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Fernando Horta

21 Mar, 12 tweets, 3 min read

Mais um fio interessante de dados sobre o papel nefasto de Bolsonaro no manejo da pandemia.
A pergunta é o que mais influencia no número de mortes por 100 mil habitantes? o número de médicos? o número de UTI's ou a votação em bolsonaro?
Abaixo a votação em bolsonaro por estado

Agora o número de médicos por cem mil habitantes por estado

Agora, o número de UTI's por cem mil habitantes em cada estado brasileiro

E, por último, o número de mortes por cem mil habitantes por estado atualizado pelo site do CONASS
(parece que os dados são um pouco dispersos com alguns se reportando ao dia 14/3, ainda. Portanto o cenário é hoje pior)

O que seria de se esperar?

Bom, que o número de médicos e de UTI's por habitante estivessem relacionados com as mortes. Quanto mais médicos e mais UTI's menor o número de mortes, certo?

Pois NÃO se vê isso. NÃO há correlação entre o número de UTI's e médicos por habitantes.

Aqui a FALTA de correlação entre leitos de UTI e mortes por 100 mil habitantes.

Os dados mostram que NÃO há tratamento eficaz e daí nem médicos, nem UTI's resolvem efetivamente o problema.

Agora, queres a prova do crime?

Vamos fazer a regressão dos votos em Bolsonaro e número de mortes por cem mill habitantes.

Sim, a correlação existe (p=0.0005).

Quanto mais voto em bolsonaro, mais se morre.

Ainda, há que se dar méritos aos milagres dos Estados Brasileiros.

O Maranhão com o MENOR NÚMERO DE MÉDICOS POR HABITANTE DO BRASIL (81) e com um dos menores números de UTI's por cem mil habitantes (8), tem o menor número de mortes por 100 mil habitantes (77,5%)
Dino salva vidas

Menções honrosas para Alagoas, Bahia e Ceará, cuja correlação nestas variáveis também mostra um efetivo trabalho.

Os desastres no Brasil são o Distrito Federal e o Rio de Janeiro. Os dois tem os maiores números de médicos por habitantes e UTI's por habitantes e estão entre os com maior número de mortes por cem mil habitantes.

Como conclusão, lembre-se: pare de apoiar Bolsonaro. Pare de seguir Bolsonaro e a pandemia melhora. O número de mortes está relacionado ao comportamento sanitário incitado pelo fascista e seguido por seus eleitores.

Impeachment já.

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

22 Mar

Vamos fazer algumas comparações?

Veja o que faz um governo genocida. Os números se referem ao período de 13 a 19 de março, então quer dizer que tudo o que você achar ruim nesta thread, já piorou e vai piorar por conta de bolsonaro.

Uruguai: 10 mortos/dia, população 4 milhões, 2,5 mortes diárias/milhão de habitantes

Argentina: 132 mortos/dia, população 45 milhões, 2,9 mortes diárias/milhão de habitantes

Rio Grande do Sul: 279 mortos/dia, 11 milhões, 25,3 mortes diárias/milhão de habitantes

Paraguai: 32 mortos/dia, população 7 milhões, 4,5 mortes diárias/ milhão de habitantes

Paraná: mortos/dia 220*, população 11 milhões, 20 mortes diárias/milhão de habitantes

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

15 Mar

Fiz um pequeno estudo de correlação.

A pergunta é: O comportamento eleitoral em 2018 tem correlação com o comportamento sanitário que leva a maior número de mortes pela COVID?

Trocando em miúdos: quem votou em bolsonaro (e segue seus conselhos) morre mais de COVID?

Para isso usei as maiores votações de HADDAD e BOLSONARO, no segundo turno de 2018 e o número de mortos por 100 mil habitantes dado pelo consórcio.

Separei também por cidades normais e capitais.

O resultado é assustador.

As 10 cidades que mais tiveram votos para Bolsonaro

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

25 Jan

Sabe o que é "normalização" é uma técnica discursiva que busca alterar o padrão de comparação da realidade de forma a tornar imperceptível ou "normal" algo que seria inaceitável e absurdo. Quer exemplos?
(Segue o fio)

Mandetta foi normalizado por Pazuello.
Um ministro que desmonta o sus e defende a diminuição do estado de proteção pública à vacina seria considerado absurdo e inaceitável, mas é aceito e comemorado em comparação com um general genocida na Saúde.

Um governador que oferece ração em farelo para a população pobre, que ordena a retirada de cobertores de populações em estado de rua no inverno seria considerado inaceitável a qualquer padrão social, mas é endeusado perto de um capitão negacionista e genocida. Vira quase um herói

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

20 Dec 20

A vacinação vai se tornar um enorme problema de saúde pública e gestão no Brasil.

Não me entendam mal, ele é NECESSÁRIA, mas, no Brasil, vai ajudar aos negacionistas e a Bolsonaro.

(segue)

Vamos imaginar que todos os problemas logísticos (seringas e etc.) sejam resolvidos. Que o Ministério da Saúde, chefiado pelo general ignorante, consiga fazer seu trabalho.
Ainda assim veremos um pico de contaminação APÓS a vacina. E não sei se não vai ser maior ...

A vacina precisa ser tomada em duas doses, com diferença de 15 dias entre cada uma. As doses precisam ser do mesmo fabricante (não dá para tomar uma dose da pfizer e outra da coronavax, por exemplo) ...

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

1 Dec 20

Sobre o incidente em Criciúma, fiz uma postagem relacionando com os grupos fascistas da região e gente zarolha veio tirar sarro. Então vamos falar sério
(segue o fio)

A polícia acredita que cerca de 30 pessoas participaram da ação que durou 1 hora e 45 minutos. Isso nos diz que são pessoas próximas, que convivem juntas e pensam da mesma forma.

Isso porque as teorias de tomada de decisão mostram a dificuldade de os sujeitos acreditarem e confiarem nas atitudes dos outros em grandes números. Grupos de 2 ou 3 são ok. Grupo de 30 é extremamente complicado sem ligações muito mais próximas do que o intuito de roubar.

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Fernando Horta

@FernandoHortaOf

25 Jun 20

O que a aprovação do PL privatizando água e esgoto pode nos dizer? (fio)

Qualquer manual conservador e liberal de economia (daqueles que defendem o mercado acima de tudo) vai te dizer que o caso da água e esgoto é um caso especial em que a livre concorrência não funciona.

É um caso especial em que o monopólio estatal não apenas se justifica na ótica da segurança e necessidade social da água e esgoto, mas também pela ótica do mercado.
É simplesmente impossível que existam 5, 6 ou 12 empresas "concorrentes" para água e esgoto.

Isso pq apesar do intenso consumo do bem, há um custo fixo para a realização do serviço que é altíssimo e o que torna o ganha marginal com demanda agregada muito baixo, por isso não compensa.

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