Não existe protocolo 100% seguro. Ana Maria testou positivo hoje (provavelmente em um teste rápido de antígeno), mas disse que estava sentindo uma "gripinha" desde quinta-feira. Ou seja, pode ter infectado toda a produção de quinta e sexta. g1.globo.com/pop-arte/notic…
Na sexta-feira, ela conversou com o ator Alexandre Borges, cara a cara. Se você está com sintomas, fique em casa, mesmo se o teste der negativo. Teste de antígeno ou mesmo o PCR podem falhar, principalmente se a carga viral for baixa.
A sensibilidade do teste de antígeno, mesmo se acima de 90%, é em relação ao PCR, que apesar da sua sensibilidade analítica ser próxima dos 100%, tem sensibilidade clínica próxima dos 70%. Em outras palavras, PCR e antígeno, podem dar falso-negativo. Não existe protocolo seguro.
Detalhe: quando começarem a falar que vacinas não funcionam porque ela pegou mesmo vacinada, diga que vacinas não foram feitas para impedir a transmissão, mas sim os casos graves e óbitos. Vacinados podem transmitir e pegar a doença, mas+
têm risco muito menor de agravar e virem a óbito. Mas note: o risco não é zero. Ainda existe. Por isso se proteja e tome a sua vacina assim que puder.
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Acho que sendo mais transparente. Sabíamos que uma vacina com eficácia de 50% teria que ser aplicada em mais de 90% da população para segurar a epidemia. Isso considerando que ela impede a transmissão (o que não sabemos). Ressaltar as limitações de cada vacina é ser responsável.
Antes de mais nada, destaco que mesmo uma vacina com 40-60% de eficácia tem o seu valor, pois trata-se de redução de riscos de casos, internações e óbitos. Cada vida importa. Quando não se tem doses suficientes, uma estratégia usando uma vacina 50% eficaz é válida.
O problema é que a eficácia é apenas um dado científico que depende da taxa de transmissão do vírus. Para um vírus controlado, com baixa circulação e taxa de transmissão, uma vacina com 40% de eficácia é suficiente. Em uma pandemia disseminada, não é.
Recebo esse tipo de pergunta o tempo todo. Infelizmente, não tenho como responder a todos porque são centenas por dia. Mas mostra que ainda tem MUITA gente desinformada por aí e quem precisava ajudar, não está ajudando.
Notícias antigas ressoando novamente...
De repente, vídeos antigos começaram a receber MUITAS views de gente que estava escondida (eles tinham sumido por algum tempo). Alguma coisa fez furar a bolha e estimular esse levante. São CENTENAS de comentários similares
O presidente consegue causar mal de duas formas: 1. inflama seus apoiadores pra não usarem máscara 2. (O que é ainda pior) compartilha uma informação falsa de que a máscara só evita um infectado de transmitir o vírus, mas não protege quem não está infectado.
Sabemos que máscaras protegem de duas formas: (1) de inalar aerossóis e gotículas e (2) de emitir partículas no ar. Quem está infectado, não sabe que está transmitindo, muitas vezes. Esse é o problema da COVID que fez a doença espalhar. Ela espalha antes dos sintomas.
Vai fazer teste pra saber quem está infectado, antes dos sintomas? Não... não usamos essa estratégia. Então, continue usando sua máscara. É o melhor que podemos fazer.
Teorias da conspiração sobre a origem do coronavírus ganhando tração de novo. Eu acho importantíssimo você que se interessa de verdade por esse assunto ler o relatório técnico da OMS descrevendo os resultados das investigações.
Houve extensa pesquisa epidemiológica e genômica apontando para as origens naturais do vírus, a partir de morcegos ou de algum animal intermediário para o ser humano. O vírus que circulou em Wuhan já não era apenas de um "tipo": já haviam pequenas mutações +
sugerindo múltiplas fontes iniciais ou mesmo um período prévio de circulação silenciosa - potencialmente fora de Wuhan. Se tivesse escapado de um laboratório, você teria que rastrear apenas uma fonte inicial, com poucas mutações.
Parem de achar que a Anvisa reprovou a Sputnik por uma decisão política. Os critérios de reprovação estão claros, diferente dos dados que temos sobre ela. "Ah mas 65 países aprovaram..."
Os dados não são claros, essas agências podem ter recebido dados distintos dos nossos.
Além disso, o maior problema na minha opinião foi a detecção de adenovírus replicante nos lotes que a Anvisa avaliou: significa que falhou o processo de produção. Liberar uma vacina com esse problema é um risco sanitário. Anvisa corretíssima.
Adenovírus é o vírus que carregaria o gene do coronavírus pra dentro do seu corpo. Esse vírus deveria estar inativado. Mas não está. E pode causar doença (adenovirose - resfriado e alguns outros problemas). Você tomaria uma vacina nessas condições?
O surto de COVID na Índia e a provável diminuição das exportações de vacinas me faz pensar o quanto o Brasil poderia ser soberano nessa área e não é.
Ser soberano em produção de vacinas significa ser capaz de sustentar a própria demanda e ainda ser líder mundial em capacidades tecnológicas e de exportação. Nós deixamos essa soberania para trás, quando decidimos ter políticas de governo e não de estado.
Em 2004, com o surgimento da Lei de Inovação Brasileira (muito atrasada por sinal), houve um primeiro suspiro para que empresas e universidades colaborassem para a criação de verdadeiros parques tecnológicos. Lembrem-se: Universidade não é indústria, ela produz conhecimento.