👥373.402 participantes de idade ≥16 anos contribuíram com 1.610.562 resultados a partir de amostras coletadas de nariz e garganta para RT-PCR entre 1 de dezembro de 2020 e 3 de abril de 2021.
🔍O principal objetivo aqui era investigar as probabilidades de novos casos de COVID-19 nessa população de UK.
👉A probabilidade foi reduzida em 65% naqueles com ≥21 dias desde a 1ª vacinação (sem segunda dose) vs. indivíduos não vacinados (sem evidência de infecção prévia)
💉Mas essa redução na chance foi ainda maior (70%) em quem se vacinou com as 2 doses da vacina!
💉E em relação a vacina, não houve evidência de que esses benefícios variaram entre as vacinas Oxford-AstraZeneca e Pfizer-BioNTech
Ainda, a vacinação teve um maior impacto na redução de infecções por SARS-CoV-2, especialmente nos casos com evidência de alta liberação viral (quando o Ct da PCR é <30) e com sintomas auto-relatados, com redução de 88% após duas doses!
Não para por aí! Reduções de chance foram vistas em maiores ou menores de 75 anos, com a redução um pouco maior em >75: A maior diferença foi após 21 dias em quem recebeu a primeira dose (ainda sem a segunda dose), com a redução nas chances em 76%!
Dessa forma, esses dados indicam que a vacinação com uma única dose de vacinas Oxford-AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech, ou duas doses de Pfizer-BioNTech, reduziu significativamente as novas infecções por SARS-CoV-2 neste estudo
Maiores reduções foram vistas nas infecções sintomáticas (90%) e/ou infecções com uma carga viral mais alta (88%)
Isso se reflete nas taxas reduzidas de hospitalizações/mortes, e destaca o potencial controle da transmissão de infecções assintomáticas em indivíduos vacinados!
RESUMINDO:
👉A vacinação contra COVID-19 reduziu significativamente as chances de indivíduos testarem positivos por PCR para uma nova infecção de COVID-19
👉Maiores reduções em infecções com grande carga viral (Ct>30) e sintomáticas (auto-relatos) naqueles que receberam 2 doses!
👉Sem diferenças nos benefícios promovidos pelas vacinas da AstraZeneca ou da Pfizer ou naqueles que tinham alguma condição de saúde de longo prazo (comorbidade)
👉Maiores reduções em pessoas com ≥75 anos!
👉Vacinação efetiva contra B.1.1.7!
LIMITAÇÕES E QUESTÕES
👉A frequência das visitas (especialmente no período entre-visitas) em que episódios positivos poderiam ter sido perdidos, "diluindo" o efeito da vacinação (ou seja, poderia ainda ser maior) uma vez que participantes são testados no momento das visitas
👉Aumentar o número de episódios positivos para contabilizar e analisar ainda melhor esse efeito da vacina é um objetivo dos próximos estudos
👉Indivíduos foram vacinados se não testados positivos recentemente, então houve um aumento da adoção de medidas de enfrentamento (bom!)
Próximos passos contemplarão o estudo da duração dessa proteção, que é o que está proposto na 4ª fase de investigação que ocorre após a aprovação da vacina
No geral: BAITA resultados mostrando que vacinas são seguras, protegem e FUNCIONAM na vida real SIM!
Publicado na @nature um dos maiores estudos investigando sequelas pós COVID-19 (o que muitos se referem como COVID Longa) em pessoas recuperadas!
Acompanha o fio! 🧶
👥73.435 pessoas recuperadas 30 dias após diagnóstico COVID-19 sem hospitalização foram acompanhadas, foram comparadas com 4.990.835 pessoas que não tiveram COVID-19 e não foram hospitalizadas
Na figura acima temos o risco calculado (hazard-ratio) para as condições e alterações descritas, uma barra mais alta indica uma razão de risco maior. Em amarelo, as que apresentaram diferença significativa
Ebola (1976), HIV-1 (~ 1981), HIV-2 (1986), Sin Nombre (1993), Hendra (1994), avian influenza (1997), Nipah (1998), West Nile (1999), SARS ( 2003), swine flu (2009) and allow me to add SARS-CoV-2 (2019).
What do these outbreaks have in common? Let’s take a closer look
This thread discusses an extremely interesting excerpt from a book I'm reading called "Spillover: Animal Infections and the Next Human Pandemic" by David Quammen. The author lists these events and asks the reader: What do they have in common?
Relembrando:
👥O ensaio de fase 3 foi randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com uma proporção de 1:1 (grupo vacina e grupo placebo), para receber uma dose única de Ad26.COV2.S (imunizante) ou placebo
💉A vacina usa vetor adenoviral (Ad26) (via @wasimvacinas ) e 1 dose
Algumas informações sobre os participantes do estudo de fase 3 da Janssen:
Hoje vou falar de uma variante que tem preocupado muitos pesquisadores desde sua primeira identificação, a B.1.618 e da B.1.617, predominantemente encontrada na Índia
Confira 🧶
Detectada inicialmente em West Bengal, na Índia, a primeira sequência foi depositada em 25/10/20, mas também já tem dados de ocorrência nos EUA, Suíça, Cingapura e Finlândia, entre outros locais
É caracterizada por deleções* de 6 nucleotídeos (H146del e Y145del), além das mutações conhecidas E484K e D614G na região da Spike. Fora da Spike, mutações na ORF1ab, ORF3a, ORF7a, ORF7b e genes relacionados ao nucleocapsídeo também são encontradas.
Dentro desses projetos, com certeza temos pesquisas sobre COVID-19, pesquisas básicas que vão auxiliar na compreensão de várias doenças, ou mecanismos que ainda precisam de maior entendimento, pesquisas clínicas que vão propiciar propostas para melhorar a qualidade de vida...
Dentro desses projetos tem a continuidade ou o início de novas pesquisas de pesquisadores brasileiros, que tem, como única fonte de renda, a bolsa de pesquisa. Ao não conceder a bolsa, muitos desses pesquisadores não poderão dar continuidade a essa pesquisa.
[ATUALIZAÇÃO] - Dados de eficácia da 2ª análise interina de fase 3 da Covaxin (Inst. Bharat Biotech):
💉Eficácia geral de 78% na proteção de casos (leves, moderados e severos) de COVID-19
💉Nenhum caso grave de COVID-19 na população vacinada analisada
Acompanha o fiozinho! 🧶
A análise estava prevista para ser realizada ao alcançar 87 casos sintomáticos de COVID-19 nesta etapa, mas em virtude ao grande número de novos casos, a etapa foi realizada com 127 casos sintomáticos de COVID-19
Na nota para imprensa, o Inst. Bharat revela que a eficácia em prevenir COVID-19 sintomática é de 70%, sugerindo que a vacina possa ser capaz de impactar na transmissão. Mas ainda é muito precoce para afirmar isso