Tributação de dividendo (20%): 14,2 (20% de 71)
Caixa recebido pelo acionista: 56,8
Portanto, a carga tributária foi de 43,2% e não 49,0%!!!
Não estou advogando a favor dos 20% sobre dividendos. Estou dizendo, por enquanto, que a análise sugeriu algo equivocado.
Agora vamos assumir - o que é muito mais razoável - que sejam distribuídos 25% dos dividendos. Ou seja, dos 71 de lucro, 17,8 (25% de 71) foi distribuído.
Lucro: 100
IRPJ (20%) + CSLL(9%): 29
Lucro líquido: 71
Tributação dividendo: 3,6 (20% de 17,8)
Caixa do acionista: 14,2
Ou seja, a tributação desse segundo cenário foi de 32,6%. (A alíquota atual está em 34%).
Se a gente assumir empresas que não emitem dividendos - o que é o caso da maioria das empresas em crescimento - então a tributação seria apenas os 29%.
Se você é tributado nos dividendos, o que faz? Passa a investir mais dentro da empresa, pois alguns projetos passam a ser mais viáveis.
Foca-se mais em crescimento.
Veja bem, a proposta tem coisas a serem ajustadas:
- Precisaria de uma regra de transição dos fins das isenções
- Os 20% de dividendos deveriam ser 15% também para deixar mais simples e alinhado com quem investe em ações e fundos
- Etc.
Mas se a gente quiser um debate razoável, devemos então ser justos com os números e com boas metodologias. Essa não foi.
E devemos lembrar que: a crise do governo Dilma foi engendrada por diversos setores empresariais que aplaudiam de pé cada medida de subsidio e estímulo.
Aplaudiram a redução da taxa de energia, a queda da Selic na caneta quando a inflação subia, o caminhão de dinheiro do BNDES.
Aplaudiram, crédito subsidiado do BNDES, aplaudiram o controle do câmbio usado pelo Banco Central.
Todo mundo aplaudiu.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Ninguém gosta de pagar imposto. E justamente por causa disso, devemos ter um sistema:
- Simples
- Transparente
- Neutro
Assim, governos conseguem levantar recursos necessários sem gerar distorções na economia de maneira EFICIENTE. Segue.
- Um sistema deve ser SIMPLES para que as empresas e pessoas paguem seus impostos da maneira menos custosa possível.
- TRANSPARENTE para verificarmos facilmente.
- E NEUTRO para não distorcer as decisões dos agentes.
Nosso sistema não é nada disso. Mas como mudar?
Uma discussão séria deve começar comparando as melhores práticas no mundo.
Vejamos como é nos países da OCDE?
Da receita total do governo (100%), temos:
- Imposto sobre renda, lucro, ganho de capital: 34%
- Bens e serviços: 33%
- Contribuição social: 26%
- Propriedade: 6%
A Gleisi Hoffmann quer proibir Jeff Bezos de ir ao Espaço. Segundo ela, essa é uma atividade supérflua e desnecessária enquanto milhões morrem de fome.
Gleisi com certeza desconhece o processo de criação de riqueza e geração de empregos.
Só porque ela não consegue ver os benefícios direto, ela acha isso desnecessário. Vamos usar o exemplo da NFL, liga de futebol americano.
APARENTEMENTE, não há coisa mais superficial do que 11 homens de cada lado correndo atrás de uma bola. Vamos entender a economia da NFL.
Vamos aos números da NFL (National Football League) em 2019:
- A receita da NFL foi US$ 15 bilhões.
- 2 milhões de pessoas foram aos estádios.
- 91 milhões de pessoas assistiram aos jogos.
- A NFL gera 110 mil EMPREGOS!
Quem acha isso irrelevante, não entende a economia ao todo.
Sabe porque os EUA são um país de primeiro mundo e o Brasil um país subdesenvolvido? Porque lá as instituições funcionam.
Os EUA já tiveram situações semelhantes a de Pazuello: um general cometendo uma transgressão. Mas o final, claro, foi diferente.
A thread do General Patton.
No auge da II GUERRA MUNDIAL, um dos generais mais brilhantes era o General George S. Patton.
Patton porém era duro. Em uma visita a hospitais de feridos na Itãlia encontrou 2 soldados afastados de combate que não aparentavam, porém, lesões físicas visíveis.
Os soldados sofriam o que conhecemos hoje como trauma pós-guerra. Patton achou que era corpo mole e deu um tapa na cada dos soldados.
O episódio ficou conhecido como o incidente das bofetadas de Patton.
O incidente chegou ao presidente americano Eisenhower e depois à imprensa.
4 PASSOS para identificar um privilégio para um setor travestido de desenvolvimento econômico e geração de empregos.
Leu algum caso desse e fez check nos 4 passos? Bingo! É privilégio pra um grupo da sociedade às custas do restante dos brasileiros.
É muito eficiente!
Vamos falar do Regime Especial da Indústria Química (REIQ) que - apesar desse grupo jogar muito contra - felizmente vai acabar.
Criado pelo Governo federal em 2013, o REIQ reduzia a 1% a alíquota de 9,25% de PIS/Cofins incidente sobre a compra de matérias-primas petroquímicas.
O objetivo - como sempre é - era aumentar a competitividade.
“Ele não é um benefício, mas condição necessária para a indústria química nacional competir com concorrentes internacionais”, André Passos, diretor da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Dia 1° de março o governo enviou uma Medida Provisória (MP) zerando o imposto federal sobre Diesel e Gás.
Para compensar, foi aprovada ontem o aumento de 15% para 20% o imposto sobre Bancos e Instituições de Crédito.
Quem acha que isso é bom ou dá no mesmo, tá enganado. É ruim.
Sim, pois é a narrativa perfeita.
Para muitos, bancos são apenas empresas de magnatas com lucros bilionários. E se há desigualdade, para cuidar dos brasileiros, vale a pena tirar dessas empresas.
No entanto, essa é uma visão simplista e errada que já ficou pra trás há décadas.
Pois bem. Os bancos fazem parte do MERCADO DE CRÉDITO.
Esse mercado conecta 2 tipos de agentes: POUPADORES e TOMADORES.
- POUPADORES possuem capital guardado e procuram oportunidades de investir.
- TOMADORES são empreendedores e empresas que precisam de capital para investir.