Querem entender a competência e a confiança que os deputados têm no governo? Sigam a negociação feita pelos sindicatos dos trabalhadores da Receita Federal com o governo e a mesa diretora da Câmara a respeito da PEC Emergencial. Segue
1) Comecemos por entender o papel do FUNDAF, centro das negociações para este segmento. O Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização, é destinado a fornecer recursos para financiar o reaparelhamento e reequipamento da Receita Federal 
2) Pois bem, a PEC Emergencial possuía um trecho que colocava em risco a manutenção do fundo que custeia as atividades do Fisco. O texto aprovado no Senado acabou com a ressalva que protegia o Fundaf, mas privilegiou outros fundos federais.
3) Em negociação com o ministro Paulo Guedes, lideranças das categorias da Receita Federal (técnicos e auditores) receberam a garantia que este Fundo seria preservado. Guedes teria ligado para Arthur Lira garantindo ser este o desejo do governo
4) Acontece que, na hora do "vamos ver", o governo retirou o apoio à mudança do texto, procurando se apropriar deste fundo para outros gastos. Arthur Lira percebeu que a jogada era deixá-lo com o ônus do recuo e reagiu matreiramente.
5) Aguardou o momento de esvaziamento da participação de deputados vinculados ao governo e, assim que percebeu a possibilidade, colocou em votação a mudança do texto e o aprovou. Quem acompanhou esta pequena vingança ouviu a risada incontida de Lira
6) Essa é a imagem e o jeito de governar de Bolsonaro e seu ministro: falam algo nas negociações e mudam de opinião logo adiante. Paulo Guedes não tem peso no Congresso e deputados dizem que as votações não seguem sua orientação. (FIM)
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