Estudo no Reino Unido comparando efetividade das vacinas da Pfizer e AstraZeneca: fio curto.
2 doses das vacinas foi no mínimo tão protetor quanto a imunidade de quem teve COVID, além de ser muito mais seguro. A variante Delta escapa mais das vacinas do que a Alpha.
A vacina de RNA (Pfizer) induz uma imunidade mais robusta contra infecção em um primeiro momento, mas essa proteção declinou mais rápido do que a vacina de vetor. Não viram diferença na duração de intervalo entre as doses.
Também viram que a maior proteção acontece nos mais jovens e em quem teve a infecção e foi vacinado. Faz sentido a imunidade mais robusta em curados. Mas recomendar que se infectem para isso é como recomendar que alguém seja assaltado para aprender a se cuidar melhor.
A pandemia está melhorando muito por aqui, mas está longe de acabar – o SARS-CoV-2 se estabeleceu entre nós.
Segue um fio com 3 possíveis cenários futuros e pq máscaras ainda devem continuar necessárias e idosos precisam tomar um cuidado especial.
No cenário 1, continuamos na tendência atual: Casos contidos com vacinas, mesmo sem medidas de distanciamento. Nesse cenário, a transmissão fica mais "oculta" pq as pessoas passam a ter casos mais leves. E os idosos terão momentos mais vulneráveis pela imunidade temporária.
Ou seja, pelo menos os idosos ainda precisam de mais distanciamento e manter o uso de máscara em muitas situações, pois comprovadamente perdem a proteção da vacina periodicamente e precisam de reforço.
Esse é o melhor cenário. Nos outros, as máscaras são mais necessárias.
Conselho Nacional de Saúde (CNS) descrevendo com todas as letras a monstruosidade que foi a pesquisa da proxalutamida. Tem duas formas de uma terapia "salvar mais vidas", mais tratados sobreviverem... ou algo matar mais quem não é tratado...
Segue o fio com o que aconteceu
Aplicaram o estudo onde não foi autorizado
"O parecer consubstanciado emitido pela Conep com a autorização do estudo é explícito em relação aos locais para a execução do estudo e, em nenhum trecho, houve autorização ampla de execução da pesquisa em todo o território nacional."
Conduzido por incompetentes
"A comunidade de pesquisadores de todo o país sabe que qualquer modificação do protocolo de pesquisa exige nova autorização do Sistema CEP/Conep, sendo isso fato notório e conhecido por qualquer aluno de pós-graduação e pesquisador com sólida formação"
Mais vírus parecidíssimos com o SARS-CoV-2, o que é bastante previsível. E, como no caso dos morcegos com anticorpos contra o SARS-CoV-2 encontrados na Tailândia, fora da China. Mostrando que são vírus com grande circulação.
Detalhe importante: esses vírus que acharam nas fez-se de morcego no Laos são capazes de receptor humano ACE2, o mesmo que o SARS-CoV-2 usa para nos infectar. E o mesmo que usaram pra inventar que ele foi “engenheirado” para atacar humanos. Agora confirmamos que isso é “natural”.
O que tb é um bom aviso de que tem outros coronavírus circulando no sul da Ásia que têm bastante potencial de nos causar problemas.
Hoje foi dia de me despedir do @Nerdologia com muito carinho e ótima trilha sonora :)
Vou sentir saudades, foram 8 anos (!) fenomenais dos quais me orgulho demais. Mas ele fica em ótimas mãos. E só eu posso dar conta do projeto Huno 2021 ❤️
@Nerdologia Inclusive ia dar certinho, meu filho nasceria na semana do último episódio comigo. Mas ele se adiantou e tive que atrasar o último Nerdologia. Afinal, perder o controle das coisas é parte do processo.
Inclusive me peguei roteirizando mentalmente um episódio sobre Beastars e como um lobo é o carnívoro ideal para ser "domesticado" e para viver socialmente na utopia do mangá. Enquanto fazia sacolão pra fazer a comida da semana :)
Sendo mais claro sobre variante C.12, mu e afins: não é o número de mutações que determina o quão preocupante o vírus é. É sua transmissão. E até aqui, quem parece superar todos em transmissão é a delta, que podemos segurar com vacinas. Ela é o foco.
+segue fio
Essa taxa de transmissão é o que dita quem predomina e a delta é a pior até aqui. Mas isso pode mudar de acordo com o ambiente. Quanto mais vacinamos, mais complicamos a vida dela. Podemos chegar em um ponto com tantos imunizados que a delta não consiga se espalhar tanto.
Nessa condição, pode haver outro vírus com muitas mutações que agora se transmite menos do que a delta, mas escapa mais de vacinas, que continuaria sendo transmitido. Ele seria como o mosquito resistente a veneno, que só predomina depois que o vulnerável é eliminado.