Você já ouviu falar do Li Lu, o “Warren Buffett” da China?
Li Lu tem a história mais impressionante dentre todos os investidores que conheço, apesar disso, poucas pessoas ouviram falar dele.
Segue um pequeno resumo de sua história:
Nascido em 1966, durante a violenta Revolução Cultural na China, Li Lu teve seus pais biológicos mandados para campos de concentração quando tinha 2 anos. Ele foi mandado para famílias adotivas que o rejeitaram e posteriormente para um orfanato.
Após um tempo no orfanato, uma família aceitou Li Lu. Porém, quando ele tinha 10 anos de idade, um terremoto atingiu sua cidade, matando aproximadamente 242 mil pessoas. Li Lu foi o único sobrevivente de sua família.
Li Lu leu bastante durante sua juventude e percebia que o governo chinês era violento e autoritário. Em 1989 ele foi para Pequim com apenas duas cuecas no bolso para lutar por mudanças. Ele fez parte do famoso protesto no Tiananmen Square.
O protesto acabou com o governo chinês metralhando os protestantes e Li Lu perdeu sua noiva. Ele conseguiu sobreviver e fugiu para os Estados Unidos pois era procurado pelo governo. Ele não sabia falar inglês.
Nos Estados Unidos, Li Lu conseguiu entrar na universidade de Columbia, endividando-se para pagar. No início da faculdade Li Lu ouviu falar haveria palestra de um cara que entendia de dinheiro, e haveria buffet de comida gratuita.
Porém, não havia comida, a palestra era de Warren Buffett. Li Lu ficou maravilhado pelo que ouviu e foi direto para a biblioteca para aprender mais.
Em 1996 Li Lu foi o primeiro estudante de Columbia a conseguir 3 diplomas ao mesmo tempo.
Durante a faculdade, Li Lu escreveu um livro sobre sua história e vendeu os direitos. Durante a faculdade ele investiu esse dinheiro e quando se formou já era praticamente independente financeiro.
Em 2006, Charlie Munger, sabendo do sucesso de Li Lu, investiu $80 milhões com Li Lu para ele comprar empresas Chinesas. Uma década depois, Li Lu havia transformado esses $80 milhões em mais de $500 milhões.
Hoje, com 55 anos, Li Lu é gestor do Himalaya Capital, com $13,9 bilhões sob gestão. Ele tem patrimônio pessoal superior a $ 200 milhões e é um dos melhores value investors do mundo.
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Olhando dados históricos dos últimos 100 anos, há evidências irrefutáveis de que o grupo de investidores que consistentemente bateu o mercado praticava o Value Investing.
Se para bater o mercado durante décadas é necessário ser um investidor de valor, por que poucas pessoas fazem isso? Segue:
Se você pensar como um empreendedor, tudo que importa quando você compra uma empresa é quanto você paga e quanto de dinheiro ela gera depois de comprá-la. Qualquer dono de empresa entende isso.
De 1990 até hoje, o mercado de ações do Japão (NIKKEI) teve um retorno total de aproximadamente 0%. Entenda:
O mercado eventualmente nos mostra algumas bolhas em ativos específicos, mas uma irracionalidade gigantesca começou na década de 80 no Japão, que futuramente destruiria os retornos daqueles comprando em um mercado tão supervalorizado.
Em 1990 o mercado imobiliário do Japão estava tão caro que o valor de toda a terra do país era estimado em US$ 20 trilhões.
Isso equivalia a mais de 20% da riqueza mundial, ou a duas vezes o valor total dos mercados de ações globais.
Não temos oponentes na vida, estamos lutando contra nós mesmos.
Buffett fala bastante sobre o conceito de possuir um “placar interno” em vez de um “placar externo”, fazendo uma simples pergunta para as pessoas:
Você preferiria ser o melhor namorado(a) do mundo e todo mundo pensar que você é o pior namorado do mundo, ou você preferiria ser o pior namorado do mundo e todo mundo pensar que você é o melhor?
Buffett diz que caso escolha a segunda opção, você tem um placar externo.
Dessa forma, você deriva a sua felicidade e satisfação da aprovação de outras pessoas, e não do fato de estar melhorando ou ser bom em algo.
Só que ele aconselha que, para chegar longe na vida, você desenvolva um placar interno.
O que você faria se o mercado não subisse por 17 anos?
Interessantemente, Warren Buffett conta, durante uma palestra, que o Dow Jones, de 1964 até 1981, subiu 1 ponto. Sim, UM ponto.
Segue a história:
Bom, imagine se o Ibovespa subisse 1 ponto em 17 anos, o que você faria?
Buffett conta que o mercado muitas vezes não anda junto com a evolução da economia e das empresas, uma vez que os preços são formados pela opinião de muitas pessoas.
Por conta disso, o mercado pode passar por períodos de alta ou de estagnação, sem que os fundamentos das empresas justifiquem isso.