Participe da pesquisa no link bit.ly/pesquisapsicod… e siga o cordel para entender um pouco melhor sobre por que o dia de hoje marca uma data especial na história dos psicodélicos.
Neste dia, no ano de 1943, o químico Albert Hofmann foi o primeiro ser humano a experimentar os efeitos da substância que ele mesmo criara, a dietilamida do ácido lisérgico, conhecida como LSD, 'ácido' ou 'doce', pedalando pela cidade suíça de Basileia.
Por que fazer um projeto de pesquisa sobre escalas que medem experiências psicodélicas?
Se você já usou pelo menos um psicodélico na vida, por favor responda 👉🏽 bit.ly/pesquisapsicod…
Se conhece quem usou, compartilhe. Se quiser saber mais sobre o projeto, lá vai #aulacordel.
Primeiro, vamos falar da equipe. O projeto está ligado às pesquisas de doutorado da @BheatrixB do MograbiLab da PUC-Rio e da Isabel Wiessner do ICARO da Unicamp, com a colaboração do querido @DimitriDaldegan. Os orientadores dos doutorados somos o Daniel Mograbi e eu.
Por que estamos fazendo essa pesquisa?
Como muitos de vocês já sabem, estamos vivendo uma nova onda de pesquisas com substâncias psicodélicas como o LSD, a psilocibina (dos 'cogumelos mágicos') e a ayahuasca, nativa da Amazônia. É a chamada 'Renascença Psicodélica'.
O Brasil é uma espécie de experimento aberto e coletivo sobre a indução de ideias delirantes em pessoas normais. A última é uma celebração do General Heleno, por ter desbaratado um 'golpe' contra o presidente, causando as demissões dos ministros militares.
Sem dados, sem artigos de mídia, sem qualquer base sólida, alguém provavelmente lançou deliberadamente - mas não se pode descartar a geração espontânea - a narrativa de redenção de um golpe fictício em grupos de zap bolsonaristas e eles refluem o chorume em outras redes.
Humanos são 'maquininhas de crer'. Precisam de certezas para existir (mesmo que para alguns seja a certeza da dúvida). A construção de um Brasil que se ajuste à ficção bolsonarista é uma espécie de ruptura social da verdade compartilhada, motivada pela comunicação eletrônica.
Diante da atuação anticientífica de parte dos médicos durante a pandemia no Brasil, @NilMoretto fez uma pergunta cândida e importante: "Pergunta sincera: médico não estuda método científico na faculdade?"
Prometi para ela que faria uma #aulacordel para tentar responder. Aí vai.
A resposta curta é 'NA TEORIA, SIM'. O marco legal básico para o ensino médico são as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, do Ministério da Educação. A última edição é de 2014 e determina que os estudantes devem desenvolver essas competências aí.
Muitos cursos tentam cumprir, das mais diversas formas, essa missão. Aqui na Unicamp os alunos de primeiro ano fazem uma disciplina na qual eles devem, com ajuda de orientadores, elaborar (mas não necessariamente executar) um projeto de pesquisa científico.
Eis uma imagem para explicitar por que a fala de Xuxa sobre realizar experimentos médicos em prisioneiros é fascista, provavelmente sem que ela tenha a menor ideia.
Trata-se de uma caricatura publicada em 1933 na qual animais saúdam o líder nazista Herman Göring.
Pouca gente sabe, mas o Nazismo era extremamente preocupado com o bem-estar animal.
Hitler tornou-se vegetariano e seu partido aprovou várias leis que foram da regulação do abate (passou a ser feito com anestésico) à proibição da vivissecção (a dissecação de animais vivos).
Por outro lado, sabemos bem o que o médico Josef Mengele - cujo sobrenome, por coincidência, é incomodamente semelhante ao de Xuxa Meneghel - e mais médicos nazistas fizeram com doentes mentais, judeus, homossexuais e outras minorias encarceradas em campos de concentração.
Estão chegando relatos de nebulização (inalação) de comprimidos macerados de cloroquina. Se você sabe de algum/a médico/a que esteja prescrevendo este absurdo, DENUNCIE O/A PROFISSIONAL AOS ÓRGÃOS COMPETENTES. Trata-se de um absurdo.
Independente da ausência de eficácia do medicamento para covid-19, comprimidos não foram feitos para serem inalados. Além da própria ação irritante da cloroquina nas vias aéreas, o talco usado nos comprimidos pode piorar ainda mais o estado pulmonar.
Quando me contaram dessa história, achei que era meme, de tão surreal. O mero fato da existência de médicos que fazem esse tipo de prescrição e políticos que a divulgam é um sinal de que a sociedade brasileira está MUITO DOENTE.
Na mais recente live de quinta-feira divulgada pelo Facebook de @JairBolsonaro e nas redes sociais de seu filho @BolsonaroSP cometem-se erros básicos - e graves - sobre prevenção do suicídio. Acompanhe essa breve #aulacordel para entender melhor.
Antes de começar, é importante ter alguma delicadeza, este é um tema espinhoso.
Se você tem tido pensamentos sobre desistir de viver, é melhor evitar ler este tipo de conteúdo, ele pode disparar gatilhos.
Pare por aqui, ligue para o @CVVoficial pelo número 188 e busque ajuda.
Usando um cientista como fantoche - Marcelo Morales, do Min. da Ciência e Tecnologia - para dar legitimidade ao seu governo negacionaista e incompetente, Jair Bolsonaro, seguiu sua tradição e argumentou que o lockdown causa suicídios, lendo, ao vivo, uma nota de suicídio.