Ou seja, nos EUA o desemprego subiu mais rápido, mas também caiu MUITO MAIS RÁPIDO.
2. A segunda consequência é mais custosa ainda.
As empresas tem um número ótimo de funcionários. No Brasil, em épocas de crise, as empresas tem MAIS funcionários do que deseja e, em épocas de recuperação, tem MENOS funcionários do que o ideal.
E o que isso significa?
Significa que nossas empresas operam de maneira mais INEFICIENTE do que os americanos.
Se você tem mais funcionários do que quer nas CRISES e menos do que deseja na RECUPERAÇÃO, no final do dia, você produz menos do que poderia (nas expansões) e a um custo maior (nas recessões).
3. A terceira consequência é entre setores.
A mobilidade no mercado de trabalho é um ingrediente
importante para o progresso tecnológico.
Não queremos que a sociedade fabrique tantas máquinas de escrever como produzia há 30 anos. É importante que as pessoas mudem de atividade.
No caso dos EUA, grande parte dos desempregados vão para os novos setores que vão surgir. Setores + tecnológicos com maiores salários.
Os dados sugerem que grande parte dos empregos são gerados por empresas + jovens. No Brasil, vamos manter os mesmos velhos empregos de sempre.
O mercado de trabalho, como o nome sugere, é um mercado como outro qualquer.
Se queremos proteger os trabalhadores, temos que diminuir os custos do produto trabalho.
O preço disso no curto prazo é um mercado mais volátil. Mas um mercado mais dinâmico é o que gera mais riqueza!
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A anulação das acusações de Lula na Lava-Jato aumentou a polarização por um possível governo de esquerda.
O que fica evidente pra mim, na verdade, é que existem 2 Brasis. E não é Esquerda e Direita.
É o BRASIL DOS PRIVILÉGIOS vs o BRASIL DOS COMUNS. A Casa Grande e a Senzala.
E esse problema não vem de agora com Lula ou a Família Bolsonaro.
O termo tem até nome "homem cordial" criado por Sergio Buarque de Holanda que mostra as "Raízes do Brasil".
Nesse estado patrimonialista, a elite se junta para tirar proveitos privados daquilo que é público.
Lula foi o beneficiado da vez. Ontem foi Eduardo Bolsonaro que teve sua quebra de sigilo bancária anulada pelo STF. Flávio Bolsonaro teve o caso Queiroz arquivado por Gilmar Mendes.
Enquanto a lei vale pra alguns, pra outros tudo tem jeito. E aí todos querem ingresso pra festa.
Bolsonaro aumentou imposto de banco para reduzir o do diesel e gás de cozinha.
Tem gente que acha isso bom. Tem gente que acha que dá na mesma.
Vou dizer o porquê isso não é bom, nem indiferente. Na verdade é ruim!
A decisão de zerar o PIS/Cofins sobre o diesel e gás de cozinha foi uma reação às críticas dos caminhoneiros sobre o aumento no preço dos combustíveis.
A decisão de aumentar impostos sobre bancos foi para cumpri a Lei de Responsabilidade Fiscal e equilibrar as receitas. Sedutor!
Vamos lá. Vocês acham que com essas regras novas, o país ficou mais simples ou mais atrapalhado?
Sem dúvida o país ficou mais complexo!
"Ah, mas é só uma regra a mais."
Na verdade não! Desde a Constituição de 88 o Brasil já editou mais de 403 mil de regras. 35 por dia!
- Bolsonaro disse que falta patriotismo ao mercado.
- Mourão disse que mercado age como 'rebanho'.
- Felipe Neto falou que "não gosta da bolsa de valores" pois não gosta de "gerar riqueza sem produzir nada".
Como esse é um pensamento de muitos, vamos falar.
Quem é o mercado?
O mercado de capitais e de crédito são INSTITUIÇÕES que conectam 2 tipos de agentes na sociedade: POUPADORES e TOMADORES.
- POUPADORES possuem capital guardado e buscam oportunidades de investir.
- TOMADORES são empreendedores e empresas que precisam de capital para investir.
Ou seja, as instituições são apenas INTERMEDIÁRIOS.
No fundo O MERCADO É FORMADO POR PESSOAS que possuem capital - que estaria parado - e gostaria de dar alguma utilidade pra ele.
A mensagem que Bolsonaro DEMITIRIA o presidente da Petrobrás fez a empresa perder R$ 30 bilhões em valor de mercado.
Fosse só isso, menos mal. O problema é a sinalização de que não há mais agenda de privatizações e pró-mercado.
Quanto isso vai contaminar o resto da economia?
A Petrobrás começou a perder valor de maneira significativa a partir de 2011.
Dilma assumia a presidência e pegava uma Petrobrás como a maior empresa brasileira em valor de mercado. com a ação a R$ 27.
Porém, a empresa foi utilizada politicamente e sofreu controle de preços.
Foi na Gestão de Graça Foster que a dívida explodiu.
O resultado: o lucro caiu, as ações despencaram e o valor de mercado derreteu. Dilma - que tinha pego a ação a R$ 27 - entregou uma Petrobrás com a ação a R$ 8.