Na noite do dia 04 de fevereiro em 2006, uma sessão de autógrafos e uma pequena apresentação gratuita do grupo mexicano Rebelde (RBD) terminou em tragédia no estacionamento do Extra localizado no Shopping Fiesta, na Avenida Guarapiranga, Interlagos (zona sul de São Paulo).
Três pessoas, sendo duas adolescentes, faleceram e ao menos 42 ficaram feridas. As vítimas fatais foram identificadas como Jennifer Chaves, 11 anos, Fernanda Pessoa, 13, e Cláudia Oliveira, 38.
Cláudia estava acompanhada da filha e, segundo ela, sua mãe morreu ao protegê-la e salvá-la, pois a passou sobre uma grade e impediu que fosse pisoteada. “Não tinha segurança”, falou Antônio Carlos Albertini, irmão de Cláudia.
De acordo com Dirceu Kanaguchi, diretor do hospital Regional Sul, as três chegaram com paradas cardiorrespiratórias e suas roupas estavam com várias marcas de solas de sapato.
No mesmo hospital, 33 pessoas feridas na apresentação foram atendidas; 5 foram atendidas no Hospital do Campo Claro e outras 3 foram atendidas na Santa Casa de Santo Amaro.
Segundo boletins hospitalares, os feridos tinham apenas escoriações e ferimentos leves e já foram liberados, mas uma criança de 9 anos e uma adolescente de 17 anos sofreram traumatismo craniano. No entanto, não corriam risco pelo quadro de ambas ser estável.
Os organizadores Grupo Pão de Açúcar, que era dono do terreno do Fiesta, e a gravadora EMI disseram ter pedido um policiamento externo com 100 homens à Polícia Militar, pois tinham previsão de que o evento iria atrair 7 mil fãs, mas, segundo a PM, 20 mil fãs foram ao local.
A princípio, era para o evento ser uma sessão de autógrafos com direito a uma curta apresentação do grupo e estava marcada para começar às 11h, mas já estavam fazendo filas desde 22h da noite passada.
Jorge Luiz Alves, tenente-coronel, disse: “Se podia entrar mil e entraram 2 mil, os organizadores são responsáveis, eles que deveriam fechar a entrada”.
Seis minutos depois da apresentação começar, que, segundo o tenente-coronel, teve duas horas e meia de atraso, os fãs avançaram e prensaram os que estavam na frente das grades que separavam o palco da plateia. Por causa da quantidade de pessoas e pela força, a estrutura cedeu.
No entanto, o fotógrafo Robson Martins, que estava na área reservada, disse que o tumulto se iniciou entre aqueles que estavam na frente do palco. “Logo depois de começarem a segunda música, o 'empurra-empurra' ficou mais forte e as pessoas começaram a cair”.
“Algumas conseguiram levantar, outras começaram a ser pisoteadas, mas posso afirmar que o alambrado não caiu. No aeroporto já tinha muita gente e eles deviam ter previsto isso ao organizar o show”, finalizou.
Júlia Martins notou não haver muitos profissionais para atender os feridos: “Deveriam estar uns 20 seguranças de preto e umas 10 pessoas de vermelho, que seriam bombeiros, e, mesmo depois de começar a atender os feridos, não haviam mais do que 3 ou 4 ambulâncias e carros”.
Ela estava a cerca de 20 metros de distância e acredita que o calor contribuiu para a piora da situação: “As pessoas empurravam, muita gente caiu e algumas pessoas desmaiavam porque estava muito quente”.
“A gente tentava levantar algumas e pedia ajuda para os seguranças socorrerem os desmaiados. Tivemos que gritar muito, eles não queriam ajudar”, relatou.
Segundo Rosana Lima, que estava acompanhada com suas duas filhas e seus seis sobrinhos, o grande problema foi a falta de organização, pois o local não tinha guardas nem ambulância. “Muita gente desmaiou e os bombeiros começaram a jogar água na multidão”, relatou.
De acordo com quem estava no local, os seguranças que foram contratados pelos organizadores só apareceram depois da confusão ter acontecido. Jaqueline Melo, 15 anos, disse: “Já que era um show gratuito, tinha de ser em um lugar maior e com estrutura”.
Devido ao tumulto, diversas crianças se perderam dos pais e o pai de uma delas, que não quis ser identificado, disse: “Não é possível que permitam fazer um evento de porte sem organização na periferia. Somos tratados como qualquer coisa”.
Na época, Paulo Pompílio, diretor comercial do Pão de Açúcar, disse, sem citar qual órgão, que o evento tinha autorização e, à noite, os organizadores divulgaram uma nota sobre a tragédia.
“A estrutura montada foi dimensionada para atender ao público presente, mas a euforia e a exaltação dos milhares de fãs presentes ao evento promoveu um grave tumulto. Não houve quaisquer razões externas que pudessem colaborar para o acidente, gerado pela aglomeração dos fãs."
José Augusto, que, na época, era subprefeito de Capela do Socorro, falou que não estava sabendo da apresentação: “É um absurdo fazerem um evento destes sem comunicar”.
O delegado Reinaldo Correia tinha relatado às reportagens que o 102.º DP tinha aberto um inquérito para apurar e que pode ter ocorrido um homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Na mesma noite do acidente, criaram uma comunidade no Orkut que se chamava "Vale a pena morrer por RBD?", onde comentavam sobre o tumulto. Dentre alguns comentários, uma internauta contou que não foi para o show pela mãe ter achado o local muito pequeno.
No dia seguinte, (5), as três vítimas da fatalidade foram enterradas. O corpo de Jennifer foi reconhecido apenas na manhã e seu enterro aconteceu às 12h, no Cemitério Parque das Cerejeiras, no bairro Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.
Segundo sua mãe, Valdete, não a reconheceu na primeira vez que foi ao hospital pelo rosto da filha estar irreconhecível e muito ferido. O enterro de Cláudia aconteceu no Cemitério Dom Bosco, em Perus. E o de Fernanda ocorreu no de Parelheiros.
As famílias de Jennifer e de Fernanda, muito abaladas, afirmaram que, apesar de não trazê-las de volta, iriam processar os organizadores do evento por eles terem de arcar com o dano causado — este sendo irreparável.
O produtor da telenovela disse: “Eu falei com eles e com as pessoas de sua gravadora sobre a tragédia ocorrida. A reação foi de grande dor, de uma perda muito forte. Eles estavam realmente afetados pela tragédia porque seus objetivos como artistas é de levar alegria às pessoas”.
No fim de 2006, foi divulgado que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Licenciamento da Câmara Municipal iria sugerir que os integrantes da diretoria do Extra fossem indiciados, mas não veio à público o que aconteceu, ou se alguém foi responsabilizado.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Em Goiás, essa jovem foi amarrada e esfaqueada até a morte por sua amiga, de 17 anos, ao não retribuir os sentimentos amorosos dela. "Ela não ia ficar comigo, não queria que ficasse com mais ninguém também."
Nota: alguns envolvidos são mencionados apenas por siglas em razão de se tratarem de menores e seus processos terem corrido sob segredo judicial.
Bianca Mantelle Pazinatto, aos 18 anos, era uma aluna exemplar, cursava o terceiro período de biomedicina e frequentava uma subsidiária da Universidade Federal de Goiás (UFG), a Regional Jataí, situada em município homônimo que, por sua vez, fica no sudoeste do estado de Goiás.
A misteriosa morte da família Pesseghini: teria um garoto de 13 anos sido o assassino?
No dia 5 de agosto de 2013, o casal de policiais, Andreia Regina e Luis Marcelo, foi encontrado morto, ao lado do filho de 13 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini. A avó do menino, Benedita Oliveira, e a tia-avó, Bernardete Oliveira da Silva, também foram alvos da chacina.
Segundo a denúncia realizada às 18h, cinco pessoas da mesma família teriam sido assassinadas dentro da própria casa, na Brasilândia, em São Paulo. O local não foi isolado e mais de 200 oficiais estiveram presentes na cena do crime.
AVISO: O conteúdo a seguir pode conter gatilhos de decapitação, mutilação, estupro, pedofilia e necrofilia. Caso não se sinta confortável, recomendamos não prosseguir com a leitura.
Tsutomu Miyazaki, mais conhecido como Otaku Assassino, Drácula e Maníaco de Saitama, nasceu em Itsukaichi, Tóquio, no dia 21 de agosto de 1962. Foi um serial killer que matou quatro meninas, de 4 a 7 anos.
Estudantes criam o 'Rodeio das gordas' e oferecem até prêmios: "Os alunos aproximavam das garotas com mais corpo, agarravam e ficavam sobre elas o máximo de tempo, como um touro."
No ano de 2011, em Araraquara (Sp), os jovens estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Daniel Prado de Souza, Roberto Negrini e Raphael Tebchrani, foram acusados de criarem e promoverem o evento "Rodeio das gordas", a partir de uma página no Orkut criada em 2010.
Lá se encontravam instruções e regras para o torneio, como, por exemplo, premiações dos melhores "montadores", e estimulação sobre outros jovens a montar sobre "garotas com mais corpo" durante os jogos anuais da Universidade (Interunesp), ocorridas nos dias 9 e 12 de outubro.
O maior incêndio do Brasil, o dia mais triste para Niterói:
O maior incêndio brasileiro ocorreu no dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói - RJ. O Gran Circus Norte-Americano, na época um dos maiores da América Latina, recebeu cerca de 3.000 visitantes com sua lotação máxima.
No panfleto que convidava o público dizia: “somente 10 dias em Niterói” e, segundo ele [panfleto], a lona era feita de nylon. O circo foi montado dias antes de começar os espetáculos, para atrair o público com sua grandeza. A lona verde e laranja chamava a atenção das crianças.
A jovem que foi explodida com dinamite pelo próprio padrasto, que tinha uma secreta e obsessiva "paixão" por ela:
Loanne Rodrigues da Silva Costa, moradora de Pirenópolis (Goiás), tinha apenas 19 anos em 2013 e adorava viver na zona rural. Além de amar animais, ela cursava enfermagem com o sonho de ser bombeira, já que sempre gostava de cuidar das pessoas e ter atitudes bondosas.
A mãe da jovem, Sandra Rodrigues, estava em um relacionamento com Joaquim Lourenço da Luz, de 47 anos - que ao decorrer do tempo, começou a se aproximar da enteada Loanne e desenvolveu uma ‘’paixão’’ doentia por ela.