1) "Foram necessários 31 meses de má gestão e uma escalada de ataques à democracia inédita para que porção relevante da sociedade se desse conta do que muita gente já sabia, antes do resultado das urnas em 2018. O governo Bolsonaro é um fracasso.
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2) "Pelo histórico modesto, para não dizer inexistente, de serviços prestados pelo atual presidente nas três décadas como parlamentar, já se poderia antever a tragédia. O enfrentamento sofrível à mais grave crise sanitária em um século tornou tudo pior.
3) "Neste agosto, parecem ter chegado ao fim a tolerância da Corte Suprema e o entusiasmo do mercado financeiro. Não era sem tempo.
4) "Para onde quer que se olhe no Brasil, há destruição, ineficiência, retrocesso. O país não melhorou com Bolsonaro no Planalto, Paulo Guedes no Ministério da Economia, tampouco com a sucessão de nomes nas pastas da Saúde (quatro), da Educação (três), da Cidadania (três).
5) "Quem vive e observa o país da planície, faz tempo, alerta sobre os riscos às políticas públicas, aos recursos naturais e às instituições democráticas.
6) "Já são dois anos e meio de avisos em forma de cartas abertas de ex-ministros de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Educação, Saúde, Cultura, Relações Exteriores, Justiça, Fazenda, ex-presidentes do Banco Central, ex-procuradores da República.
7) "Contra os efeitos da política arrasa-Amazônia, também se pronunciaram parlamentares europeus, investidores, grandes bancos, empresariado responsável. Agências da ONU se manifestaram; entidades de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa elencaram violações.
8) "Comunidades indígenas e organizações quilombolas recorreram a entidades multilaterais para denunciar o que chamaram, sem rodeio, de genocídio dos povos tradicionais. A @ApibOficial protocolou ação contra o presidente no Tribunal Penal Internacional.
9) "Parlamentares da oposição, personalidades da cultura, do movimento social organizado apresentaram uma centena de pedidos de impeachment à presidência da Câmara, tanto no mandato de Rodrigo Maia quanto no de Arthur Lira.
10) "Somente agora as altas Cortes reagiram com abertura de investigações e chamando à responsabilidade o PGR, Augusto Aras. De outro lado, o mercado financeiro, devoto de primeira hora da cartilha de Paulo Guedes, parece ter perdido a fé.
11) "A prova está na acelerada deterioração dos indicadores financeiros deste e do próximo ano. As projeções para o IPCA romperam a barreira dos 7%, maior resultado desde 2015. A taxa básica de juros deve entrar em 2022 a 7,5% ao ano, patamar de 2017. O dólar voltou aos R$ 5,40.
12) "A gasolina já passa de R$ 6 por litro em oito capitais, incluindo Rio, Porto Alegre e Maceió, segundo pesquisa semanal da @ANPgovbr . Em São Paulo, informou o Dieese, o preço da cesta básica (R$ 640,51) em julho equivalia a dois terços do salário mínimo (R$ 1.100).
13) "Há 14,8 milhões de desempregados, mais de 30 milhões de trabalhadores na informalidade, 19 milhões de brasileiros em situação de fome. E um governo que apresenta em medida provisória uma política social que tem nome, Auxílio Brasil, mas não tem foco nem orçamento.
14) "Pesquisa XP/Ipespe mostrou que a rejeição ao governo Bolsonaro aumenta sem parar: saiu de 31% em outubro do ano passado para 54% neste mês, um recorde. Mais da metade dos consultados (52%) acha que o restante do mandato será igualmente ruim ou péssimo.
15) "Igualmente demolidor é o paper de @OrairRodrigo, do Ipea, que analisou o enfrentamento à pandemia à luz da política fiscal. O governo gastou muito, e mal. Numa comparação com 30 países, o Brasil foi 10º gastos, 7º em incidência de mortes por Covid e 17º em perda de PIB.
16) "(O governo Bolsonaro) Torrou dinheiro público (17,5% do PIB), sabotou medidas sanitárias, retardou a compra de vacinas, não conteve a crise social, permitiu a morte de mais de 570 mil brasileiros. Fracasso."
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