1. Sobre Estados, Municípios, qdo o gatilho for ativado, veda a concessão, A QUALQUER TÍTULO, de reajuste. Isso implica em algo pior que congelamento: é redução de poder de compra de uns 4,5% todo ano! E não é por 15 anos. É pior. É PERMANENTE!
2. Já tem um monte de Estado e Município com gatilho ativado, o que torna o congelamento automático. A esmagadora maioria dos servidores estão nos Estados e Municípios. E são justamente os mais pobres. No caso dos Estados, a situação hoje é essa (metodologia do Tesouro).
3. No caso dos municípios, várias capitais já estão com o gatilho ativado. Fora que para eles pode ter acionado o gatilho em 85% de forma facultativa. Olhem a situação das capitais (dados do Tesouro)
4. No caso da União, o congelamento, ou melhor, A REDUÇÃO DE PODER DE COMPRA, está no dispositivo abaixo! E já teremos órgão (DPU) com salário congelado MESMO NO ÂMBITO FEDERAL ! Fora que a União entra no gatilho do 167 quando estivermos em decreto de calamidade.
5. A Defensoria Pública da União já está com gatilho ativado! Ou seja, é ERRADO DIZER QUE NÃO TEM CONGELAMENTO NA PEC!
6. Por fim, mas não menos importante, não precisava desta PEC para pagar o auxílio. Essa PEC, pelo contrário, colocou um teto para o auxílio. Crédito extraordinário já está fora do teto de gastos na própria Emenda Constitucional nº 95!!! Bastava o governo mandar MP!!!
7. Tomaram duas semanas do parlamento para votar uma fraude. Uma mentira. O objetivo da PEC era fazer ajuste fiscal em cima de servidor. Não tinha a ver com auxílio. Sobre o auxílio, a PEC FERROU o pagamento de um valor digno por um prazo decente!
8. E há outros tantos pontos ruins na PEC que eu não falei aqui por falta de tempo e espaço. Mas posso garantir que a PEC é ainda muito pior que o congelamento que alguns negam. É isso.
9. E uma observação, o ente que não cumprir o 167-A, que trata dos CONFISCOS, toma vedação.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
1. Milton Friedman, grande referência do partido NOVO, Paulo Guedes e cia, defendia explicitamente o método usado nesta PEC.
2. Além do apoio à ditadura de Pinochet, Friedman, em 2005, já com 93 anos, presenciou o furação Katrina, em Nova Orleans. E viu na tragédia uma oportunidade de impor um projeto altamente impopular de mercantilização dos bens comuns, garantindo lucros extraordinários p/ o capital
3. Diante da tragédia, ele percebeu que as escolas públicas e moradias estavam totalmente destruídas e alegou que isso era uma grande oportunidade para o capital passasse lucrar com educação privada e construção de moradias. O furacão Katrina cumpriu o mesmo papel da austeridade.
SOBRE A PEC EMERGENCIAL E A PROPOSTA DE REDUÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO!!!!
1. Já circula a minuta do parecer da PEC Emergencial no Congresso, texto que deve ser modificado nas discussões que serão abertas durante a semana. Portanto, a hora de pressionar é agora. O que temos?
2. Um dos pilares da medida é a redução dos rendimentos dos servidores civis (EXCLUINDO OS MILITARES) e do salário mínimo por dois anos. Abaixo vou explicar melhor a indecência que é a proposta de redução de salário dos trabalhadores ao passo que se blinda os militares!
3. Além disso, a PEC cria um regime especial de calamidade p/ pagar o auxílio emergencial fora do teto, da regra de ouro e da meta fiscal deste ano. É uma forma de driblar três regras fiscais inexequíveis e incompatíveis entre si, mesmo sem considerarmos a necessidade do auxílio
1. Torço pelo Gil, mas quando ele fala de macroeconomia tá todo errado rs. E olha só, é a Juliete que tá certa nessa: existem várias teorias! E não Gil, "emitir moeda" não gera, necessariamente, inflação. E sim, a moeda pode ter impactos reais. Segue o fio, galera...
2. Sobre emissão de moeda, saca só como os EUA imitiu moeda loucamente desde 2008. O gráfico abaixo é o M0 (base monetária) e se refere ao volume de dinheiro criado pelo FED - isto é, papel moeda e reservas bancárias... Mas e a inflação, como anda? Rastejante, Gil!
3. Como vcs viram aí no gráfico de cima, os EUA mandaram ver na impressora (M0) e tacaram moeda na Economia. Agora, no gráfico aí de baixo, olha o que acontece com a inflação: nadinha, Gil! Baixa até demais. O Gil criança, estava mais certo que o Gil economista.
1. Por que considero um problema político, técnico e teórico misturar a necessidade e urgência de renovação do auxílio emergencial com o debate, também fundamental, da taxação progressiva dos mais ricos?
Segue o fio que explico. Vou apanhar de todos os
lados, mas vamos lá...
2. Primeiro de tudo: renovar o auxílio emergencial é tarefa para ontem. Portanto, subordinar essa emergência à obtenção de recursos advindos de uma reforma tributária é um equívoco temporal/técnico; teórico e, creio eu, de grandeza de valor.
Explico...
3. Equívoco temporal e técnico pq mesmo que a gente faça o milagre de aprovar uma reforma tributária progressiva na semana que vem, os efeitos só se darão no próximo ano por conta do princípio da anterioridade anual para o IGF; IR (lucros e dividendos entra aqui); heranças...
Sobre independência do BC e aumento da desigualdade: c/ a palavra o Banco Mundial.
Segundo artigo do mês passado publicado pelo Banco Mundial (insuspeito de comunismo), a independência do BC amplia fortemente a desigualdade social por três mecanismos que resumo no fio. 1/4
1º A independência do banco central, ao restringir indiretamente o espaço de política fiscal do governo, enfraquece a capacidade do Estado de realizar políticas fiscais redistributivas. 2/4
2º A independência do BC incentiva os governos a desregulamentarem os mercados financeiros, o que gera um boom nos valores dos ativos. E esses ativos estão predominantemente nas mãos dos mais ricos da população. (no caso do Br, o PL do câmbio aprofunda essa tendência). 3/4
“Isso significa que o governo, que detém o controle do Banco Central, dificilmente poderia ser forçado a uma moratória da dívida interna mesmo no caso extremo (e improvável) de os bancos se recusarem a rolar o débito“
... "Com relação à dívida, devo chamar a atenção dos leitores para o fato de que a maior parte (uns 75%) da dívida do governo é liquidada em reais, muito embora uma parcela substancial da dívida interna esteja indexada ao dólar."
"Acredito que esses analistas têm em mente algo parecido com a crise argentina. Isto é, o mercado recusa a rolagem da dívida do governo (sem nem sequer cogitar de novas emissões para financiar o déficit fiscal) e força o governo a declarar moratória...