Esses dias uma pessoa comentou em um post meu "criticar é fácil. Quero saber o que você faria" (contexto: era um post crítico às CT's). O comentário foi tão ridículo que na hora só respondi que eu não era ministro da saúde nem coordenava nenhuma pasta na saúde kkkkk
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Depois fiquei pensando: taí, seria um bom exercício pensar em uma política de saúde mental sob uma perspectiva revolucionária. Guardei essa ideia, mas acho que em 2022 bem que poderia haver uma organização pra construir uma proposta de programa antimanicomial coletivo.
Uma espécie de carta de compromisso para as candidaturas de esquerda, algo assim. Documento esse, claro, orientado pelos princípios do SUS e da reforma psiquiátrica brasileira. Seria interessante, né?
De antemão, provavelmente vá rolar algo do tipo no âmbito do meu partido (PSOL) e estarei 100% disposto a construir esse programa. Mas, desde já, digo que me disponibilizo pra contribuir com qualquer outro partido ou organização. Qualquer coisa, só dar um toque.
Agora claro, isso não pode significar uma tendência a institucionalização da luta antimanicomial. Afinal, foi esse processo de confiança ingênua na política institucional que nos trouxe ao atual estado de coisas em que nos encontramos.

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30 Dec 21
Descobriram que Bolsonaro não tem empatia. Daí, a conclusão lógica que tiraram é que ele é "psicopata", não que isso faz parte do seu projeto de governo. Ignoram, porém, que ele não toca esse projeto sozinho e tem apoio de ministros, militares, burguesia. Todos são psicopatas?
É fácil demais dizer que o problema é única e exclusivamente uma questão psicológica do Bolsonaro. Só que isso não responde nada, não ajuda em nada e só despolitiza a questão.
Ele continua tendo o apoio da classe dominante, independente do seu projeto genocida. Ele continua tendo o apoio e o aval das forças armadas. Ele continua tendo amplo apoio político. O fundamentalismo religioso continua do lado dele.
Read 7 tweets
29 Dec 21
Uma coisa que tenho pensado há algum tempo:

Será que não seria o caso do movimento antimanicomial parar de se referir às "Comunidades Terapêuticas" como "Comunidades Terapêuticas"?

Explico:
1) O termo Comunidade Terapêutica surge de uma experiência de desinstitucionalização e reforma psiquiátrica inglesa, desenvolvida por Maxwell Jones. No entanto, essa experiência nada tem a ver com o que conhecemos por "Comunidade Terapêutica" no Brasil.
A ideia do idealizador da Comunidade Terapêutica era desenvolver uma modalidade de cuidado pautada na democratização das relações, horizontalidade institucional, na aprendizagem social e desospitalização.
Read 23 tweets
16 Dec 21
No ritmo que as coisas estão andando, eu tenho a mais plena certeza que, caso a esquerda não abrace a pauta antimanicomial, independente de quem vença as próximas eleições, a avalanche de ataques a saúde mental vai continuar.
Não é fatalismo, é uma constatação. A luta antimanicomial, embora historicamente vinculada ao campo da esquerda, tem sido completamente ignorada nos últimos anos.
Por exemplo, embora a lei da reforma psiquiátrica brasileira tenha sido proposta pelo Paulo Delgado, do PT, foi também nos governos petistas que os primeiros desmontes ocorreram.
Read 16 tweets
15 Dec 21
Vocês estão sabendo que saiu um relatório com "protocolos clínicos" que recomenda eletrochoque para pessoas com TEA?
O próprio documento sinaliza, objetivamente, que "não há recomendação para o uso dessas alternativas (ECT e EMT) em nenhuma das diretrizes clínicas internacionais consultadas".
Ou seja, uma equipe, supostamente técnica, recomenda em um protocolo uma estratégia que não é indicada em nenhum lugar do mundo!
Read 12 tweets
13 Dec 21
Alguns comentários breves e nada sistematizados sobre a classificação do Burnout como "doença" ocupacional:
Em primeiro lugar caberia uma discussão prévia sobre medicalização, o que não vai ser possível de fazer aqui pela complexidade do tema. Mas, em resumo, a medicalização é um processo de apreensão de determinados fenômenos pelo que se convencionou chamar de "ciências da saúde".
Medicalização não é o mesmo que medicamentalização e nem medicação. A gente pode chamar de medicamentalização uma certa tendência em atribuir o uso de medicamentos a resposta única e prioritária para lidar com o sofrimento humano. Em geral, a medicamentalização implica não só +
Read 24 tweets
13 Dec 21
O problema da galera assistir os Mindhunter e Dexter da vida é que você tá discutindo ação política de indivíduos fascistas e o pessoal "não mas os psicopatas/sociopatas são frio e calculista"...

Dá uma maneirada no Netflix aí fi, não vem querer pintar liberal de Hanibal não...
É por isso que a categoria de filme que eu mais odeio é esses ~~filmes psicológicos~~

Se for de serial killer então...
"não mas tem analisar a personalidade e..."

Tá bom pique blainder faz silêncio agora na moral.
Read 4 tweets

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