O show de horrores da Prevent Senior tem um ingrediente bizarro, de aparente humor sádico, diante do que se descobre ter sido feito contra pacientes e funcionários.
Os donos da empresa, irmãos, têm uma banda de rock, chamada "Doctor Phiebes".
Explico por que é tão bizarro.
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"Doctor Phibes" com esta grafia, é um personagem macabro, interpretado por Vincent Price, grande estrela dos filmes de terror dos anos 60/70.
Era um músico que perpetrava atrocidades contra médicos por vingança, usando de expedientes clínicos macabros.
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Isso rendeu dois filmes, cujos títulos indicam o quão macabro era esse Doutor Phibes.
"O Abominável Dr. Phibes" e "A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes". pt.wikipedia.org/wiki/The_Abomi…
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Diante do que os empresários, que são músicos – tal qual o Dr. Phibes do filme – parecem ter perpetrado na Prevent Senior, parece que o nome da banda é um indicativo de seu sadismo e perversidade. play.google.com/store/movies/d…
O que explica que estratos sociais que prosperaram durante governos de esquerda apoiem políticos de extrema-direita, com Jair Bolsonaro, Rodrigo Duterte ou Narendra Modi?
No Brasil, em especial, grande contingente de pessoas emergiu das assim chamadas classes D e E para a C, elevando seu padrão de consumo e de qualidade de vida, mas renegou o PT, apoiando Bolsonaro em 2018.
Dr. Frankenstein.
Aprecia mais a ciência do que BolsoNero, mas tem tudo para se dar bem com o presidente, pois seu uso da medicina cria monstros incontroláveis.
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Dr. Jekyll.
Como BolsoNero, Dr. Jekyll tem seus dias. Dias de fúria, como o presidente. Não aceitaria se não estivesse num desses dias, mas toparia de imediato no outro caso.
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A meu ver, se Bolsonaro deteriorar muito, o candidato de centro tem chance de crescer como a opção à direita do Lula. À direita, seja de centro-esquerda, centro-centro, centro-direita ou direita moderada. Isso põe Ciro no jogo, caso ele se movimente para a direita do espectro.
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Quanto ao Mandetta ele não é o maior exemplar originariamente da direita moderada, ou, ao menos, nunca foi) – por isso entrou no governo Bolsonaro. Porém, ele tem sido percebido assim e pode se vender assim.
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A decisão de Fachin põe não só Lula, mas também o PT, de volta no jogo de 2022 com força.
Isso altera totalmente o quadro eleitoral. Bolsonaro pode se beneficiar em alguma medida, já que se apresenta como o anti-Lula.
A questão é que o inverso também é verdadeiro:
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Nada mais anti-Bolsonaro que Lula e PT. Como o desgaste de Bolsonaro na trágica condução da pandemia e da economia produz cada vez mais efeitos (pesquisa IPEC da semana que passou), ser anti-Bolsonaro é muito interessante. E, quanto mais anti-Bolsonaro, melhor eleitoralmente.
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Isso atrapalha candidaturas alternativas à de Lula na centro-esquerda e na esquerda (Ciro) e, teoricamente, abre espaço para uma candidatura autenticamente centrista. O problema é que tal candidatura centrista só existe em teoria.
Huck já acusou o golpe.
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A noção bolsonaresca de liberdade é a da falta completa de autocontenção, de limites que considerem as consequências dos atos, em especial para terceiros. Daí a volúpia por tirar radares das estradas, derrubar regras ambientais ou sabotar as medidas de isolamento social.
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Contudo, essa ideia, embora forte no bolsonarismo, não é originária dele e tem raízes antigas no pensamento direitista brasileiro. O velho clamor contra a "indústria de multas" se baseia nessa mesma noção obtusa, egoísta e inconsequente de liberdade. Não é a liberdade liberal.
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Trata-se, na verdade, da liberdade do estado de natureza hobbesiano, da guerra de todos contra todos, da lei do (ocasionalmente) mais forte. É a liberdade do "direito de todos a tudo", que redunda no direito de ninguém a nada, na barbárie. Isso guia as ações desse governo.
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O estrago marketeiro que Dória produziu sobre a vacina do Butantã lembra muito a escorregada dele, ainda prefeito, no caso da Farinata – a ração humana.
Explico neste fio.
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Empolgado com as ações de marketing em sequência, o então prefeito não se deu conta de que propor alimentar pobres com ração pegaria mal. Não deu bola para admoestações de seus auxiliares e foi em frente, achando que iria abafar com mais uma medida de impacto. Saiu chamuscado.
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Agora, percebeu corretamente a importância da vacinação para superar a pandemia, mas se enrolou nas próprias pernas, exagerando na tentativa de faturar em cima. Envolveu cientistas do Butantã em sua campanha de autopromoção, forçando a barra na divulgação de prazos e dados.
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