Olha o tamanho de nosso problema. Temos "Duas Argentinas" em insegurança alimentar e "Uma Grande SP" passando fome no Brasil. Os dados são do site: olheparaafome.com.br. Só que esse buraco é mais fundo. Segue aí.+
Voltamos aos patamares de 2014 com 11,4% de pessoas em insegurança alimentar e 9% em insegurança alimentar severa. As políticas adotadas pelos políticos foram claras: Teto de Gastos, fim da reforma agrária, privatizações, baixo investimento em políticas sociais, etc;+
Enquanto isso o agro que num é pop nem nada, segue batendo record atrás de record nas suas safras aproveitando uma política econômica de dólar alto. Se o latifúndio tá feliz, é claro que a gente tá triste. Mas ainda piora.+ agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-notici…
Se a terra se valoriza com safras record e com dólar alto, o assédio aos povos das terras e águas se acelera porque dá lucro ao latifundiário. Passa valer mais a pena violentar estes territórios. + redebrasilatual.com.br/cidadania/2020…
Com menos territórios de povos originários, quilombolas, assentamentos e ribeirinhos, menos comida de verdade para alimentar nossos povos, menos água chegando nas cidades. Defender as terras dos povos é obrigação revolucionária. É a única foma de combater estruturalmente a fome.
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Se o PM trabalhava em Itacaré, são 5h de carro até Salvador, com um Ferry-Boat no meio do caminho. Ele passa obrigatoriamente por 2 postos de policia rodoviária. Se ele não se apresentou com o fuzil de trabalho no batalhão, pergunta: como a PM não parou ele antes?+
Se ele não passou pelo Ferry, então foi pela BR. Ai são 2 postos de PRF no mínimo, e uma da rodoviária estadual. Por que não foi dado o alerta para que as polícias parassem um PM que levou um fuzil da guarnição? +
Disseram na imprensa que ele estava sendo seguido por viaturas antes de chegar no Farol da Barra. Pergunta-se: então a PM alertou só depois de mais de 5h da situação? Ou que outro incidente ele teria causado para chamar atenção de policiais de Salvador?+
Desde quando comecei a frequentar as rodas de capoeira angola e depois os terreiros de candomblé, uma expressão comum martelava: só passa axé quem tem axé. Essa é uma sabedoria de como transmitir a tradição ao futuro de maneira desalienada, direta, mestre a discípulo.+
De alguma forma nós reproduzimos isto no meio das esquerdas quando valorizamos escritos de Chê, Lenin, Fidel, Mao, Ho Chi Minh, SCI Marcos, Sankara, etc. Ou seja, lemos os escritos revolucionários daqueles que fizeram a seus modos suas revoluções e aprenderam com elas.+
Contudo, também, sempre rolou muitos intelectuais que não vivenciaram muita coisa, não participaram das lutas de seus tempo, ficaram nos gabinetes e ali e acolá nós aprendemos algumas coisas. O profeta Muhammad diz que o conhecimento devemos buscar até na China (no lugar longe).+
Nós ficamos felizes por uma injustiça ser parcialmente desfeita - Lula pegou cana e foi impedido de usar seus direitos políticos, por tanto, alguéns deveriam ser penalizados por terem feito isto. Mas eu penso logo: que tipo de arte do cão trama a burguesia contra nós?+
Para mim vem mais um ciclo de de ilusões. Ilusão do campo democrático-popular, no petismo, na democracia burguesa, nas eleições, enfim. E com tudo isto há que ter a certeza absoluta: a burguesia tem projeto de poder e não envolve romper a desigualdade que estrutura o BR.+
O mau governo e muitos militares estão cometendo genocídio. O golpe dado em 2016 não foi derrubado pelo povo. Se houver uma transição pacífica será, evidentemente, com todo perdão pelas perversidades do mau governo. Isso não é paz.+
Uma coisa tb que ficou muito evidente para mim é que a galera tem uma formação política para o debate racial rasa como um pires (de cabeça para baixo), mas eficaz para este modelo de redes. Você mete uns termos pré-fabricados, uma emulação de altivez e estética. Cabô.+
O problema que um pouco mais de olhar sobre o processo e as contradições vão do não domínio de conceito básico e/ou história até não conseguir extrair da experiência registrada como lidar com situações de subalternização e de ódio racial. É tudo superficial.+
Quando a gente se expõe ao trabalho de base, com as comunidades e mesmo se coloca como aprendizes das lideranças, vamos percebendo que estes termos pré-fabricados podem dar lugar ao silêncio diante da dor, à escuta sensível e à postura de combate que nasce das coisas simples.+
Antes deste modelo de agricultura industrial houve toda uma cultura de difusão de como viver na cidade era moderno, desenvolvido, culturalmente mais avançado. Pq antes de tomar a terra, é preciso enfraquecer a resistência e isso começa pelo imaginário, pela cultura.+
Quando falamos em êxodo rural, nós associamos a secas, paisagens castigadas, mas falamos pouco do papel do rádio e da TV, por um lado, e da violência e autoritarismo dos fazendeiros, por outro. A operação de força precisa e financia a operação ideológica, cultural.+
Quem é do interior sabe que muitos políticos profissionais são ao mesmo tempo donos de terras e dos meios de comunicação local. Quando não o são, estão ligados por parentescos ou afiliação política. Eu trabalhei com jornais em meados do século XX, aquilo era uma operação.+
se eu num tivesse num BR fodido de fome, fascismo, genocídio preto e indígena, eu até estendia minha mão e preocupação com o nazismo no EUA. Mas daqui, o que posso fazer? Combater os daqui, né?! E só se faz impedindo eles de cativarem mais gente pobre.+
O @detetivevsilva esteve escrevendo textos sobre como os pobres daqui estão embarcando na ação direta, em manifestações, contra o lockdown em várias cidades e sendo abraçados, é claro, pelos comerciantes e sua política de morte.+
Estão errados em lutar contra as medidas sanitárias? Veja, muitos deles estão entre duas possibilidades de morte: pela fome e toda desgraçada da ausência de renda; ou pela COVID-19. É uma decisão no meio do completo desamparo. Não dá para a gente criticar muito.+