#GGPS3 - De acordo com a própria companhia, a GPS Participações e Empreendimentos S.A. é uma holding que, através de suas controladas, oferece soluções multisserviços a mais de 2700 clientes em todo o território nacional, em cobertura geográfica que corresponde a 98% do PIB BR
Possui atuação nos segmentos de prestação de serviços de higienização e limpeza (facilities); segurança patrimonial; logística indoor; prestação de serviços de segurança eletrônica, implantação, operação e manutenção predial; manutenção e serviços industriais; +
prestação de serviços de hotelaria marítima (em plataformas petrolíferas); prestação de serviços de cozinha e venda de refeições; prestação de serviços de manutenção de rodovias; tudo através de terceirização de mão de obra a seus clientes.
Tendo realizado um IPO recente, existem poucos dados para serem analisados, e a maioria se refere ao período anterior à abertura. No entanto, pode-se perceber que é uma grande compradora de concorrentes. Desde 2007, foram 30 aquisições em diversos segmentos e regiões do país.
Somente no último trimestre do ano de 2020, antes do IPO, a empresa adquiriu 4 concorrentes, o que determinou o crescimento de seu faturamento, lucro líquido e EBITDA.
Ao analisar o histórico, pode-se notar que essas aquisições são numerosas, constantes, e muito bem realizadas.
Com um time experiente em aquisições, o Grupo GPS tem conseguido capturar muito bem as sinergias envolvidas nessas aquisições, uma vez que mantém as receitas dos contratos de prestação de serviços das empresas adquiridas, mas elimina toda a estrutura em duplicidade.
Ao adquirir uma concorrente, a #GGPS3 consegue aproveitar o seu próprio setor de RH, suas bases administrativas, software, organização, diminuindo o custo em duplicidade.
Além disso, pela expertise e qualidade de sua equipe de gestão, a empresa consegue diminuir os custos envolvidos nas operações adquiridas, agregando eficiência e aumento de margem à contratos já em andamento. A eficaz gestão dos custos dos serviços prestados faz toda a diferença.
Como o maior insumo do negócio de terceirização de mão de obra é o salário dos empregados, os quais não se consegue reduzir, toda a diferença a capturar reside justamente na eficiência da gestão. Esse negócio não possui margens altas, pelo contrário.
Além disso, a própria gestão da eficiência da mão de obra é fundamental para a lucratividade do negócio. O controle de horas extras, encargos, insalubridade, periculosidade, custo dos EPIS, duplicidade de colaboradores, enfim, todas as questões envolvidas na administração de +
um exército de colaboradores, faz toda a diferença entra a empresa ser rentável ou quebrar.
GPS aparenta ter uma vantagem relativa às concorrentes: enquanto a margem média operacional do mercado é em torno de 5%, GPS tem margem operacional de 7,5%
Na apresentação de resultados do primeiro trimestre de 2021 a empresa confirmou o crescimento sugerido pelos dados pré-IPO. Em comparação ao 1T20, o crescimento da receita líquida foi de 24%, alinhado com o patamar médio de crescimento da receita líquida do último triênio (23%).
O lucro líquido ajustado cresceu fabulosos 77% em relação ao 1T20, e o EBITDA ajustado cresceu 43%. Nada mal, não é?
O crescimento orgânico foi de 6% no período, porém ele foi o suficiente, apenas, para que a empresa retornasse aos níveis pré-covid. As aquisições foram a chave.
A empresa manterá o ritmo de aquisições ao longo de 2021. Em sua apresentação dos resultados por vídeo, a empresa afirmou que possui um pipeline de aquisições com 55 empresas já em fase de avaliação e negociação, que, somadas, tem um faturamento de 17 bilhões de reais.
GPS é uma empresa com caixa, com acesso a recursos, e nada em um mar onde os concorrentes estão procurando uma boia de salvação. A pandemia afetou severamente vários setores da economia, e a terceirização de mão de obra sentiu o baque.
Ocorre que GPS é melhor gerida e tem apetite para adquirir empresas que estão em situação difícil, mas possuem contratos que, dentro de uma estrutura racionalmente eficaz, serão muito lucrativos.
Hoje, GGPS3 tem valor de mercado próximo a R$ 11,5 bi, e Enterprise Value ~ R$ 12,5 bi, enquanto a receita líquida de 2020 foi de R$ 4,9 bi, e o EBIT de R$ 465 mi.
Pelas métricas fundamentalistas está muito cara: relação P/L de 41,51, EV/Ebit de 25,26 e EV/Ebitda de 23,88.
No entanto, esses múltiplos são estáticos, não estão levando em consideração o forte crescimento que a empresa terá nos anos vindouros.Apenas com as aquisições já em estágio avançado, a empresa poderá incrementar suas receitas líquidas em R$ 1,5 bi, representando cresc. de 30,6%
Também devemos considerar que, juntamente com o crescimento do PIB, ou uma retomada dos empregos à níveis pré-pandemia, e uma pequena melhora ao longo da próxima década, o Grupo GPS tem oportunidade de crescer consistentemente.
Crescer 30% ao ano é muito desafiador. Mas se GPS enfrentou dificuldades, as empresas menores, que não são listadas, não possuem acesso à capital barato, e sem acesso ao mercado de ações para se capitalizar mediante novas emissões, enfrentaram muito mais.
Ao longo do anos, será impossível crescer a taxas tão altas, pois quanto > a empresa ficar, + desafiadora será a operação e - representativa cada aquisição. Estimo q os próx. 5 anos serão de intenso crescimento, com posterior declínio até que, em 2030, GPS crescerá cfe a inflação
Caso isso esteja correto, GPS poderá multiplicar sua receita líquida por 6, e, mantendo as margens médias, multiplicar seu fluxo de caixa livre por 2.200%.
Descontando o fluxo de caixa projetado à valor presente, estimo que o preço justo para as ações, hoje, seria de R$ 32,96.
Conforme indicação do @luciocw , é possível fazer uma avaliação comparativa com a MANPOWER, (MAN), listada nos EUA, mas com algumas operações no Brasil, e é muito maior do que GPS. As duas empresas possuem praticamente o mesmo valor de EV/EBIT: 25.
Tomando esse parâmetro para precificação do ativo, GGPS3 negocia, hoje, no equivalente a 20x o Ebit para o final de 2021, e 15,7x o Ebit para o final de 2022. Isso significa que a ação poderá estar com o preço justo de R$ 22,70 ao final de 2021, e de R$ 29,37 ao final de 2022.
Toda essa thread representa apenas meus estudos e estimativas sobre a empresa. Não configura, em nenhuma hipótese, recomendação de investimento. Em tempo, eu tenho posição comprada nas ações da empresa.
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#RRRP3 anunciou a compra da parte da #PETR4 no campo de Papa-Terra, equivalente a 62,5%. Os outros 37,5% continuam sendo da Chevron, que atuará em parceria com a empresa.
Na verdade, quem comprou foi a sua subsidiária 3R Offshore, empresa da qual 3R tem 70%.
A aquisição muda a empresa de patamar, principalmente por ser sua estreia no offshore, e em águas profundas. É um campo maduro, mas desafiador. Novos riscos são incorporados à atividade, mas também novas possibilidades.
Meu amigo (censurado), que sabe tudo do setor, me disse que a 3R muda o patamar de parceiros (Chevron), podendo ser transformacional. Ele também lembrou que a plataforma P-61 é moderna e possui válvulas de controle de poços não submersas, o que facilita muito a manutenção.
Segundo relatório do Morgan Stanley, a revitalização de poços de petróleo maduros é um tema atrativo no Brasil. Com a decisão de #PETR4 em vender esses poços, uma nova classe de ativos toma força, criando uma “oportunidade de única na vida”. #RECV3#PRIO3#RRRP3#ENAT3
Qual a lógica? A exploração de petróleo no Brasil mudou completamente com a “descoberta” do Pré-sal. Com a decisão estratégica da Petrobrás de investir pesadamente no Pré-sal, os poços onshore (em terra) e alguns offshore (em mar), passaram a ser menos atrativos.
Para as MAJORS (grandes empresas de petróleo) não faz mais sentido manter a exploração de vários e pequenos poços de petróleo, sendo muito mais rentável concentrar suas operações no Pré-sal, vende-los a empresas menores.
#TOTS3 está negociando, neste momento, a R$ 36,61, 67x o lucro, 32x o EBITDA, com dividend yeld de 0,71%. Significa que o acionista levaria 67 anos para reaver o investimento com os lucros atuais. Está cara?
Desde logo, já afirmo que mantenho o papel em carteira desde o 3T2020. O que me fez comprá-la? Certamente não foi uma queda. Comprei a +/- R$ 28,00, sendo que meses antes o papel negociou abaixo de R$ 14,00.
TOTS3 parecia uma empresa de tecnologia que tinha dado errado. Após um pico de R$ 0,46 de lucro por ação em 2014, a empresa obteve lucros decrescentes: R$ 0,34 em 2015, R$ 0,26 em 2016, R$ 0,16 em 2019 e apenas R$ 0,10 de lucro por ação em 2018.
A Vale divulgou ontem que irá distribuir dividendos aos acionistas, no valor de R$ 2,17 (e mais várias casas decimais), dos quais R$ 0,71 correspondem aos resultados do 1T2021, e R$ 1,46 se refere a reservas de lucros constantes no balanço de dezembro de 2020.
Interessante notar que no 1T2021 a Vale teve um lucro por ação de US$ 1,08, o que, pelo câmbio de hoje, seria algo próximo a R$ 5,47 por ação. Distribuindo apenas R$ 0,71 referentes a esse resultado, a VALE está retendo R$ 4,76 dos lucros por ação, um payout de 13%.
Em abril de 2021, a VALE já havia efetuado o pagamento de dividendos no valor de R$ 4,26 por ação. Somados aos dividendos anunciados, teríamos o pagamento de dividendos totais de R$ 6,43 apenas no primeiro trimestre de 2021. Pelo valor da ação hoje, seria um yeld próximo a 5,91%