro e da meta fiscal deste ano. É uma forma de driblar três regras fiscais inexequíveis e incompatíveis entre si, mesmo sem considerarmos a necessidade do auxílio
1. Torço pelo Gil, mas quando ele fala de macroeconomia tá todo errado rs. E olha só, é a Juliete que tá certa nessa: existem várias teorias! E não Gil, "emitir moeda" não gera, necessariamente, inflação. E sim, a moeda pode ter impactos reais. Segue o fio, galera...
2. Sobre emissão de moeda, saca só como os EUA imitiu moeda loucamente desde 2008. O gráfico abaixo é o M0 (base monetária) e se refere ao volume de dinheiro criado pelo FED - isto é, papel moeda e reservas bancárias... Mas e a inflação, como anda? Rastejante, Gil!
3. Como vcs viram aí no gráfico de cima, os EUA mandaram ver na impressora (M0) e tacaram moeda na Economia. Agora, no gráfico aí de baixo, olha o que acontece com a inflação: nadinha, Gil! Baixa até demais. O Gil criança, estava mais certo que o Gil economista.
1. Por que considero um problema político, técnico e teórico misturar a necessidade e urgência de renovação do auxílio emergencial com o debate, também fundamental, da taxação progressiva dos mais ricos?
Segue o fio que explico. Vou apanhar de todos os
lados, mas vamos lá...
2. Primeiro de tudo: renovar o auxílio emergencial é tarefa para ontem. Portanto, subordinar essa emergência à obtenção de recursos advindos de uma reforma tributária é um equívoco temporal/técnico; teórico e, creio eu, de grandeza de valor.
Explico...
3. Equívoco temporal e técnico pq mesmo que a gente faça o milagre de aprovar uma reforma tributária progressiva na semana que vem, os efeitos só se darão no próximo ano por conta do princípio da anterioridade anual para o IGF; IR (lucros e dividendos entra aqui); heranças...
Sobre independência do BC e aumento da desigualdade: c/ a palavra o Banco Mundial.
Segundo artigo do mês passado publicado pelo Banco Mundial (insuspeito de comunismo), a independência do BC amplia fortemente a desigualdade social por três mecanismos que resumo no fio. 1/4
1º A independência do banco central, ao restringir indiretamente o espaço de política fiscal do governo, enfraquece a capacidade do Estado de realizar políticas fiscais redistributivas. 2/4
2º A independência do BC incentiva os governos a desregulamentarem os mercados financeiros, o que gera um boom nos valores dos ativos. E esses ativos estão predominantemente nas mãos dos mais ricos da população. (no caso do Br, o PL do câmbio aprofunda essa tendência). 3/4
“Isso significa que o governo, que detém o controle do Banco Central, dificilmente poderia ser forçado a uma moratória da dívida interna mesmo no caso extremo (e improvável) de os bancos se recusarem a rolar o débito“
... "Com relação à dívida, devo chamar a atenção dos leitores para o fato de que a maior parte (uns 75%) da dívida do governo é liquidada em reais, muito embora uma parcela substancial da dívida interna esteja indexada ao dólar."
"Acredito que esses analistas têm em mente algo parecido com a crise argentina. Isto é, o mercado recusa a rolagem da dívida do governo (sem nem sequer cogitar de novas emissões para financiar o déficit fiscal) e força o governo a declarar moratória...
Coluna interessante do N. Barbosa. Mas fiquei com algumas dúvidas:
(i) Qual arcabouço teórico considera BC e Tesouro são a mesma coisa? A MMT que não é. E não precisa disso para chegar em suas conclusões.
(ii)...
... (ii) Quais são os casos de hiperinflação causados, em sua essência, por emissão de moeda? Não me lembro de nenhum. Nos que conheço, a causalidade é invertida. Ninguém nega a possibilidade de hiperinflação, o não consenso é sobre suas causas, histórica e teoricamente.
(iii)...
(iii) Por qual motivo, em armadilha da liquidez, bancos começam a rasgar dinheiro? Qual o sentido deles não quererem trocar reservas bancárias (dívida pública que não rende juros) por compromissadas (ou voluntários) de prazo curtíssimo e que rendem juros?
Enfim.