Em 1988, o país tinha ainda 18,5% de analfabetos e 70% de casas com saneamento.
Em 30 anos, o analfabetismo caiu para 7% e já são 85% das casas com acesso a saneamento.
O Salário mínimo era quase metade do valor atual em 1988. A inflação chegava a 1.000% ao ano nos últimos anos do regime militar, só sendo controlada em 1994. A expectativa de vida do povo brasileiro cresceu em 10 anos em média durante a democracia.
A renda per capita cresceu em quase 4 vezes durante a democracia brasileira. A dívida externa do país foi reduzida em mais de 60%.
A ditadura, além de autoritária e sangrenta, foi desastrosa na economia e gerou grande desigualdade. 👇
Os 30 anos que se passaram entre 1988 e 2018, com todos os seus defeitos, são os melhores que o país já teve, em todos os aspectos.
Temos muito a aprimorar em nossa democracia. O apagamento da memória sobre a tragédia que foi a ditadura só atrapalha.
Os infográficos acima foram extraídos de uma matéria do jornal O Globo, feita em 2018.
Um FIO com fontes e dados para não deixar dúvida que:
- O golpe de 1964 foi um GOLPE
- A ditadura que se seguiu foi uma DITADURA, sangrenta e autoritária
- O período foi de desordem, concentração de renda, desmonte da proteção social e aumento da pobreza. 👇
Em seu discurso de posse como presidente após o golpe de 1964, o general Castello Branco prometeu “entregar, ao iniciar-se o ano de 1966, ao meu sucessor legitimamente eleito pelo povo em eleições livres, uma nação coesa”.
O Brasil só pôde votar para presidente 25 anos depois.
Esta citação está no 1º tomo de "As Ilusões Armadas", de Elio Gaspari. O jornalista demonstra como as rupturas foram regra, definindo a “anarquia militar”: uma sucessão de golpes internos e emparedamentos em busca do poder, depois que as regras democráticas foram abandonadas.
Ninguém definiu melhor (a falta de) cidadania brasileira que Milton Santos. Ele diz assim:
"Me pergunto se a classe média é formada de cidadãos. No Brasil não o é, porque não é preocupada com direitos, mas com privilégios."
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"A desnaturação da democracia amplia a prerrogativa da classe média, ao preço de impedir a difusão de direitos fundamentais para a totalidade da população. E o fato de que a classe média goze de privilégios, não de direitos, que impede aos outros brasileiros ter direitos."
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"E é por isso que no Brasil quase não há cidadãos. Há os que não querem ser cidadãos, que são as classes médias, e há os que não podem ser cidadãos, que são todos os demais, a começar pelos negros. Digo-o por ciência própria."
Com a adesão majoritária ao candidato de Bolsonaro na eleição da Câmara, o DEM volta a suas velhas origens: o autoritarismo reacionário. O outro nome disso é Centrão.
Um fio 🧶
Centrão talvez seja o termo mais mal compreendido no debate político brasileiro. Há quem o confunda com centro político ou centro-direita – uma aberração e uma incorreção. A relação com fisiologismo é correta, mas o Centrão é mais do que isso. Vamos à história.
Oficialmente o Centrão surge em 1987, durante a Assembleia Nacional Constituinte. Era composto principalmente por deputados do DEM e do PDS (partidos de sustentação da ditadura) e pela direita do MDB, que àquela altura estava coalhado de ex-apoiadores do regime.
A Ford anunciou hoje que vai fechar suas fábricas no Brasil. Além de toda a questão econômica, há um grande impacto simbólico. É o fim de uma era.
Fio 🚗🚙🚕
A fábrica da Ford revolucionou o status social do automóvel. No início do século 20, o carro era um artigo de luxo: caro, elitista e complexo de fabricar. Poucos imaginavam que poderia ser massificado. Até que em 1908…
… Henry Ford apresentou seu modelo T, lançado como um veículo popular. Em um ano, 10.000 unidades circulavam nos EUA. Vinte anos depois, 15 milhões de unidades haviam sido vendidas mundo afora. Graças à gigantesca fábrica de Detroit e à linha de montagem, instalada em 1913.