Thread by @paulocruzphi

Vejam se não faz sentido: há pouco mais de cinco anos a direita era um clube de leitura, com pessoas indo a palestras, lançamentos de livros, buscando como disputar espaço cultural com a esquerda. O PT já havia feito da esquerda sua imagem e semelhança, e quem era de esquerda (+)

e não era petista, sentia o drama de ser “traidor”. Os intelectuais de esquerda, sequestrados pelo petismo, se tornaram homens-massa, e “quando Lula falava, o mundo se iluminava”. A prisão do Nine levou muita gente a um delírio coletivo (lembram do acampamento em Curitiba?); (+)

e os intelectuais petistas surtavam, vergonhosamente, em frente às câmeras (escrevi sobre isso à época, leiam no link):

gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-cr…

Mas ao final de 2018 tudo mudou: guardadas as devidas proporções, a direita ganhou o seu Lula e também se massificou; grande parte dessa massa foi sequestrada e agora delira igualmente por aí. Os intelectuais da direita são os homens-massa da vez, apoiando o “Mito” e (+)

faturando com likes e views na fazenda de Nelore do Carluxo. Caras de direita como eu, que insistiram em manter a integridade, agora são chamados de “risíveis” — como li num comentário ao meu último artigo na Gazeta do Povo. São anátema. Se tornaram “ixquerrdixtaix”. (+)

O Brasil está doente e o poder está, há muito, nas mãos de medíocres. O caminho para a cura é longo, difícil e, às vezes, estressante. Mas, ao fim e ao cabo, o melhor mesmo é “combater o bom combate, terminar a corrida e guardar a fé” enquanto a nau dos insensatos segue à deriva.