1- Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta (1973)
Porque o "Clube da Esquina" não foi apenas um par de discos, foi praticamente um movimento. Esse daí é uma das maiores pérolas que os anos 70 nos proporcionaram. Simplesmente maravilhoso!
2- Nelson Angelo & Joyce (1972)
Os 4 do disco anterior formaram a base da banda de apoio deste disco belíssimo gravado em 1972. Antes, Nelson Angelo e Joyce fizeram parte d'A Sagrada Família e d'A Tribo. Outro fruto do Clube... youtube.com/playlist?list=…
3- Luiz Eça & Sagrada Família - Onda Nova do Brasil (1970)
Banda liderada pelo pianista Luiz Eça, contou com Nelson Angelo, Joyce, Maurício Maestro, Simonal e Naná Vasconcelos na sua formação. É bom demais, bicho.
4- Lô Borges (1972)
O bom e velho "Disco do Tênis". Gravado no embalo do Clube da Esquina 1, com músicas que Lô compunha de dia e gravava de noite praticamente ao vivo no estúdio. Antológico. youtube.com/playlist?list=…
5- Momento4uatro (1968)
Maurício Maestro, que tocou com meio mundo antes de formar o Boca Livre, gravou este disco em 68 junto com David Tygel (também do Boca), Zé Rodrix e Ricardo Vilas, depois de se apresentarem como grupo vocal de apoio do Edu Lobo.
6- Quarteto Novo (1967)
Quarteto formado por Theo de Barros, Heraldo do Monte, Airto Moreira e Hermeto Paschoal. Foi banda de apoio do Geraldo Vandré e do Edu Lobo (junto com o Momento4uatro, tocou na antológica apresentação de "Ponteio"). Fodão. youtube.com/playlist?list=…
7- Clube da Esquina (1972)
Pra mim, o melhor disco brasileiro de todos os tempos. Milton no auge da voz e da criatividade, Lô Borges surgindo de maneira arrebatadora, um time de músicos brilhantes e um clima de encontro de amigos no estúdio.
8- Sonic Youth - Goo (1990)
Distorções, microfonias, dissonâncias, "sujeira". Herdeiros diretos do Velvet Underground, ásperos que nem papel de embrulhar prego, obrigatórios em qualquer discografia.
9- The Jam - All Mod Cons (1978)
Paul Weller é um dos caras mais carismáticos e cool do rock. The Jam é uma ponte entre o The Who e os anos 80, correndo na pista ao lado do punk. Tá aí uma banda que merecia mais reconhecimento, é bom demais. youtube.com/playlist?list=…
10- Blur - Parklife (1994)
Se vc foi adolescente nos anos 90 e preferia Oasis, lamento dizer, vc foi um adolescente farofeiro. Damon Albarn é um cara bem mais legal que os irmãos pela-saco de Manchester, e Parklife é um dos melhores discos da década.
11- Chico Science & Nação Zumbi - Da Lama ao Caos (1994)
A obra-prima do Manguebeat. Beirando os 30 anos do lançamento, não envelheceu nadinha. Um dos discos brasileiros mais importantes de todos os tempos.
12- Patti Smith - Horses (1975)
Jesus morreu pelos pecados de alguém... mas não pelos meus. Patti abre o disco com esse tapão na orelha do ouvinte distraído. Protopunk e poesia na veia, o disco foi produzido por John Cale do Velvet Underground. Magnífico! youtube.com/playlist?list=…
13- The Mothers of Invention - Freak Out! (1966)
Álbum de estreia da banda liderada pelo gênio Frank Zappa. É deboche de cabo a rabo com o "american dream" e os valores dos EUA, além de uma injeção cavalar de psicodelia, rock e colagens sonoras. Genial. youtube.com/playlist?list=…
15- Talking Heads - Fear of Music (1979)
Talking Heads é a melhor tradução da New Wave. "Fear of Music" é um disco maravilhoso e "Life Durin' Wartime" é um hino. youtube.com/playlist?list=…
16- Itamar Assumpção & Isca de Polícia - Beleléu Leléu Eu (1980)
Disco maravilhoso de estreia do expoente mais brilhante da Vanguarda Paulistana. O nome da banda - formada só por músicos negros - era uma denúncia ácida do racismo que motivava as "duras".
17- Jards Macalé (1972)
Primeiro disco solo do "maldito". Tutty Moreno e Lanny Gordon, que junto com Macalé formaram a cozinha de "Transa", do Caetano, também assinam com ele a direção musical do álbum. É simplesmente impecável. youtube.com/playlist?list=…
18- Cream - Disraeli Gears (1967)
Segundo e melhor álbum do power trio que reunia Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker. É o salto do blues pesado em direção à psicodelia. Maravilhoso.
19- The Clash - London Calling (1979)
Meu disco predileto. O punk encontra o ska eo rockabilly em um álbum duplo antológico, recheado de críticas à polícia e ao capitalismo - tem até homenagem à revolução espanhola. A capa é a mais icônica do rock.
20- Astor Piazzolla & Gerry Mulligan - Reunión Cumbre (1974)
O tango argentino e o jazz estadunidense se encontraram na Itália (e, reza a lenda, se odiaram). Da reunião surgiu este disco raro, lançado com vários nomes diferentes e simplesmente maravilhoso. youtube.com/playlist?list=…
21- Curtis Mayfield - Superfly (1972)
Trilha sonora mais fodona de todas. O filme é meia boca, mas quem liga? É pra ouvir com o som no talo (e se vc continuar imóvel, vc tem tang de morango ao invés de sangue no corpo). youtube.com/playlist?list=…
22- Nina Simone - I Put a Spell on You (1965)
O disco é incrível, a voz de Nina te corta ao meio e a gravação da música que dá nome ao álbum é uma das coisas mais bonitas do mundo.
23- David Bowie - Hunky Dory (1971)
O quarto e melhor álbum do maior artista pop de todos os tempos. É um negócio difícil escolher o melhor Bowie, mas Hunky Dory tem "Quicksand" e "Life on Mars?", o que desempata a disputa com os demais.
24- Gilberto Gil - Expresso 2222 (1972)
Gil, assim como Bowie, é o único artista a conseguir lançar pelo menos um trabalho genial por 5 décadas consecutivas. Gênio demais. "Expresso 2222" é o meu predileto. youtube.com/playlist?list=…
25- The Velvet Underground & Nico (1967)
O icônico "disco da banana", estreia da "banda das bandas", que influenciou basicamente tudo que veio depois. Genial.
26- Edu Lobo & Quarteto Novo - Cantiga de Longe (1970)
Porque é lindo. Simples assim. Os arranjos do disco (obra de Edu e Hermeto Paschoal) são divinos. Uma obra obrigatória.
27- Marvin Gaye - What's Going On (1971)
A virada na carreira de Marvin Gaye, dando um bico no sucesso comercial e gravando o trabalho mais importante da sua vida. Fundamental. youtube.com/playlist?list=…
28- The Pogues - Rum, Sodomy & the Lash (1985)
Imagine uns irlandeses bêbados misturando folclore irlandês com punk rock? O resultado tá aí - e é divertidíssimo. Dá pra sentir o cheiro da birita ao ouvir as músicas. youtube.com/playlist?list=…
29- Pixies - Surfer Rosa (1988)
Reza a lenda que Kurt Cobain compôs "Smells Like Teen Spirit" tentando imitar o quarteto de Boston. Melodias delicadas em meio a uma porradaria dos diabos, cheias de distorção e alternando gritos e sussurros. Isso é Pixies. youtube.com/playlist?list=…
30- Boca Livre (1979)
Pra esquecer que o Maurício Maestro virou um bolsominion desvairado e delinquente e lembrar apenas que ele é responsável por alguns dos arranjos vocais mais bonitos da MPB. youtube.com/playlist?list=…
31- Paulinho da Viola - Nervos de Aço (1973)
"Roendo as Unhas" é tão linda que já seria suficiente. Mas o álbum é brilhante e desfila uma pérola atrás da outra. youtube.com/playlist?list=…
32- Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1974)
Entrei na faculdade achando que Jorge Ben era só "Fio Maravilha" e logo me apresentaram essa preciosidade. "Zumbi" é uma coisa de louco. youtube.com/playlist?list=…
33- Miles Davis - Kind of Blue (1959)
Miles em forma esplêndida, uma banda pesadaça (Bill Evans, Cannonball Adderley, John Coltrane, Jimmy Cobb e Paul Chambers) e um trabalho inspiradíssimo que já nasceu clássico.
34- The Who - Who's Next (1971)
Entre uma ópera-rock e outra, a gravadora exigiu um disco "normal". O resultado tá aí: o melhor disco dos mods britânicos. youtube.com/playlist?list=…
35- Banda Black Rio - Maria Fumaça (1977)
Clássico do soul carioca. Pra ouvir no volume máximo. youtube.com/playlist?list=…
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A tentativa neoliberal de capturar a indignação generalizada contra o governo Bolsonaro fracassou. Atos esvaziados, apesar do investimento financeiro e da pressão midiática sobre a esquerda, mostraram que o "Bolsonarismo sem Bolsonaro" tem margem de manobra pequena. (1)
O domingo nem acabou, mas a tentativa de imputar ao PT a responsabilidade sobre o fracasso de hoje - discurso de alguns liberais do baixo clero - soa patética pra qualquer pessoa com um mínimo de honestidade intelectual. O "grito dos excluídos das urnas" flopou sozinho. (2)
Cabe lembrar que os protagonistas de hoje passaram anos vitaminando o fascismo - e sendo muito bem pagos pra isso. Ao desembarcarem da nau bolsonarista, o fazem em ruptura com a base social que ajudaram a construir, sem provocar grandes deslocamentos na base do governo. (3)
Sobre o ato do dia 12:
A "pressão" para os partidos de esquerda, movimentos e frentes reunidas na Campanha Fora Bolsonaro engolirem suas pautas e participarem de um "grande ato" de unidade protagonizado pelos neoliberais é um movimento pra constranger e silenciar a disputa. (1)
Reduzir Bolsonaro ao comportamento autoritário só interessa aos defensores do programa do governo. Bolsonaro é um miliciano corrupto, mas é também o condutor da refundação neoliberal do Estado - esta apoiada pelos proponentes do ato (MBL, tucanos e genéricos). (2)
Não é possível desvincular a luta pela interrupção do consórcio de marginais que governa o país da denúncia da volta da carestia, das privatizações, do enterro da legislação trabalhista para maximizar a exploração e precarizar o emprego, da destruição dos serviços públicos. (3)
Um patrocínio não é só dinheiro em caixa. É também associação de imagem. A se confirmar o novo contrato entre Flamengo e Havan, Landim passará pra História não como o presidente de uma fase gloriosa de títulos, mas como o que transformou o Flamengo num instrumento do regime. 🧵
A Havan é um símbolo da decadência que vivemos. A empresa acumula processos trabalhistas, por fraude e sonegação, enquanto seu dono patético e cafona, não satisfeito em desfilar como um periquito reaça, é suspeito inclusive de financiar a máquina de comunicação bolsonarista. 🧵
Aceitar os caraminguás do velho da Havan pode compensar o prejuízo das operações Tabajara de uma gestão que rasgou dinheiro com as estripulias envolvendo a briga com a Globo, o fiasco do MyCujoo e o PPT rubro-negro, mas poderá representar enormes prejuízos financeiros futuros. 🧵
A morte é um projeto. As queimadas, o aumento da brutalidade policial e tentativa de dar-lhes autonomia, a negação dos direitos humanos em cada discurso e cada ação, a falta de seringas, de vacina, de oxigênio, a abundância de cloroquina superfaturada, a pilha diária de mortos.
A morte é um projeto. O incentivo às armas, os cortes no SUS, o desemprego, o aumento da fome, da miséria, do racismo, da violência de gênero, da corrupção, os negócios da milícia e do tráfico, a negação da ciência, o obscurantismo religioso e seus negócios mafiosos, a mentira.
A morte é um projeto. Sob a liderança de Bolsonaro, abriga-se um consórcio grotesco de familiares, estelionatários, ladrões, imbecis, celerados, sonegadores, incompetentes, psicopatas, assassinos, racistas, ressentidos, lobistas e toda a sorte de meliantes - civis e de farda.