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Fernando Horta

15 Mar, 16 tweets, 4 min read

Fiz um pequeno estudo de correlação.

A pergunta é: O comportamento eleitoral em 2018 tem correlação com o comportamento sanitário que leva a maior número de mortes pela COVID?

Trocando em miúdos: quem votou em bolsonaro (e segue seus conselhos) morre mais de COVID?

Para isso usei as maiores votações de HADDAD e BOLSONARO, no segundo turno de 2018 e o número de mortos por 100 mil habitantes dado pelo consórcio.

Separei também por cidades normais e capitais.

O resultado é assustador.

As 10 cidades que mais tiveram votos para Bolsonaro

As dez cidades com mais votos para Haddad

As capitais que mais votaram em Bolsonaro

As capitais que mais votaram em Haddad

O primeiro dado é impressionante:

A média de mortes por cem mil habitantes nas cidades que mais votaram em HADDAD é a METADE da média de mortos por cem mil das cidades que mais votaram em BOLSONARO.

Um pouco menos da metade, aliás

O voto em HADDAD (ou sua influência atual) condiciona um comportamento sanitário melhor e REDUZ o número de mortos por cem mil.

O voto em BOLSONARO (ou sua influência atual) condiciona um comportamento sanitário pior e AUMENTA o número de mortos por cem mil habitantes

Mas tem coisas interessantes a mais.

Quanto maior o voto em HADDAD, menor o número de mortos em cidades normais (não capitais)

Quanto maior o percentual de votação em BOLSONARO, maior o número de mortes por 100 mil habitantes em cidades normais (não capitais)

MAS e aí é o interessante, com HADDAD, o padrão nas capitais se mantém. Ou seja, quando maior o percentual de votação, menor o número de mortes por cem mil habitantes.

CONTUDO, com relação a bolsonaro o padrão visto nas cidades do interior INVERTE.

Nas capitais quanto maior a votação em bolsonaro, MENOR o número de mortes.

Algumas interpretações:

Em cidades do interior, com menor acesso da população à informação, o desempenho sanitário tem correlação com o voto. Bolsonaro, portanto, faz mal a essas pessoas. Elas, por seguirem suas orientações, morrem mais.

Em capitais, com maior acesso à informação, o comportamento sanitário não responde ao comportamento eleitoral e o trabalho local tende a sobrepujar as "indicações" de comportamento dadas pelo presidente.

Acho que Bolsonaro está perdendo cada vez mais apoio nas capitais. E por um motivo simples: seguir bolsonaro é aumentar a chance de morrer de COVID.

Só lembro que os dados são poucos (usei poucas cidades) mas acho que se fizermos de todas, no Brasil, vamos achar uma correlação positiva.

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

25 Jan

Sabe o que é "normalização" é uma técnica discursiva que busca alterar o padrão de comparação da realidade de forma a tornar imperceptível ou "normal" algo que seria inaceitável e absurdo. Quer exemplos?
(Segue o fio)

Mandetta foi normalizado por Pazuello.
Um ministro que desmonta o sus e defende a diminuição do estado de proteção pública à vacina seria considerado absurdo e inaceitável, mas é aceito e comemorado em comparação com um general genocida na Saúde.

Um governador que oferece ração em farelo para a população pobre, que ordena a retirada de cobertores de populações em estado de rua no inverno seria considerado inaceitável a qualquer padrão social, mas é endeusado perto de um capitão negacionista e genocida. Vira quase um herói

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

20 Dec 20

A vacinação vai se tornar um enorme problema de saúde pública e gestão no Brasil.

Não me entendam mal, ele é NECESSÁRIA, mas, no Brasil, vai ajudar aos negacionistas e a Bolsonaro.

(segue)

Vamos imaginar que todos os problemas logísticos (seringas e etc.) sejam resolvidos. Que o Ministério da Saúde, chefiado pelo general ignorante, consiga fazer seu trabalho.
Ainda assim veremos um pico de contaminação APÓS a vacina. E não sei se não vai ser maior ...

A vacina precisa ser tomada em duas doses, com diferença de 15 dias entre cada uma. As doses precisam ser do mesmo fabricante (não dá para tomar uma dose da pfizer e outra da coronavax, por exemplo) ...

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

1 Dec 20

Sobre o incidente em Criciúma, fiz uma postagem relacionando com os grupos fascistas da região e gente zarolha veio tirar sarro. Então vamos falar sério
(segue o fio)

A polícia acredita que cerca de 30 pessoas participaram da ação que durou 1 hora e 45 minutos. Isso nos diz que são pessoas próximas, que convivem juntas e pensam da mesma forma.

Isso porque as teorias de tomada de decisão mostram a dificuldade de os sujeitos acreditarem e confiarem nas atitudes dos outros em grandes números. Grupos de 2 ou 3 são ok. Grupo de 30 é extremamente complicado sem ligações muito mais próximas do que o intuito de roubar.

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

25 Jun 20

O que a aprovação do PL privatizando água e esgoto pode nos dizer? (fio)

Qualquer manual conservador e liberal de economia (daqueles que defendem o mercado acima de tudo) vai te dizer que o caso da água e esgoto é um caso especial em que a livre concorrência não funciona.

É um caso especial em que o monopólio estatal não apenas se justifica na ótica da segurança e necessidade social da água e esgoto, mas também pela ótica do mercado.
É simplesmente impossível que existam 5, 6 ou 12 empresas "concorrentes" para água e esgoto.

Isso pq apesar do intenso consumo do bem, há um custo fixo para a realização do serviço que é altíssimo e o que torna o ganha marginal com demanda agregada muito baixo, por isso não compensa.

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

20 Jun 20

Sabe como enfraquecer as redes de esquerda? Sabe como fazer a mensagem da esquerda ser praticamente inócua e ficar circulando em meios cuja eficácia é praticamente zero?
Com o tal "SDV"
Veja como as pessoas que fazem o SDV, mesmo sem saber prejudicam as redes de esquerda (fio)

Levei algum tempo para entender o "SDV". Quando comecei a usar o twitter não conhecia esta "estratégia", mas - para que fique bem claro - ela atrapalha e prejudica as redes de esquerda.

Existe um erro comum às pessoas que falam de redes sociais. Elas acham mesmo que o protocolo de informação é organizado em "rede". Isso admite erroneamente que cada "nó" tem o mesmo peso do outro e que todos os participantes estão entrelaçados de forma horizontal (sem hieraquia).

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

2 Jun 20

Este é um símbolo antifascista.
As três setas. Bonito, não acha?
Pois, parte da "esquerda" brasileira deveria achar.
(fio)

Existem vários símbolos "antifa". Cada um deles com uma história e um significado. É preciso conhecer para compreender. As cores importam. Os formatos, as posições. Tudo.

Neste desenho, em específico, (as três flechas) há uma simbologia interessante.

Que parece fechar muito bem com alguns movimentos "antifa" e algumas lideranças de "esquerda" por aí.
O símbolo era dos que buscavam acabar com nazismo, na Alemanha, o conservadorismo, e a terceira seta era para acabar com o comunismo.

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