Países têm banido a entrada de brasileiros, ou exigido quarentena de 14 dias, até em hotéis pagos pelos viajantes: tudo isso para evitar a importação de variantes do coronavírus.
Para evitar a entrada de novas variantes, o que o Brasil poderia fazer?
— Colocar viajantes em quarentena em hotéis (pagos por eles); teste RT-PCR 3 dias depois; se positivo, ficam lá 11 dias extras; se negativo, quarentena em casa
Nosso país faz sequenciamento genômico, mas ainda em proporções muito baixas (~0.1% dos casos).
Com isso, sem protocolos rígidos quanto à entrada de viajantes, se a B.1.617 (detectada na Índia) for introduzida no Brasil, levaremos algumas semanas para identificá-la. Tarde demais
Os frágeis protocolos quanto à entrada de viajantes pode ser proposital: o plano de quem lidera o país neste momento é exatamente "deixar o vírus seguir seu curso natural", infectar o máximo de pessoas, e "nem 800 vão morrer no tocante a questão do vírus". blogs.bmj.com/bmj/2021/04/05…
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“O Conexão Saúde atua em quatro frentes: testagem gratuita para covid, comunicação, atendimento médico e psicológico por telefone e auxílio para garantir o isolamento de infectados.”
“Ao longo de um ano de pandemia a ciência e a sociedade já sabem o que funciona contra a covid. Mas o país perdeu tempo falando de cloroquina" - Bozza
Com medidas de controle da COVID, milhares de mortes seriam evitadas. Mas a nível federal o objetivo era deixar o vírus circular
Se medidas coordenadas para diagnóstico, informação, atendimento médico e assistência social fossem adotadas em todo país:
1️⃣ Não teríamos hospitais em colapso
2️⃣ Não gastaríamos milhões de reais com internações
3️⃣ Não precisaríamos de fechamentos rigorosos
4️⃣ Salvaríamos vidas
Our study about B.1.1.7 in the US was recently published on @CellPressNews. We used flight data to predict importation risks in major urban areas, and genomic evidence revealed multiple introductions, interstate spread, and the exponential increase of B.1.1.7 in US states. #COVID
Using travel data of incoming flights from the UK and other countries heavily affected by B.1.1.7, we modelled the risk of introduction and local spread of variants from this lineage.
Six states were predicted with the highest importation risks: NY, CA, FL, TX, NJ and MA. ✈️
There are big disparities in the percent of sequenced COVID-19 cases across US states. As local and international travel continues, genomic surveillance must be ramped up to prevent the silent emergence and circulation of variants, which may pose major threats to public health.
Muitos têm questionado o fato de pessoas já vacinadas terem contraído o vírus, ou a COVID-19. Nenhuma vacina é 100% eficaz, nem blinda nosso corpo contra a entrada do vírus. Além disso, nosso sistema imunológico é complexo.
Em linhas gerais, abaixo explico como isso funciona.👇🏽
✹ O que é o sistema imunológico?
É um conjunto de mecanismos de defesa contra elementos nocivos (antígenos) provenientes de micro-organismos (vírus, bactérias, fungos), tumores, toxinas peptídicas, etc. Ele funciona com base em componentes celulares e moleculares (humorais).
✹ Como nossas defesas imunológicas são geradas?
Pessoas saudáveis já possuem mecanismos inatos de resposta não-específicos, capazes de agir contra antígenos. Além disso, as infecções e vacinas estimulam resposta adaptativa, com células e anticorpos específicos contra o invasor.
Recentemente disponibilizamos os resultados deste estudo, o qual uniu imunologia e genômica viral para entender o mecanismo de reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2.🧬🦠
Abaixo segue um pequeno resumo. ⬇️
Como sabemos que o indivíduo foi reinfectado pelo coronavírus SRAS-CoV-2?
A primeira evidência veio de dois testes negativos ao longo de um período de mais de 200 dias entre a primeira e a segunda infecção, como mostrado na linha do tempo abaixo.
De que forma se confirma uma reinfecção?
O sequenciamento genético trás essa resposta. De posse de genomas dos vírus das duas infecções, usei ferramentas de análise filogenética para comparar o perfil genético dos vírus, o que revelou que os vírus eram de linhagens distintas.
@Mon_Torreao@demori Concordo, @Mon_Torrea. Existem médicos jovens que não praticam medicina baseada em evidencia.
Busquei algumas referências sobre o assunto, para entender se a visão de que médico mais experientes são mais propensos a manter práticas ultrapassadas. Achei os textos abaixo.
@Mon_Torreao@demori Evidence-based medicine has been widely adopted [...] More experienced doctors may have less familiarity with these strategies and may be less accepting of them.”
@Mon_Torreao@demori A matéria acima cita os autores deste estudo, que aponta a necessidade de um melhor treinamento continuado para médicas e médicos, dando a eles condições de utilizar evidências científicas nas suas práticas diárias.