A ivermectina faz parte dos medicamentos que integram o "kit covid", todos sem nenhuma comprovação científica de eficácia contra a #covid19. A verdade é que a ivermectina tem apenas uma finalidade: combater parasitas, como piolhos e sarnas. A gente explica como tudo começou ⬇️
Para entender como um remédio usado no combate a piolhos se tornou uma aposta contra o vírus da #covid19, precisamos voltar para março de 2020, quando cientistas australianos publicaram um estudo afirmando que a ivermectina eliminava o Sars-CoV-2 em 48h.
Após a #covid19 se espalhar pelo mundo, a ideia de que um medicamento relativamente barato poderia destruir o vírus causador da nova pandemia era ouro. O problema, porém, é que os estudos publicados foram apenas laboratoriais. Ou seja, feitos in vitro, não testados em humanos.
Esse é um ponto importante da ciência em si: um estudo laboratorial, por si só, não é aplicável em um contexto real. Estudos in vitro também mostram que a ivermectina combate os vírus HIV, da dengue e o zika vírus. E nem por isso a utilizamos no tratamento dessas doenças.
Para que a eficácia da ivermectina contra a #covid19 fosse comprovada, seria preciso seguir para o próximo passo: os testes em humanos. Acontece que o estudo in vitro, que mostrou resultados, utilizou uma dosagem 17x maior do que a dose máxima tolerada por uma pessoa.
Dessa forma, a dosagem necessária para eliminar o Sars-CoV-2 do organismo seria 17x maior do que uma pessoa pode aguentar, ultrapassando os limites seguros do uso do medicamento. A consequência? Casos de hepatite medicamentosa, como os que começaram a aparecer ainda em 2020.
Não acredite em medicamentos milagrosos. Até o momento, a melhor maneira de prevenir a #covid19 é usar máscara, álcool em gel, manter os ambientes ventilados, fugir de aglomerações e se vacinar para evitar quadros graves da doença. O resto é politicagem.
Assista ao novo "Recorte" sobre a ivermectina: bit.ly/37GgtCO
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A variante Delta está causando um aumento significativo de casos em muitos países, gerando uma nova onda da covid. Por isso vamos atualizar aqui o que sabemos (até agora) sobre a variante que foi identificada na Índia e se espalhou por vários países. Segue o fio:
A variante Delta é pelo menos duas vezes mais transmissível do que a cepa original, e dá origem a cargas virais nas vias aéreas mil vezes mais altas. Até o momento, não há dados que comprovem que ela cause quadros mais leves ou graves da doença.
Para se ter uma ideia de como a variante Delta é contagiosa, ela já é responsável por 99% dos casos de covid no Reino Unido e, atualmente, corresponde a 83% dos casos nos Estados Unidos.
O principal objetivo das vacinas é prevenir casos graves e óbitos. Atualmente, menos de 4% das mortes em decorrência da #covid19 no Brasil foram de pessoas completamente imunizadas. O vírus é o inimigo, a vacina não.
A imunossenência é o nome da diminuição da função imunológica que ocorre naturalmente com a idade. Com isso, as vacinas - contra covid ou outras doenças - tendem a ter uma eficácia reduzida entre os idosos.
Mesmo com essa redução de eficácia, casos graves e óbitos em idosos vacinados tiveram uma grande diminuição. Inclusive, o número de internações subiu entre os mais jovens justamente porque esse é o grupo menos vacinado.
À medida que os sintomas e sequelas da covid são estudados, se torna evidente que os efeitos da doença não se estendem apenas para o sistema respiratório, mas também atingem o tecido cerebral e o sistema nervoso. ⬇️
As sequelas neurológicas afetam tanto os que tiveram doença grave, quanto aqueles que tiveram quadros moderados e leves de #covid19. Estudos recentes têm demonstrado que o comprometimento do sistema nervoso central se deve a três mecanismos principais:
1) Agressão direta
A barreira existente entre o sangue e o líquor dificulta que o vírus passe da corrente sanguínea para o tecido cerebral. Mas algumas publicações relatam a presença de autoanticorpos no sangue de pessoas infectadas, capazes de se ligar e agredir os neurônios.
Ei, você tá pensando em passar o dia dos namorados com o @ que mora em uma casa diferente da sua? Fique esperto e não deixe as medidas de proteção de lado. A principal recomendação é: FIQUE EM CASA! Mas se for sair, tome cuidado. Segue o fio:
Não faça visitas ou saia de casa se teve qualquer sintoma ou sinal da #covid19 nas últimas 2 semanas. Dê preferência para a casa mais vazia, para evitar o contato desnecessário com outras pessoas. Não é hora de barzinhos e outros lugares com aglomeração e mal ventilados.
Quando sair de casa, dê preferência para a máscara PFF2 e leve um potinho de álcool gel para limpar as mãos ao longo do caminho. Higienize bem as mãos assim que chegar.
A essa altura do campeonato, depois de tantos testes e estudos, o uso da máscara segue sendo uma das únicas medidas cientificamente comprovadas de controle da #covid19. Não faz sentido suspendermos o uso obrigatório quando apenas 11% da população está imunizada.
Pouquíssimos países optaram por dispensar o uso obrigatório em determinados locais, depois que a maior parte da população tomou a vacina contra a covid-19. Mesmo assim, nem todos os especialistas concordam com essa orientação.
Já é comprovado que é possível haver casos de reinfecção da doença, ainda mais diante das novas variantes. Imunidade coletiva ou de rebanho acontece apenas quando a maioria da população está vacinada, e ainda não chegamos lá.
Menstruar é algo tão natural, que sequer nos damos conta de que nem todas as mulheres e homens trans têm condições de manter a higiene durante esse período. Isso é o que chamamos de pobreza menstrual. Bora bater um papo sobre isso?
Uma pesquisa realizada em 2018 mostrou que 22% das meninas de 12 a 14 anos não têm acesso a produtos higiênicos adequados para a menstruação no Brasil. Entre adolescentes de 15 a 17 anos, o número sobe para 26%. E quais motivos estão por trás disso?
1) Custo dos produtos.
O preço de 1 absorvente externo (unidade) varia de R$ 0,30 a R$ 0,70. Em cada ciclo, usa-se uma média de 20 a 25 absorventes, o que gera um gasto de quase 20 reais por mês. Quanto mais mulheres menstruam na casa, mais esse gasto fixo aumenta.