1/7 Texto sensacional do Morgan Housel sobre dados e narrativas:
“Sempre há dois lados de qualquer investimento: o número e a história. Toda cotação de investimento, todo valuation de mercado é somente um número de hoje multiplicado por uma história sobre o amanhã.”
2/7 Obter os números está cada vez mais barato – e pode ser até gratuito. Já “as histórias frequentemente são reflexões bizarras das esperanças, sonhos, medos, inseguranças e filiações tribais das pessoas”. As mídias sociais podem amplificar crenças emocionalmente atrativas.
3/7 Por exemplo: a GameStop estava prestes a quebrar em 2020. Mas de repente as ações viraram uma obsessão no reddit, as cotações disparam, a companhia se aproveitou dos preços irreais para levantar muito dinheiro e, com isso, seu valor de mercado hoje é de US$ 11 bilhões.
4/7 Por que arquivos JPEG de macacos podem se valorizar 10.000%? Ativos muitas vezes sobem simplesmente porque há mais compradores que vendedores. E a motivação dos compradores nem sempre é racional – lembre-se que pessoas já queimaram bruxas ou defenderam Joseph Stalin.
5/7 Não subestime o poder das narrativas. Um investidor pode se tornar tão obcecado por dados e tão confiante em seus modelos que não deixa espaço para erros, surpresas ou mesmo doideiras. O que acontece pode ser bem diferente do que deveria acontecer do ponto de vista racional.
6/7 Se o preço dos imóveis sobe muito, tende a ocorrer uma reversão à média. Mas provavelmente, por muito tempo, a história do vizinho que ganhou milhões especulando no mercado imobiliário deverá influenciar muito mais as decisões das pessoas do que dados estatísticos.
7/7 Bons investidores deveriam reconhecer que o mundo é um caos. Como escreveu Richard Powers: “Os melhores argumentos do mundo não vão mudar a opinião de ninguém. A única coisa que pode fazer isso é uma boa história.”
1/5 “Mark Twain disse: ‘It ain’t what you don’t know that gets you into trouble. It’s what you know for sure that just ain’t so.’ Quanto mais vivo e vejo os movimentos de mercado, mais chego à conclusão que as grandes convicções (as ‘ganhadoras’) são coisas pouco frequentes.”
2/5 “Para todas as outras coisas que acredito, que acho que ‘vão para um determinado lado’, mas não são enormes convicções, gosto de olhar mais com a cabeça de ‘odds’. A opinião vai sendo ajustada à medida que o mundo se desenrola.”
3/5 “Mas enquanto isso, minha maior preocupação é ter certeza que os ‘odds’ estão bem calibrados, sem essa necessidade de ‘ter certeza’.”
1/6 O metaverso é uma nova fase da internet. Quanto mais os óculos de realidade virtual façam com que a gente se sinta imerso num mundo virtual, com sensações parecidas com a do mundo real, mais partes da nossa vida, trabalho e lazer devem interagir com o metaverso.
2/6 A descrição que vem se tornando consenso na comunidade digital é a de Matthew Ball: o metaverso será um universo 3D digital, interoperável, síncrono e permanente.
É síncrono porque todos devem estar na mesma experiência digital simultaneamente.
3/6 É permanente porque o que é construído lá fica lá.
E é interoperável porque reúne várias experiências. O Facebook vai ter suas experiências, mas você poderá sair e visitar experiências de outras empresas, carregando sua identidade.
“O risco existe em outra dimensão: dentro de você. Se você superestima seu grau de conhecimento sobre um investimento ou sua capacidade para lidar com uma queda temporária dos preços, não importa o que você possui ou como o mercado funciona.”
2/4 “Em última instância, o risco financeiro não reside nos tipos de investimentos que você possui, mas no tipo de investidor que você é. Se você deseja saber o que é realmente risco, procure o espelho mais próximo. O que olha de volta para você é o risco” – Jason Zweig
3/4 Mas como o investidor se protege de si mesmo? Para o prêmio Nobel Daniel Kahneman, com:
• “Confiança bem calibrada” (avalie de forma realista suas probabilidades de estar certo).
• “Arrependimento corretamente antecipado” (planeje como você vai reagir se estiver errado).
1/10 Um erro comum entre investidores é crer que há maior “margem de segurança” comprando as ações com os menores múltiplos da Bolsa. Quem faz isso geralmente assume que tudo de ruim já está precificado e que há pouco espaço para quedas adicionais.
Mas Warren Buffett discorda:
2/10 "É menos provável que a gente olhe algo que negocia a um desconto sobre o valor patrimonial do que algo com prêmio sobre o valor patrimonial porque há uma grande chance de que a gente esteja olhando para um negócio ruim no primeiro caso e um negócio bom no segundo caso.”
3/10 O site Investment Masters Class compilou algumas definições de margem de segurança de grandes investidores e a conclusão é que priorizar ações com os múltiplos mais baixos é o caminho mais rápido para cair em “value traps”. O site cita um trecho do relatório da IP de abril: