Vai ser interessante observar a reação de uma certa classe média quando forem fazer a sua declaração anual e descobrirem que vão pagar mais impostos (por conta da diminuição do escopo da declaração simplificada).
Explicando para quem é incapaz de entender o subtexto da colocação: essa fatia da classe média é justamente um dos setores que mais apoiou o presidente (e ainda apoia) o bolsonarismo.
Fora que a redução do poder de consumo da classe média não é um problema tão simples quanto pressupõe o jovem na internet: os padrões de consumo da classe média são fundamentais para a desaceleração dos setores de serviços e industria.
Sempre bom lembra que o padrão de consumo da classe média brasileira foi um dos principais fatores do "milagrinho" da era Lula.
O maior impacto da reforma do IR - pelo que consta - será mesmo o aumento do preço dos remédios (que afeta a população no geral) e, em menor escala, a diminuição de empregos que oferecem VR. Menor escala por motivos de informalidade.
O achatamento das classes média e pobre nos remete ao cenário dos anos 80. A consolidação de uma classe média no Brasil é um fenômeno recente (dos 90 para cá) e pelo visto um tanto frágil.
O padrão de consumo da classe média, por exemplo, contribui para o barateamento de produtos básicos, como a proteína de origem animal. A coisa não é tão simples quanto "que se dane a Classe média".
Fora que o achatamento das classes médias e pobre tem um impacto imenso nos setores da educação e saúde. E isso em um momento onde o investimento nesses setores diminui ou está congelado.
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Nossa cobertura deve começar 9h, mas se atrasar um pouco é por motivos de "fui me vacinar".
#CPIdaCovid bola rolando no estádio Mané Garrincha. @senadorhumberto já começa mostrando que o ministro Queiroga MENTIU ao dizer que solicitou da CONITEC um parecer sobre o uso de cloroquina. Heinze vai surtar.
Hoje é o "dia seguinte" na #CPIdaCovid, além do depoimento de Francieli Fantinato (ex-coordenadora do PNI) teremos as repercussões da prisão de Roberto Dias. Vou falar sobre o que está rolando nos bastidores no "pré-jogo".
Acompanho grupos militares desde 2014 por conta da Comissão Nacional da Verdade. A entrada dos militares no Bolsonarismo (que não está dada desde o princípio) tinha um cálculo claro: colocar os militares no centro da política nacional.
Contudo, não como em 64. A ideia era preservar uma certa "distância" do poder. Bolsonaro não era bem visto nas FA por conta de seu histórico, era considerado imprevisível e seus "esquemas" eram notórios. Isso sempre foi falado abertamente.
A entrada das forças militares no seu conluio lhe conhecia um alicerce institucional. Para os militares, fornecia um palhaço que atrairia as atenções enquanto eles poderiam se alojar tranquilamente no centro do poder.