1,18 mi de internações por COVID-19 entre Fev/20 (1ª onda) - Mai/21 (2ª onda):
🔺Aumento de internações em 59%
🔺>40% das entradas hospitalares (2021) morreram. (33% em 2020)
🔺Quase 20% dos jovens (20-39 anos) que internaram em 2021 morreram. bbc.com/portuguese/bra…
🔺A mortalidade entre quem precisou de intubação passou de 78,8% na 1ª onda para 84% do final de Dez/20-25/Mai/21
A média mundial é de cerca de 50%.
Impacto sincronizado pela variante Gama em quase todo o país em 2021. Preço alto demais por subestimar o potencial de uma VOC.
Pagaremos para ver novamente com a Delta? Ou aprenderemos com o que está acontecendo em outros países?
Conhecer possíveis consequências e mesmo assim não ter um plano de enfrentamento, seguir flexibilizando é uma escolha. A população não aderir às medidas de enfrentamento também é uma escolha. A narrativa do inevitável não cabe mais para nós.
Seguir no erro é uma escolha.
Os avisos estão aí. Para todos aqueles que acham que "não tem como surgir uma variante pior", "não precisamos controlar a transmissão", entendam que o cerne da questão sempre foi a transmissão. Novamente: insistir no erro é uma escolha, não é inevitável.
A B.1.621(que está na lista de alerta, não é VOC e VOI ainda) foi descrita pela primeira vez em Jan/21 na 🇨🇴. Já se espalhou em 19 países da América e da Europa.
Vacine-se. Use máscara. Faça distanciamento. Se proteja e nos proteja.
Dados do relatório analisando a transmissão local da Delta na 🇨🇳 mostraram:
🔺Carga viral do 1º teste de PCR positivo foi ~1000x maior pra Delta comparado com cepas circulantes em 2020
🔺Potencial mais rápido de replicação e de transmissão precoce
Vem entender 👇🧶
Do primeiro caso identificado em 21/05/21na 🇨🇳 até o último caso relatado em 18/06/21, um total de 167 infecções locais foram identificadas
Dados dos indivíduos em quarentena neste surto foram comparados com dados da epidemia anterior de 2020 (pelas cepas em circulação na época)
Uma vez isolados, uma série de PCR diárias foram feitas ao longo do tempo. Os dados mostram que, desde o dia da exposição até o dia da 1ª PCR positiva foi menor para a Delta (4 dias) do que para cepas referência (6 dias).
Muitas infecções virais apresentam uma predileção pelo Sistema Nervoso (SN) e seu acometimento pode levar a problemas muito sérios e agravamentos da condição.
A COVID-19 apresenta muitas manifestações neurológicas, e estamos começando a entender o porquê
Acompanha 🧶👇
Sabemos que a COVID-19 pode levar a manifestações neurológicas importantes, algumas mais frequentes que outras, como a perda do olfato e do paladar.
Em um estudo com mais de 8 mil pessoas, cerca de 41% delas relataram perda do olfato, por exemplo nature.com/articles/d4158…
Isso são só alguns exemplos de manifestações frequentes. Outro estudo sugere que, mesmo em indivíduos assintomáticos, um aumento persistente do risco de AVC isquêmico agudo é visto, meses assintomáticos após o diagnóstico sorológico da infecção jamanetwork.com/journals/jaman…
Publicado na @ScienceMagazine , alguns dados sobre as variantes B.1.427/B.1.429 (Épsilon)*, trazem a questão do escape imunológico observado por essa variante.
Mas o que sabemos sobre ela? 🧶👇
* Também conhecidas anteriormente como CAL.20C e, atualmente, como Épsilon
Em março de 2021, eu fiz um fio comentando sobre essa variante e também outras variantes que estavam circulando nos 🇺🇸, especificamente em Nova York. Ainda em Dez/20, tivemos a identificação da CAL.20C, hoje conhecida como Épsilon, na Califórnia
A Épsilon apresenta um conjunto de mutações ao redor da Spike, como a descrita abaixo. Naquele momento, pela posição da mutação, estando dentro RBD, levantou-se a possibilidade de possível escape imunológico (anticorpos).
É um completo absurdo. Somado a isso, temos o pedido da volta das torcidas para os estádios. Vocês já viram a curva da Holanda? Do pontencial da Delta? Imagina numa população como a nossa, em que temos ainda muita gente não vacinada?
Por fim, não se justifica um absurdo com outro absurdo. Jovens estarem sem aulas desde 2020 é um absurdo e precisa ser corrigido, o estado precisa encontrar meios de promover a educação adequada ao momento da pandemia que estamos vivendo.
Publicado em Junho na @Nature estudos demonstram a proteção pela vacinação, não somente das pessoas vacinadas, mas também de pessoas (ainda) não vacinadas na comunidade! Um exemplo são as crianças se beneficiando de proteção com uma alta % de adultos vacinados 🧶👇
📊O estudo analisou os registros de vacinação e resultados de testes coletados durante o início rápido da vacinação (💉Pfizer) em uma grande população de 177 comunidades geograficamente definidas em Israel 🇮🇱, que já tem uma alta % de vacinação na população
Os autores tiveram o cuidado de controlar alguns viéses, como recuperados de COVID-19 (que poderiam ter uma proteção pela recuperação e somar-se ao efeito da vacinação), intervalos parecidos fixadoss em todas as comunidades analisadas, para evitar confusões espaçotemporais, etc
Nota técnica do Observatório COVID-19 da @fiocruz sobre a efetividade de vacinas aqui no 🇧🇷 nas faixas etárias 60+, que já tem uma cobertura maior!
Com pelo menos a primeira dose:
💉AZ: 81,7% (60-79 anos), 62,8% (80+)
💉CoronaVac: 70,3% (60-79), 62,9% (80+)
🧶👇
Com duas doses:
💉Independente da vacina aplicada: 79,8% (60-79), 70,3% (80+)
💉CoronaVac: 79,6% (60-79), 68,8% (80+)
💉AZ: 93,8% (60-79), 91,3% (80+)
Na figura abaixo, vemos como a vacinação foi importante para reduzir o nº de casos graves e óbitos nesssas populações + velhas
Como o intervalo da AZ é maior, foi possível avaliar a efetividade com somente uma dose:
💉AZ: 81,1% (60-79), 57,5% (80+)
Importante lembrar: AS DUAS DOSES SÃO IMPORTANTES para a proteção completa. Volte para a segunda dose!