Eu conheço bem os bairros do Seixal. Eu próprio cresci nuns prédios construídos com o objetivo de ser mais um bairro social da zona
Conheço as pessoas, já fiz voluntariado num deles, organizamos eventos em conjunto. estamos presentes e trabalhamos juntos ao longo dos anos
Não somos/sou o único. Sei disso nem pretendo ser o que não sou. E toda a ajuda é bem vinda. O que acho incrível, é ver quem não levantou uma palha durante anos a fio, ter a coragem de nos criticar por estarmos presentes. Bem ou mal, nós estamos lá. E não excluímos ninguém
Sei onde se come a melhor andala da margem sul, conheço a história de vida de quem fundou o vale de chicharos, ou de como sair do bairro é uma missão quase impossível. Sei das injustiças e de como a situação é bem mais complexa que o simples bons vs maus
Querem ajudar? Boa, vamos lá. Ninguém vos impede. Connosco ou de forma separada, toda a ajuda é bem vinda.
Mas se a única coisa que têm para acrescentar a este debate é criticar quem está presente, mais valia estarem calados
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Hoje é dia de analisar o programa da IL para saúde!
Para quem gosta de políticas de saúde é uma leitura interessante. Para o cidadão comum.. são 200 páginas!
Vamos a isso!
Segue 🧵🧵
Para ser mais fácil, vou começar com o que concordo antes de passar ao que discordo
Fico muito contente por ver a IL com coragem e a acompanhar o pensamento para a redefinição dos papéis sociais da saúde
A saúde, os utentes e profissões têm a ganhar com esta medida
Para ser coerente, também defendo o mesmo paradigma nas farmácias. Mas a ideologia fala sempre mais alto. Enumeram 4 exemplos do que as farmácias podem fazer e um deles é a vacinação. O que está a correr mal para ser retirada dos centros de saúde?
Vou responder ao desafio de analisar o programa do Volt. Pela ausência do programa da IL e PSD não tenho tido oportunidade de seguir o calendário, pelo que vamos a isso!
Programa que surpreende pela dimensão e detalhe
Segue 🧵🧵🧵
O programa dá destaque à saúde mental e farmacêuticos
Começa com um capítulo sobre acesso aos cuidados de saúde:
Pretendem reduzir listas de espera essencialmente através da tecnologia. Há boas experiências piloto na área que podem e devem ser expandidas. Concordo
Mas não percebo a enorme cautela à contratação de profissionais (colocam 3 condicionantes!) Quando é um dos problemas neste capítulo.
A organização e melhor utilização da capacidade instalada é outro dos determinantes que também não é abordado
Hoje seria o debate com CDU, pelo que está na hora de olhar para o seu programa eleitoral para a saúde
Um programa longo, bem estruturado e que defende o SNS
Segue 🧵🧵🧵
Avançam o mesmo programa de 2019, mas com um prefácio. A saúde tem direito a um capítulo próprio com 7 pontos extra/destaque.
Maioria dos pontos dizem respeito a questões laborais (situação que desenvolverei mais à frente)
Mais contratações, dedicação exclusiva, carreiras
Pedem o "aceleramento na compra de equipamentos em particular de meios auxiliares de diagnóstico". Importante mas curto e mal definido. E pedir apenas mais meios é insuficiente, era uma boa oportunidade para explicar como produzir mais com os meios atuais (e futuros)
O último relatório linhas vermelhas é muito interessante.
A maior incidência está no grupo 20-29, seguindo-se dos 30-39. São os jovens adultos os principais focos de novos casos.
A incidência no grupo +65 é 6x inferior ao grupo 20-29. Impacto da 3ª dose e talvez menor mobilidade
Ainda estamos com situação crescente, não é claro quando será atingido o pico. Mas o impacto nas UCI está totalmente dissociads dos novos casos. Há mais pessoas 20-39 em UCI que +80 (8 vs 6). Maior grupo são os 60-79
Em outubro, um não vacinado +80 tinha o dobro da probabilidade de internamento que um vacinado da mesma idade. Proporções semelhantes para 70-79 e 60-69.
No grupo 50-59 um não vacinado tinha 6x maior risco de internamento que um vacinado
alinhou no discurso que ninguém queria eleições. são um partido responsável. divagou e o moderador chamou à pergunta:
- lembrou o medo das maiorias absolutas e é preciso transparência
Costa, quer maioria absoluta?
Elogia Livre e Tavares. Cola Rui Rio a politicas de austeridade. Aproveita para se mostrar como partido da responsabilidade e estabilidade
Hoje iniciam-se os debates! está na hora de ir ler os programas eleitorais, com olho na saúde. Vou deixar o do Bloco para o fim e tentar seguir a ordem dos debates da Catarina.
O que significa que vamos começar pelo CH.
Segue o 🧵🧵 após leitura e análise atenta👀👀👇🏼👇🏼
Antes da saúde propriamente dita, passei pela economia. Afinal de contas, não há saúde sem economia (nem economia com pessoas doentes)
O CH defende que gerir um país é igual a gerir um orçamento familiar. Começa de forma bem tosca
Defende um corte enorme nos impostos e elege como *prioridade* económica pagar a dívida. Além da ironia boa de ter o partido nacionalista a servir os interesses dos banqueiros alemães, é revelador do pensamento de vistas curtas. A prioridade não é crescer, é pagar dívida