Sabia que a vacinação contra gripe e pneumonia podem proteger para além dessas doenças? Três apresentações de estudos iniciais na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC) relatam alguns dados relacionados com a redução de incidência de Alzheimer! 👇🧶
A 💉contra a gripe foi associada a uma redução de 13-17% na incidência de Alzheimer. Ja a 💉contra a pneumonia entre as idades de 65 e 75 anos reduziu o risco de Alzheimer em torno de até 40%.
No entanto, infecções podem aumentar o risco de óbito em pessoas com demência 🚨
Em parte, a neuroinflamação (inflamação no 🧠) pode explicar, que faz parte dos mecanismos da doença de Alzheimer (entre outras doenças neurodegenerativas). A infecção pode exacerbar ou contribuir com essa inflamação, gerando um risco ⬆️ para o paciente frontiersin.org/articles/10.33…
"Esta pesquisa, embora inicial, exige mais estudos em grandes e diversos ensaios clínicos para informar se as vacinações como uma estratégia de saúde pública diminuem nosso risco de desenvolver demência à medida que envelhecemos." diz Carrillo, dir. da Assoc. de Alzheimer
Um dos estudos que a nota cita contou com a participação de 9.066 indivíduos, observando que ter uma vacina contra a gripe estava associado a uma prevalência mais baixa de Alzheimer. Se a vacinação era feita com frequência (ex.: anual), o risco era ainda menor
Essa associação protetora entre a 💉contra a gripe e o risco de Alzheimer foi +forte p/ quem recebeu sua primeira 💉em uma idade mais jovem (ex.: as pessoas que receberam sua 1ª💉contra a gripe aos 60 anos se beneficiaram mais do que aquelas que receberam a 1ª aos 70 anos)
O estudo sugere, nas palavras de um dos autores, "que o uso regular de uma intervenção muito acessível e relativamente barata - a vacina contra a gripe - pode reduzir significativamente o risco de demência de Alzheimer" - Albert Amran
Em um outro estudo, foi estudado associações entre a 💉pneumocócica, c/ e sem uma 💉contra a gripe sazonal, e o risco da doença de Alzheimer entre 5.146 participantes com 65+ anos, levando em consideração um fator de risco genético conhecido - o alelo rs2075650 G no gene TOMM40.
Os pesquisadores descobriram que a vacinação pneumocócica entre as idades de 65-75 reduziu o risco de desenvolver Alzheimer em 25-30%
A maior ⬇️no risco de Alzheimer (até 40%) foi observada entre as pessoas vacinadas contra a pneumonia que não eram portadoras do gene de risco
Há uma crescente preocupação na comunidade científica sobre os riscos que infecções podem trazer para a progressão de doenças como Alzheimer. Existe um conjunto de evidências apontando que essas infecções podem influenciar nas placas - estruturas prejudiciais envolvidas na doença
Existem algumas teorias de como isso pode estar acontecendo, envolvendo a participação de células imunológicas que são residentes do 🧠, como a microglia. A inflamação pode estar modulando comportamentos disfuncionais dessa célula em resposta a infecção.
O fator genético na doença de Alzheimer é bastante estudado e importante, mas o estudo de fatores ambientais de risco, como inflamações por infecções ou outros fins, somado a outros possíveis fatores, podem não só ser gatilhos pra doença, como agentes de sua progressão
As vacinas são estratégicas e cruciais para controlar agentes infecciosos, mas deixa muitos impactos positivos no organismo, especialmente no que tange a tornar nosso sistema imunológico melhor/mais adaptado. Carregamos isso por toda a vida, independente de seus desafios
Sextamos com mais uma notícia legal: combinação de 2 doses da Sinovac (CoronaVac) + uma 3ª dose da Pfizer aumenta em 20x o nível de anticorpos gerados pelo regime de 2 doses! Os resultados são do @IPMontevideo e eles mesmos comentam abaixo
O monitoramento dos níveis de anticorpos dos funcionados do Instituto ocorre desde março e, oestudo continuará daqui em diante, para descobrir por quanto tempo esses níveis de anticorpos são mantidos 💉
Há pouco foi anunciado que o Brasil iniciará a vacinação de profissionais de saúde com 3ª dose em breve. Tenho alguns dados de 3ª dose para regimes diversos (incluindo coronavac) comentado aqui: bit.ly/fiosmell
¡Oye @IPMontevideo, esperando el artículo científico!🥳
A discussão de "quem foi o primeiro a falar" ou "fulano começou a falar disso só recentemente" perde um tanto o seu propósito quando pensamos sobre outra perspectiva: poxa, que ÓTIMO que tem mais gente falando sobre isso. Que esplêndido que foi engajando mais pessoas.
A definição de "primeira pessoa a fazer ()" tem mais importância enquanto definição se estamos criando algo inédito ou trazendo um conhecimento inédito. É relevante e justo dar os créditos a essa pessoa. Mas ser um dos primeiros a defender algo importante tem muito mérito também!
Mas a questão maior é: o que é mais produtivo? Focar na questão de que tinha ou não tinha tanta gente falando sobre determinado assunto, ou reforçar a relevância que essa fala tomou, para somar ainda mais pessoas nesse propósito?
Uma notícia que pegou muita gente de surpresa: Anvisa determina o recolhimento de alguns lotes específicos da CoronaVac. Mas por quê?
Vou discutir alguns pontos abaixo para a gente tentar entender juntos um pouco melhor isso! 🧶👇
Segundo a @agenciabrasil o motivo do recolhimento se deu após constatação de que “dados apresentados pelo laboratório não comprovam a realização do envase da vacina em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação”
Em 03/Set, a @anvisa_oficial foi comunicada pelo @butantanoficial que o parceiro na fabricação vacina CoronaVac, o lab. @Sinovac , havia enviado para o 🇧🇷 25 lotes, totalizando 12.113.934 doses, que foram envasados em instalações não inspecionadas pela Anvisa.
Em abril, tivemos a aprovação pela @anvisa_oficial do início dos estudos aqui no Brasil!
A fase 2/3 contou com 30.000 participantes acima de 18 anos de 5 países diferentes, como Colômbia 🇨🇴, Filipinas 🇵🇭, Brasil 🇧🇷, África do Sul🇿🇦 e Bélgica🇧🇪
Muitas pessoas leram conteúdos sobre, ou tem medo de que as vacinas possam gerar variantes do vírus da COVID-19 mais resistentes. Mas é possível isso acontecer por causa das vacinas?
A resposta é não 🙂 mas se tu quer alguns porquês (e torço pra que sim), siga o fio! 🧶👇
Vamos ir pensando juntos: antes de iniciarmos os porquês, precisamos relembrar aspectos da resposta imunológica contra o vírus.
Temos os anticorpos (AC) que spodem se ligar tão completa e firmemente às partículas de vírus que sua proteína Spike não é capaz de cumprir seu papel
Ainda, os anticorpos ligados a um patógeno como este também acionam outras células do sistema imunológico para atacar e limpar todo o complexo anticorpo-alvo; é como se essas moléculas ligassem vários bat-sinais no local que estiverem ligadas ao agente a ser eliminado