Um dos fenômenos mais impressionantes dos últimos anos são as pessoas públicas que mudaram 100% suas posições e convicções políticas - para pior.
É gente que subiu comigo em carros de som nas manifestações anti-PT, que angariou seguidores defendendo a liberdade, e hoje anda de mãos dadas com o que há de mais atrasado na extrema-esquerda.
A pergunta é: por que?
Não pode ser por desconhecimento, ingenuidade ou desinformação.
Eu não reivindico o monopólio da verdade nem da virtude (isso é coisa da esquerda), mas é IMPOSSÍVEL aceitar tamanha maleabilidade moral.
A explicação mais provável é que nunca estiveram do nosso lado. Defenderam posições em troca de visibilidade e dinheiro. Quando viram que o ganho maior estava do outro lado, mudaram de time.
Antes, defendiam a liberdade e denunciavam a devastação que a esquerda produz. Hoje, se aliam à esquerda e assistem de camarote - e calados - aos piores ataques à Constituição e às instituições democráticas.
Não dá pra usar eufemismos nessa hora: são canalhas, idiotas sem caráter, vermes.
São parasitas que infestam a sociedade em busca de ganho fácil ou adulação.
Seu triste destino será a infâmia e o esquecimento.
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Tem muita gente dizendo besteira sobre a questão das eleições e do sistema de votação.
Vamos esclarecer explicando bem devagar:
O voto manual, em papel (modelo antigo) permitia fraudes locais, mas não fraudes sistêmicas.
O voto eletrônico sem auditoria externa, a princípio evita a fraude local, mas facilita enormemente a fraude sistêmica.
Como assim?
A fraude local na votação em papel ocorria quanto a pessoa encarregada de contar os votos, adulterava as cédulas ou contava os votos de forma errada. Ela alterava o resultado ali, naquela seção, mas não tinha nenhuma possibilidade de fraudar a totalização nacional dos votos.
Voltamos da praia e Maria quer colo. Não está cansada. Só quer colo. Maria está grande, eu a ajeito de um lado, as cadeiras de praia do outro. A tardinha cai no Rio de Janeiro.
“Papai”, Maria me chama, quando chegamos na esquina: “Olha só que engraçado”.
Eu presto atenção. Ela me explica:
“A boneca está no meu colo, eu estou no seu colo”.
Ela abre o sorriso: “e você está no colo do chão !”
“Todo mundo está no colo do chão. todas as pessoas, em todos os lugares”.
É verdade minha pequena, estamos todos no colo do chão, no colo da Terra.
Eu olho ao redor as pessoas indo e voltando da praia, turistas, moradores, ambulantes. As ondas quebram na praia levantando espuma. Surfistas passam distraídos, roupas de borracha, pranchas do lado, em paz
Aconteceu há mais de um ano. Eu andava dormindo mal. Peguei uma gripe e adormeci no final da tarde, na cama do João, que ainda estava na escola.
Caí em um sono desorganizado e agitado. Em um certo momento, senti o toque de um lençol caindo sobre mim. Alguém me cobre, ajeita meu travesseiro. Eu resisto a despertar. Deve ser a Josefa, que trabalha conosco. Estranho. Ela nunca fez isso.
Voltei pro meu sono.
Quando acordei, saí pela casa, corpo ainda doído da gripe. “João chegou”, Josefa me diz na cozinha. “Está na sala, viu o senhor dormindo e não quis incomodar”.
Foram criadas no Rio restrições à exploração econômica do solo e ao desenvolvimento imobiliário em nome da proteção ambiental. Um exemplo é a legislação que diz que acima da cota 60 nada pode ser construído.
Mas já sabemos que não se mede uma política pública pelas intenções, mas pelos resultados.
O resultado dessas restrições é que, acima da cota 60, apenas favelas são construídas.
A devastação ambiental no Rio é inacreditável. Vejam o que está acontecendo com a floresta de São Conrado.
A mesma coisa vale para as margens das lagoas. As “margens lagunares de preservação” viraram todas favelas.
As restrições só valem para quem constrói legalmente.
Eu fui o outro criador do Novo. A maioria das pessoas nunca ouviu falar de mim porque fui “cancelado” da história oficial ao discordar da transformação do partido em uma “empresa” com funcionários e dono.
Não se enganem:
O espírito original do Novo nada tem a ver com essa histeria oportunista ou androginia ideológica.
O partido deveria der celeiro de líderes, e não escola de subserviência.
É inconcebível alinhamento com a esquerda ou com políticos populistas e patrimonialistas.
A maioria dos “dirigentes” tem tanto entendimento e experiência com politica quanto um imitador de foca tem com assuntos militares.
A natureza do equívoco intelectual e moral é o mesmo.
São funcionários, cumprindo ordens. Mas ordens de quem?