O tema "PM em surto" foi 100% inflado pelo bolsonarismo. Toda e qualquer análise que tente compreender o episódio precisa levar em conta essa "ofensiva artificial" bolsonarista contra a pauta. Abaixo, as páginas e grupos que mais geraram engajamento explorando o episódio. (+)
Dentre os links + compartilhados sobre o tema, o 10 primeiros são de sites caça-clique e/ou bolsonaristas: i7 News, Por Dentro da Política, Portal BR7, Feed Club, Pleno News, Opinião Crítica e Imprensa Brasil. O bolsonarismo contaminou todo e qualquer debate. (+)
Se analisamos apenas comentários feitos em páginas de imprensa temos um cenário mais nítido: apesar de 51,1% responderem a narrativa bolsonarista, outros 48,9% dos usuários repudiam a ação do PM/politização do caso e/ou lamentam as condições de trabalho da PM.
Assim, o bolsonarismo inflou um buzz artificial e inorgânico sobre o tema. Utilizaram-se para isso de sites bolsonaristas que fomentaram um viés "isso a mídia não mostra". O tema, porém, pouco extrapolou os limites do bolsonarismo. Thread aqui: essatalredesocial.com.br/2021/03/30/o-b…
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Debate sobre a ditadura aqui no Twitter. O bolsonarismo até tenta pautar a narrativa, mas cada vez mais não tem o menor controle sobre ela. Mais curioso ainda se analisarmos as últimas semanas, quando esse movimento tem se tornado cada vez mais recorrente. (+)
Chama atenção a quantidade e o quão nojentos são os ataques contra @miriamleitao. São fotos exaltando torturadores, menções "a cobra" e criminosos destilando o machismo contra a jornalista. (+)
Essa incapacidade de controlar a narrativa das próprias pautas já aconteceu com a vacina, com o lockdown, com a interferência nas forças armadas e agora também com o golpe de 64. (+)
É urgente que entendamos a realidade por trás da resistência ao "lockdown" em diversas pequenas/médias cidades do Brasil. Não, não são bolsonaristas em sua maioria, muito menos negacionistas. Então por que se opor? Algumas observações: (+)
1-) a cobrança contra a própria população existe sim. Cobram mais respeito ao distanciamento, aos decretos e pedem que aglomerações desnecessárias sejam evitadas. Mas também pedem que o poder público faça o seu papel e fiscalize quando denunciado; (+)
2-) usuários estão PERDIDOS em uma guerra de decretos e liminares dos poderes municipais e estaduais. Pelo genocídio fomentado pelo governo federal, muitas vezes ignoramos as bizarrices de outros políticos. Observem o que Covas/Doria fizeram com SP/baixada santista. Surreal. (+)
São mais de 900 mil conexões em menos de quatro horas. São mais de 70% de usuários que não citam Lula regularmente. Se o dólar subiu e a bolsa subiu eu não sei, mas a mobilização espontânea por Lula nas últimas horas é algo histórico. (+)
Por si só a mobilização do agrupamento de esquerda/partidária 🟪 já superava e muito o bolsonarismo, mas contou ainda com um apoio interessante: políticos e partidos de esquerda da Argentina, Espanha e outros movimentos progressistas comemoram a decisão. (+)
O bolsonarismo 🍊 não representou sequer 14% dos atores e mesmo estes se apresentam perdidos, batendo cabeça. Arthur Lira, com discurso dissonante do olavismo, integra esse agrupamento ainda que com discurso totalmente antagônico. (+)
Entre as 20 notícias + compartilhadas sobre Bolsonaro nos últimos dias temos as manchetes: "Bolsonaro questiona; Bolsonaro diz que; Bolsonaro veta; Bolsonaro vê; Bolsonaro chega; Bolsonaro pede". Em quase todas uma fake news era promovida por meio do "jornalismo declaratório" (+)
São matérias que somadas, apenas as citadas acima geraram mais de 720 mil compartilhamentos nos últimos sete dias. Não partem de portais bolsonaristas ou de apoiadores do governo, mas sim de portais de imprensa. (+)
A quem esse tipo de conteúdo atende? O que esse tipo de matéria realmente gera além de engajamento? Por que dar espaço para esse tipo de desinformação promovida por alguém que, visivelmente, sabota o combate ao coronavírus?
Muitos alertam para uma reedição de 2018 em 2022. Listei "apenas" sete fatos que foram determinantes no pleito e contra os quais estas mesmas pessoas já poderiam de antemão se revoltar: 1-) O 1º colocado até então foi preso para não disputar as eleições. congressoemfoco.uol.com.br/legislativo/li…
Em 2017, durante depoimento, Lula alertou Moro: "esses mesmos que me atacam hoje, se tiverem sinais de que eu serei absolvido, prepare-se, porque os ataques ao senhor vão ser muito mais fortes". Quase quatro anos depois as palavras soam como profecia. (+)
Cada vez mais próximo de um julgamento no STF, o agrupamento de esquerda/progressista que se opõem ao ex-juiz pode ser definido de muitas formas, mas não mais como lulista. Ali estão imprensa, juristas e advogados cada vez estarrecidos com revelações da #VazaJato. (+)
Assim, no momento em que mais precisa do que outrora foi sua "base de sustentação", 90% das interações que o citam são negativas. O 🟦, resquício do que um dia foi o lavajatismo, representa pouco mais de 7% das interações envolvendo Moro nos últimos 20 dias aqui no Twitter.