#RRRP3 anunciou a compra da parte da #PETR4 no campo de Papa-Terra, equivalente a 62,5%. Os outros 37,5% continuam sendo da Chevron, que atuará em parceria com a empresa.
Na verdade, quem comprou foi a sua subsidiária 3R Offshore, empresa da qual 3R tem 70%.
A aquisição muda a empresa de patamar, principalmente por ser sua estreia no offshore, e em águas profundas. É um campo maduro, mas desafiador. Novos riscos são incorporados à atividade, mas também novas possibilidades.
Meu amigo (censurado), que sabe tudo do setor, me disse que a 3R muda o patamar de parceiros (Chevron), podendo ser transformacional. Ele também lembrou que a plataforma P-61 é moderna e possui válvulas de controle de poços não submersas, o que facilita muito a manutenção.
A cobertura do @BTGPDigital no setor de petróleo tem me agradado muito, e mais uma vez eles emitiram um relatório que eu recomendo. Nesse relatório fica clara a enorme possibilidade de ganhos da empresa.
As informações da #PETR4 e da ANP são no sentido de que o fator de recuperação é de apenas 2,5%, enquanto a média dos campos da região é de 15%. As estimativas do BTG são de que 3R consiga elevar esse fator para 6,5%, num cenário não tão otimista.
Com isso, o BTG estima que a receita anual de 2021 seja de 703 milhões, e atinja 2,375 bilhões de reais em 2023, ou seja, se multiplicará por 3. O pulo do gato está na despesa: estimadas esse ano em 197 milhões, passariam a ser de 198 milhões em 2023, praticamente estáveis.
Essa multiplicação das receitas, com as mesmas despesas, catapulta a geração de caixa e os lucros da empresa. O BTG estima que #RRRP3 saia de uma geração de caixa operacional de 182 milhões em 2021 para 1,5 bilhões em 2023, praticamente multiplicando por 10.
Além disso, preveem que em 2023 a empresa terá um Earnings per share (EPS), ou lucro por ação, de R$ 11,67. Aos preços de hoje, estaríamos pagando um P/L 2023 de apenas 4x. Parece bom, não? Mas pode ser ainda melhor.
#RRRP3 pode conseguir ser mais eficaz na recuperação dos poços que já tem em exploração, aumentando muito a capacidade de produção dos mesmos. O conceito de Reservas de Petróleo não é totalmente físico, mas econômico:
quando se diz que um poço tem x barris de petróleo, se diz que é economicamente viável extrair x barris.
Empresas como a #RRRP3 compram poços maduros, ou seja, poços que já ultrapassaram o seu auge de produção, e se encaminham para o esgotamento.
Mas com a utilização de tecnologias, amplamente dominadas pelo mercado nos poços onshore, é possível aumentar a pressão do poço, o que aumentaria a sua capacidade.
Então quando se noticia que a empresa comprou um poço com X milhões de barris de petróleo, se está dizendo que, ao preço estimado, e com as tecnologias utilizadas no poço, é economicamente vantajoso explorar até aquela quantidade.
Mas se a empresa empregar novas tecnologias, que aumentem a pressão do poço de forma constante, e barata, é possível aumentar a capacidade do poço, estendendo a produção dos chamados poços maduros além dos limites de reservas pelos quais ele foi vendido.
A Petrobrás não investiu nesses poços maduros ao longo de vários anos, pois focou na exploração das enormes reservas do pré-sal. Para grandes empresas, com executivos de alto padrão, altos salários, altos custos de administração, poços pequenos são muito pouco rentáveis.
Com custos mais elevados, não lhes faz sentido econômico investir na recuperação. No entanto, para pequenas empresas como a #RRRP3, é possível explorá-los com custos muito menores, principalmente se elas conseguirem reaproveitar estruturas administrativas.
Assim, pode ser mais vantajoso para a major vender um poço maduro para uma pequena empresa, recebendo recursos ao invés de investir nos poços, enquanto que a júnior conseguirá ter maiores lucros, por ter menores custos, fazendo-lhe mais sentido investir para revitalizar os poços
Quando se estima as reservas e capacidades de produção dos poços, em boa parte se está utilizando as reservas que hoje são economicamente viáveis. Ainda que se estime um pouco de aumento de produção, a realidade poder ser muito melhor, dependendo da eficiência da empresa.
#RRRP3 pode aumentar sua produção mediante novas aquisições, mas também mediante a melhora (acima do esperado ou projetado) da capacidade dos poços que já detém. Um projeção de P/L 2023 em 4x pode ser, afinal, conservadora.
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#GGPS3 - De acordo com a própria companhia, a GPS Participações e Empreendimentos S.A. é uma holding que, através de suas controladas, oferece soluções multisserviços a mais de 2700 clientes em todo o território nacional, em cobertura geográfica que corresponde a 98% do PIB BR
Possui atuação nos segmentos de prestação de serviços de higienização e limpeza (facilities); segurança patrimonial; logística indoor; prestação de serviços de segurança eletrônica, implantação, operação e manutenção predial; manutenção e serviços industriais; +
prestação de serviços de hotelaria marítima (em plataformas petrolíferas); prestação de serviços de cozinha e venda de refeições; prestação de serviços de manutenção de rodovias; tudo através de terceirização de mão de obra a seus clientes.
Segundo relatório do Morgan Stanley, a revitalização de poços de petróleo maduros é um tema atrativo no Brasil. Com a decisão de #PETR4 em vender esses poços, uma nova classe de ativos toma força, criando uma “oportunidade de única na vida”. #RECV3#PRIO3#RRRP3#ENAT3
Qual a lógica? A exploração de petróleo no Brasil mudou completamente com a “descoberta” do Pré-sal. Com a decisão estratégica da Petrobrás de investir pesadamente no Pré-sal, os poços onshore (em terra) e alguns offshore (em mar), passaram a ser menos atrativos.
Para as MAJORS (grandes empresas de petróleo) não faz mais sentido manter a exploração de vários e pequenos poços de petróleo, sendo muito mais rentável concentrar suas operações no Pré-sal, vende-los a empresas menores.
#TOTS3 está negociando, neste momento, a R$ 36,61, 67x o lucro, 32x o EBITDA, com dividend yeld de 0,71%. Significa que o acionista levaria 67 anos para reaver o investimento com os lucros atuais. Está cara?
Desde logo, já afirmo que mantenho o papel em carteira desde o 3T2020. O que me fez comprá-la? Certamente não foi uma queda. Comprei a +/- R$ 28,00, sendo que meses antes o papel negociou abaixo de R$ 14,00.
TOTS3 parecia uma empresa de tecnologia que tinha dado errado. Após um pico de R$ 0,46 de lucro por ação em 2014, a empresa obteve lucros decrescentes: R$ 0,34 em 2015, R$ 0,26 em 2016, R$ 0,16 em 2019 e apenas R$ 0,10 de lucro por ação em 2018.
A Vale divulgou ontem que irá distribuir dividendos aos acionistas, no valor de R$ 2,17 (e mais várias casas decimais), dos quais R$ 0,71 correspondem aos resultados do 1T2021, e R$ 1,46 se refere a reservas de lucros constantes no balanço de dezembro de 2020.
Interessante notar que no 1T2021 a Vale teve um lucro por ação de US$ 1,08, o que, pelo câmbio de hoje, seria algo próximo a R$ 5,47 por ação. Distribuindo apenas R$ 0,71 referentes a esse resultado, a VALE está retendo R$ 4,76 dos lucros por ação, um payout de 13%.
Em abril de 2021, a VALE já havia efetuado o pagamento de dividendos no valor de R$ 4,26 por ação. Somados aos dividendos anunciados, teríamos o pagamento de dividendos totais de R$ 6,43 apenas no primeiro trimestre de 2021. Pelo valor da ação hoje, seria um yeld próximo a 5,91%