Se a nossa elite e a nossa mídia não fossem tão escravocratas e se Lula fosse gringo, o ex-presidente seria amado pelas primeiras.

Nada mais liberal que Lula. Só que gostam mesmo é da barbarie pura e possuem um ódio ao povo doentio.
Reinaldo Azevedo mesmo. Os países liberais tudo revendo as políticas de austeridade e a preocupação do gênio é constranger Lula para saber o que seria privatizado. É patético, ridículo. Depois ainda tem a cara de pau de dizer que a discussão está atrasada no país.
E repito. Dentro do marco liberal e social-democrata do pós-Ditadura , o PT e Lula são as duas maiores aquisições evolutivas da política brasileira. Nada representa mais o projeto de 88, em suas possibilidades e contradições, que o Partido.
À exceção de outros países de tradição escravista como o nosso, em qualquer outro lugar do mundo Lula seria reconhecido como liberal, enquanto a direita, a grande mídia e o "mercado" brasileiros seriam vistos como aquilo que há de mais arcaico no mundo contemporâneo.

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31 Mar
Vendo a postagem do @VascodaGama e do @CADIR_UnB, inevitavelmente pensei em Honestino Guimarães. O aluno da UnB foi visto pela última vez no Maracanã, em um jogo do Vasco, seu time.

Para nós da UnB, Honestino tem uma mística. Um espelho. O Brasil interrompido que carregamos. 👇🏾
No meio da celebração do absurdo, lembrei de um dos textos que tenho mais carinho dos tempos de movimento estudantil, quando, em um momento crítico dentro e fora da UnB, o futuro tenebroso que vivemos já se anunciava.

Compartilho como memória das lutas que não acabam. 👇🏾
"Quantos anos ele teria?

Que sonhos teria realizado?

Se formaria em geologia? Viraria professor, político, geólogo?

Quais amores ele não realizou? Quantas dores não sofreu? Quantas alegrias não viveu?

O que estaria pensando? Teria filhos? Família? (...)
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27 Mar
Barbosa e o Brasil

Gosto de criar narrativas paralelas, em que a história ocorreu de outra forma. Nelas, o Brasil ganhou a Copa de 50. Seus jogadores são lembrados como deveriam ser: no panteão máximo.

Hoje é o centenário de um deles, o eterno Moacir Barbosa! Segue o fio: 👇🏾
Desde ontem, matérias muito lindas estão sendo publicadas, falando de Barbosa muito além de 50. Afinal, ele não é um maiores goleiros da história do futebol à toa. 👇🏾

uol.com.br/esporte/report…
Nas próprias palavras dele:

"Fui tetracampeão com a seleção carioca em 1945, 1946, 1947 e 1948. Fui campeão sul-americano em 1948, invicto. Também fui campeão carioca invicto em 1945, 1947 e 1949. Depois, vencemos 1950, 1952, 1956 e 1958." 👇🏾

interativos.globoesporte.globo.com/futebol/times/…
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25 Mar
Comicidade à parte, o vídeo dos calouros da FGV só mostra como esse país é senhorial. O mais interessante são figuras públicas parando o seu dia para participar da gincana e que são quase inacessíveis para tratar de assuntos sérios.
Há algo que sempre falo: o abismo social e o deslocamento da realidade de certos grupos no Brasil contemporâneo é pior que o da França pré-1789.
Isso me lembra quando virei calouro do direito da UnB. Os contatos e as redes que as pessoas tinham antes da Faculdade. A proximidade com figurões e os tribunais. Tudo isso era potencializado ainda mais na graduação. Um familismo e coleguismo louco.
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12 Mar
Gente, o ensino superior público esqueceu o que é greve? Nunca houve uma ofensiva tão grande contra o setor e a resposta é fingirmos que não está acontecendo nada? Continuar com prazos, bancas e corrida lattes no meio do fim do mundo? Sério?
Parece que por falarem tanto que o ensino público é isso e aquilo, adotou-se a tática de ficar na moita para não chamar a atenção, evitar o menos pior. Bom, não está adiantando. Quando acordarmos, talvez nem sistema público exista mais para se lutar.
Gente, eu sei que muitos de nós esquecemos. Mas greve não é "parar": greve é espaço de comunicação, de orientação política e de intervenção. Enquanto muitos aqui estão com medo, outros setores já começaram a se articular. Deveria ser papel da universidade intervir nesse processo.
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11 Mar
Aproveitando os debates sobre Mbembe por aqui, conto uma das histórias mais maneiras que já vivi na academia.

Lá em 2015, fui chamado para estar na banca de tcc de um brilhante amigo de graduação, Pedro Argolo. O tema é esse da foto: 👇🏾
Como cês podem ver no resumo, o trabalho é extremamente instigante, criativo e de alto nível. Em especial, o debate sobre o conceito de Nomos da Terra, retirado de um texto não muito lido de Carl Schmitt, capaz de inscrever a cartografia colonial na história do direito moderno.👇🏾
Em síntese, Argolo argumenta, a partir de Schmitt, que o direito moderno (e a legitimação do Estado) dependem das práticas concretas do colonialismo, especialmente a apropriação da terra alheia. O "direito europeu" surge da negação do direito/da normatividade do Outro colonial.👇🏾
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10 Mar
Tem uma parada. A vida pública foi tomada por tanta gente medíocre nos últimos anos (e não só na política, basta ligar a televisão ou ler um jornal), que escutar Lula é um bálsamo. O Brasil sempre foi um país de grandes figuras. Que essa era dos medíocres comece a chegar ao fim.
Independentemente do espectro político. Gente com visão, com conteúdo, que sabe falar com propriedade de diversos temas. O Brasil é um país complicado, mas também não somos pouca merda. A tormenta naturalizou muita coisa ruim, inclusive a completa baixo autoestima. Vai passar.
Houve uma época na pandemia que me refugiei nos antigos Roda Viva. Luiz Carlos Prestes, Florestan Fernandes, Maria Conceição Tavares, Jorge Ben, Dercy Gonçalves, Darcy Ribeiro. Com tanta tristeza, ver aquele tipo de vídeo era a sensação de lidar com um Brasil que havia morrido.
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