Então hoje vamos falar de um dos principais autores que a galera próxima do tradicionalismo gosta de ler: Julius Evola
Evola já apareceu aqui outras vezes, ele é bastante lido por diversos grupos de extrema direita, de integralistas a neonazistas revisionistas.
Julius Evola foi um autor e filósofo esotérico italiano do século XX, grande admirador de Mussolini e, ao mesmo tempo, crítico do regime fascista por este “não ser de direita o suficiente”
Evola nunca entrou formalmente para o partido fascista, nem era um filósofo central para o fascismo italiano, mas tinha uma relação de proximidade com Mussolini. Seu trabalho influencia algumas correntes esotéricas atuais e alguns dos chamados “tradicionalistas”.
Segundo Ferraresi, a doutrina de Evola é uma das doutrinas mais anti-igualitárias, anti-liberais, anti-democráticas e anti-populares do século XX. Evola foi influenciado por algumas doutrinas conservadores do século XIX, mas foi além em seu tradicionalismo.
A forma de pensar evolista é moldada por um ultra idealismo e rejeição a modernidade, como mostra o autor, sendo a base da filosofia do autor a “doutrina das duas naturezas”.
Uma natureza sendo a natureza metafísica, entendida por ele como espiritual e superior, e a outra como a natureza física, mundana e inferior.
Mas entraremos mais em detalhes sobre o pensamento de Evola na quinta feira porque ontem fiquei até 7h da manhã acompanhando o judô e preciso dormir.
(Quero todo mundo torcendo para Maria Portela hoje, hein!)
Referências:
FERRARESI, F. JULIUS EVOLA: TRADITION, REACTION, AND THE RADICAL RIGHT jstor.org/stable/23997444
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Então vamos continuar falando sobre o Evola e seu pensamento. Vamos explorar a questão dos yugas e das castas do pensamento antiliberal, anticomunista e fascista do autor italiano
Evola advoga pela existência de um "mundo metafísico superior", isso junto com uma grande valorização de hierarquias e cultura hindu, levou Evola a apoiar sistemas de castas. Inclusive uma concepção do tempo como dividida em castas, ou Yugas
O primeiro Yuga é a Era de Ouro, Satya Yuga, governada pela "casta superior" de sacerdotes. A partir da “degenerações”, como chama Evola, a Era de Ouro dá lugar a outras Yugas.
Além de Plínio Salgado, o integralismo tinha outras duas figuras extremamente relevantes: o advogado, escritor e político Gustavo Barroso e o filósofo e jurista Miguel Reale.
Voltamos das férias pra pegar pesado. Vamos começar a conversa sobre as galinhas verdes que andaram saindo do galinheiro, os integralistas.
Então bora de contexto histórico de onde surgiu essa ideologia e seu fundador, Plínio Salgado
Plínio Salgado foi um escritor, jornalista, político conservador e ideólogo brasileiro que idealizou o integralismo brasileiro e fundou uma de suas principais organizações, a Ação Integralistas Brasileira (AIB), tornando-se seu líder nacional.
Segundo Caldeira e Gonçalves, o fascismo italiano de Mussolini exerceu grande influência sobre o pensamento de Salgado. Foi após um encontro em 1930 na Itália entre os dois que Salgado consolidou sua filosofia política.
Acharam que o #MuteNoOdio tinha acabado? Acabou não, bebê. Demos uma pausinha pra ficar de olho no Pazu e já voltamos.
Hoje vamos de fio, falaremos sobre a relação de extrema direita com a política institucional.
Apesar de serem uma gangue com atuação majoritariamente nas ruas e com pouquíssima representação institucional, o movimento skinhead de extrema direita recebeu e recebe ajuda de alguns partidos políticos.
Como vimos anteriormente, o British National Front tinha forte relação com o movimento skinhead inglês de extrema direita, boa parte do YNF, a juventude do partido, era formada por esses jovens skinheads.
Vamos começar de fato então a campanha #MuteNoÓdio. Hoje vamos começar a falar sobre a subcultura skinhead, de forma bem introdutória, e aprofundaremos durante esse mês.
Hoje vamos também fazer a primeira denúncia de banda para colocarmos no mute!
Segue o fio
O movimento skinhead surgiu no Reino Unido em meados da década de 60 entre jovens da classe trabalhadora e foram muito influenciados pelos rude boys jamaicanos, termo utilizado para se referir a um estilo de vida de jovens pobres e infratores jamaicanos.
Inclusive parte do uniforme skinhead é inspirado nos rude boys, o característico suspensório já era usado pelos jamaicanos
Mas, no final dos anos 70, o movimento skinhead dá uma virada (que abordaremos mais pra frente) e passa a abordar temas raciais e políticos em suas músicas