Bom dia. Vamos ao pequeno fio com informações sobre o debate interno no IBGE sobre a possibilidade de realização do Censo em 2021. Lá vai:
1) Há um movimento interno no IBGE, que gerou a proliferação de manifestos nos Estados e localidades onde há equipes: manifestos de coordenadores de informática, de coordenadores operacionais, dentre outros, sugerindo a não realização do Censo neste ano em função da pandemia
2) A questão posta foi: como contratar 200 mil pessoas em meio ao aumento de infectados e mortos pela Covid? Muita gente trabalharia até doente em função da crise de emprego e renda familiar.
3) Foi feito um teste (ou pré-teste) do próximo Censo em Engenheiro Paulo de Frontin, município do interior do Rio de Janeiro, que foi suspenso porque uma diretora de escola faleceu e o prefeito foi pressionado para paralisar as aulas presenciais.
4) Esse movimento para adiar o Censo teve início no RS e vem se ampliando. A direção do IBGE ignorou o apelo interno. Os pesquisadores precisam usar colete, máscara e face shield e no teste realizado em Frontin, todos narraram dificuldades para enxergar a tela do celular.
5) O Censo na área amazônica tem que ter contratação de barqueiros, é preciso ter helicóptero para chegar às aldeias indígenas e o ingresso nas aldeias, nesse momento, é muito mais complexo e difícil.
6) Se os membros de uma comunidade não participam por medo da contaminação é preciso pagar “acompanhantes” dos pesquisadores para ingressarem em conglomerados urbanos. Tais questões não vieram à público
7) A Presidente do IBGE que acaba de pedir demissão achava que poderia ser feito o Censo por telefone. Mas, outro acontecimento embaralhou os planos dela: a PNAD Contínua (PNADC) atingia apenas 50% das pessoas a serem entrevistadas, em alguns lugares, apenas 40%.
8) Os técnicos do IBGE souberam que a ex-Presidente foi para Brasília para conseguir os recursos para o Censo deste ano. Havia muita apreensão. Ela simplesmente não ouvia nenhum coordenador.
9) Não respondeu os 30 ofícios enviados pelo sindicato da categoria – ASSIBGE – e se fechou com seu núcleo duro, formado por ex-diretores do BNDES e um diretor aposentado (acreditam que ele poderá ser o próximo Presidente do IBGE), Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto
10) O diretor de informática, David Wi Tai, foi contaminado pelo Covid19 e veio a falecer. A atual coordenadora do centro de disseminação de informações do IBGE era uma técnica terceirizada, o que revela dificuldades na composição das funções gerenciais e de coordenação do IBGE
11) Os servidores do IBGE estão informando as bancadas parlamentares sobre os riscos de realização do Censo em 2021. Contudo, parlamentares defendem a realização do Censo como parte da denúncia do corte de gastos do governo federal. Enfim, o mundo gira e a Lusitana roda. (FIM)
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"Surtos como o do Soldado Wesley ocorrido ontem, 28, na Bahia, são cada vez mais comuns entre os militares estaduais, a falsa condição de super herói, a despersonificação institucional do indivíduo, a precária ou ausente assistência psicossocial"
1) (cont.) "(...) os abusos de autoridades, a lida com mazelas sociais em seu modo mais bárbaro criam um contexto que adoecem mentalmente os trabalhadores da segurança pública. "
2) "O falso estigma do guerreiro super herói faz com que a maioria dos policiais e bombeiros militares não procurem o precário apoio psicológico e social disponível (quando há), sob pena deste serem constrangidos entre seus pares e seus superiores."
Sobre o perfil da presidente do IBGE que acaba de se demitir, recebi o seguinte relato:
"Estamos comemorando!
Entrou arrogante, apadrinhada do Paulo Guedes. Disse que ia modernizar o IBGE com pesquisas telefônicas e o Censo seria seu teste. (...)"
(Cont. 1): "Logo concordou em reduzir os custos do Censo de 3,4 bilhões para 2,3.
Não adiantou explicar que respostas por telefone e internet não funcionam. Muito pouco e complicado para pesquisas sociais. (...)"
(Cont. 2): "Ela discordou, destituiu diretores de pesquisa, informática, geociências e Executiva. Retirou a chefe de comunicação. Trouxe gente de fora e fechou um grupo de cúpula que tudo decidiu e desprezou o conhecimento e os pareceres dos técnicos. (...)"
Boa tarde. Estava conversando com minha filha e ela disse que hoje é dia de paredão no BBB. Então, decidimos fazer um paredão nosso e postar no Instagram do Instituto Cultiva. Se você quiser votar, é só acessar. A questão: quais seriam os candidatos pela esquerda e direita?
1) PELA ESQUERDA:
A) Caçador de Likes: adora memes e petições online. Está sempre bem na fita, faz selfie com youtubers e influencers, mas nem sabe direito o que é esquerda
2) Ainda pela esquerda:
B) Estilo BBB: chora muito quando pensa que não é querido. É arrogante quando acha que é querido. No fundo, só quer o prêmio final e o sucesso pessoal
Lá vamos nós para o fio desse sábado: os dados da recém pesquisa nacional realizada junto aos moradores de favelas brasileiras.
1) O impacto da pandemia sobre a até pouco tempo o orgulho dos moradores de favela é brutal. A fome retornou e a dependência de doações de alimentos para sobreviver desmantela qualquer expectativa positiva
2) O Brasil possui 16 milhões de pessoas vivendo em favelas: 8 em cada 10 moradores conhecem alguém que foi contaminado pelo COVID19
Prometi um fio sobre a pesquisa Datafolha que todo mundo está comentando. Dei algumas entrevistas, principalmente para rádios (daqui, do RS e de PE). Vou resumir minha observações. Lá vai.
1) Primeiro, os dados: a) 54% reprovam desempenho de Bolsonaro na pandemia; b) 22% aprovam; c) 43% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro é o principal culpado pela situação da crise sanitária.
2) Quase metade da população brasileira acredita que o Presidente é quem deve dar respostas para enfrentar a pandemia. Então, temos, neste momento, uma baliza: entre 40% e 50% dos brasileiros desacreditam e criticam Bolsonaro; e entre 20% e 30% o apoiam.
Ontem foi um final de dia bem chato aqui no Twitter. Um pastor do PDT postou uma comparação esdrúxula entre Vargas, Brizola e Ciro Gomes. Eu contestei e ele foi deslizando para o ataque pessoal. Eu revidei na mesma moeda e... descambou. Eu o bloqueei. (continua)
Soube por amigos que são evangélicos que ele continuou me atacando pelo Twitter e chegou a afirmar que sou filiado a um partido, o que não é verdade. O que percebo é que o estilo bolsonarista de ser inundou o meio político brasileiro. Criticar é ser identificado como inimigo
Mas, não é uma inimizade fortuita, mas uma identificação de ataque mortal. Nesse sentido, o inimigo tem que ser atacado em toda sua extensão. No meu caso, facilito a vida desse pessoal porque respondo na mesma intensidade. O que lhes deixa ensandecidos. É parte do meu sadismo