é importante esclarecer mais uma vez que vacinas nao sao mágicas, e que nao devem ser a unica estratégia na contenção da pandemia. Usei novamente a analogia do goleiro para explicar por que quando tem muita bola chegando no gol - muito virus circulando - o goleiro/vacina falha.
https://twitter.com/CBNoficial/status/1425944170045313034
Além disso, chamei atencao para a necessidade de se discutir uma terceira dose para idosos, sabendo que é natural que a imunidade caia com a idade. Isso precisa ser discutido, mas com estratégia. Uma terceira dose protegerá mais os idosos? Pode ser, mas vacinar os jovens também,
já que ao vacinar os jovens, crianças e adolescentes, estamos reduzindo a circulação do virus, e assim também protegendo os idosos. Com a diferença de que estaremos protegendo também os jovens. Em uma situacao ideal, essa discussão nao seria necessária,
pois teríamos doses para vacinar todos e ainda dar reforço nos idosos e imunocomprometidos. Mas nao vivemos no ideal, e no mundo real, o gestor precisa fazer escolhas, que preferencialmente beneficiem o maior numero de pessoas de uma vez. Para fazer estas escolhas,
o gestor precisa de dados. A quantidade de pessoas vacinadas que realmente estao hospitalizadas ou morrendo, qual variante as contaminou, rastreamento de contatos para averiguar real transmissão a partir de vacinados. Para isso precisamos de vigilância,a testagem, sequenciamento.
Sem isso, o gestor fica no escuro para decidir. Quero dar terceira dose. Ok, vou tirar de onde? quero saber se preciso priorizar crianças e adolescentes. OK, cade os dados de circulação da delta e as taxas de breakthrough que resultam em hospitalização?
E cade o PNI para organizar isso nacionalmente e informar a populacao com transparência?
e aqui o link pra reportagem do NYT que eu mencionei na @CBNoficial nytimes.com/interactive/20…
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