Olha o recado que Russell Kirk, conhecido como o pai do conservadorismo moderno americano, está mandando aos bolsonaristas, que pensam que são conservadores. Segue o fio:
“Provavelmente, tudo o que pretendem os entusiastas dessa nova proposta de ideologia anticomunista é a declaração de princípios e conceitos econômicos, amplamente promulgados, aprovados legislativamente como um guia para políticas públicas e ensinado em escolas públicas”. (+)
“Todas as ideologias, incluindo a ideologia da ‘vox populi vox Dei’, são hostis à permanência da ordem, da liberdade e da justiça. A ideologia é a política da irracionalidade apaixonada”. (+)
“Fico mais animado com a carta de um publicista conservador influente e experiente, que aplaude minha crítica aos jovens ideólogos que se imaginam conservadores, e aos jovens conservadores esperando apaixonadamente se converterem em ideológos”. (+)
“O movimento conservador parece ter criado uma nova geração de inflexíveis ideólogos”.
(Russell Kirk, em: “A Política da Prudência”, @ERealizacoes)
Sobre o retorno às aulas presenciais, todo professor que se preze a está desejando muito. Eu mesmo larguei 20 anos de TI pela sala de aula; tudo o mais é acessório. Mas, conhecendo a realidade pública e privada, confesso: estou com medo de voltar à pública nesse momento. (+)
Não, os professores não estão fazendo corpo-mole, quem vive a realidade, o “chão” da escola pública — falo por SP — sabe dos riscos desse retorno, que são imensamente diferentes dos que serão enfrentados pelas escolas privadas por um motivo muito simples: burocracia. (+)
A burocracia do sistema de ensino público brasileiro impossibilita qualquer organização efetiva da realidade escolar, e esse é um problema insolúvel. O que os burocratas dizem — e é seu papel dizê-lo — não condiz com a realidade. Até aí, normal. Mas a sociedade precisa saber (+)
O youtuber cujo público de seu canal é, por motivos óbvios, de pré-adolescentes, mas que, espantosamente, no Twitter, é a nata da intelectualidade, agora é crítico literário. Lembro como se fosse hoje quando o 1º livro que li, aos 14 anos, me fisgou: Capitu traiu ou não? (+)
O preço por tornarem esse rapaz — que meu filho de 15 anos considera um idiota — referência no debate público, ainda não pode ser calculado, mas ele virá e será caro. Eu, como professor do ensino básico, quero manifestar o meu repúdio a todos os responsáveis por essa sandice. (+)
Sim, talvez tenhamos de repensar o modo como apresentamos os clássicos aos adolescentes na escola. Mas uma coisa é certa, dizer que eles não são para adolescentes é de uma estupidez assombrosa. Esse moço, que passa o dia se infantilizando no YouTube, (+)
O cálculo moral que todo radical se recusa a fazer é: qual o custo final, futuro, de minha ação no presente? Tanto em nome do progresso quanto de uma recuperação de valores, esse questionamento é absolutamente necessário. As 3 perguntas de Thomas Sowell — (+)
Comparado com o quê? A que custo? Qual a evidência concreta? — servem para os dois casos. Se progressistas se recusam a fazê-las, elas são uma obrigação inescapável de conservadores. Caso contrário, você é só um reacionário inconsequente. (+)
Nenhum conservador deve flertar com a desagregação normativa. Conservadores não colocam em risco a ordem institucional; se ela já não existir, seu trabalho será recuperá-la, mas isso não é feito por quaisquer meios necessários. Exceções confirmam a regra. (+)
A coisa é bem simples: elegeram um deputado do Centrão, que foi sindicalista do exército e saiu pela porta dos fundos, para romper com o “Sistema”. O problema é que esqueceram de combinar com o Sistema. Como todo tiozão pateta, o sujeito é bom de tirada e ruim de serviço. (+)
Demorou para perceber que, para lidar com o Sistema, mesmo sendo oriundo dele, não é tão simples se você gritar que quer destruí-lo. Se viu obrigado a fazer algo que NUNCA fez na vida, que é, no melhor sentido do termo, negociar — pois nunca trabalhou na iniciativa privada. (+)
Alimentado por conspiracionistas celerados no próprio governo e oportunistas de internet, com a anuência de pastores tão poderosos quanto inescrupulosos, veículos de mídia que sabem jogar o jogo da $ituação pra sobreviver e “influencers” que, irresponsavelmente, (+)
O senhor @SalimMattarBR, ex-secretário de desestatização do governo Bolsonaro, disse à @JovemPanNews que deixou o cargo porque o “establishment” não quer as privatizações. Quem esse senhor acha que engana? O governo sequer tem oposição! (+)
Todas as pessoas com cérebro sabem que Bolsonaro é um desenvolvimentista estatista (aos moldes marxistas), que sepultou o projeto anticorrupção e agora tem até aliados comprados. O que @SalimMattarBR tem a dizer sobre o CEAGESP? (+)
E sobre a Reforma da Previdência com privilégios corporativistas? Alguma palavra? (+)
Bom, estão discutindo o sexo dos anjos nos comentários. Mas vamos lá. Falar em desigualdade racial é afirmar que determinada “raça” ou grupo étnico (algo quase impossível de mapear, sem trapaça ideológica, no BR) é subrepresentado de acordo com a porcentagem populacional. (segue)
Mas a primeira questão que se impõe é: subrepresentado onde? Estamos falando de representação racial, social, econômica ou simplesmente de “status social”? Por exemplo: se todas as empregadas domésticas, seguranças patrimoniais e garis (supostamente de maioria negra) (segue)
passassem a ganhar R$ 100 mil/mês, diminuiria a desigualdade racial? Porque continuaríamos a não ver negros em, digamos, profissões de destaque (status social?), mas teríamos uma diminuição da desigualdade econômica nesse grupo. Resolveria? (segue)