Thread by @dr_nesio

Muito boa a avaliação de cenário do @schrarstzhaupt.

Faço algumas contribuições com questões "do que não sabemos", mas que podem desenhar cenários aos quais devemos estar preparados.

"Guerra avisada no mata soldado"
- Decimos en 🇨🇺.

https://twitter.com/schrarstzhaupt/status/1487140367896129545

O risco da "sazonalidade das síndromes respiratórias agudas graves" foi um espectro que acompanhou as piores ondas da pandemia no Brasil.

A expansão da 1ª onda (mar-jun/20) e da 3ª onda (mar-mai/21), no caso do ES, foram ambas nos períodos sazonais das SRAGs,

Cada onda teve características distintas, 1ª Onda:
- Cepa selvagem (originárias);
- Menos letais e transmissíveis que futuras;
- Toda população suscetível;
- Sem vacinas disponíveis;
- Alta adesão e coesão social (medo);
- Inicio da confusão com o negacionismo;

Características da 3ª Onda:
- Cepa P1, Gama, 🇧🇷;
- Mais letal e + transmissível;
- Maior percentual da população exposta ao vírus;
- Início 🐢 da 💉;
- Baixa adesão e coesão social (polarização);
- Piora da confusão com o negacionismo;

Nossa 4ª onda ocorre com:
- Cepa #Omicron;
- Muito + transmissível, baixa letalidade em vacinados e significativa mortalidade total;
- Alta Cobertura Vacinal protetora sobreposta a população altamente exposta ao SARS-COV-2;
- Escape vacinal significativo para casos leves; (...)

- Concomitância da epidemia de gripe (H3N2) com escape vacinal e fora do período sazonal, sem vacina disponível com cepa atualizada até março/21;
- Inviabilidade de novas restrições amplas e gerais;
- Baixa mortalidade proporcional ao crescimento da curva de casos; (...)

- Segue a confusão com os negacionistas e agora com forte atuação estruturada de #antivaxxers;

Dúvidas?

- Dimensão do escape vacinal à #omicron e de suas mutações para casos graves;
- Papel da alta exposição à #omicron da população primo-vacinada;
- Papel dos assintomáticos e oligossintomáticos;
- Se teremos +50% da pop. infectada no 1º trimestre;

Exercícios necessários na avaliação de risco de vários cenários (📽️) possíveis:
📽️ com intensa exposição da população altamente vacinada, preservada eficácia satisfatória das 💉💉 para internação e óbitos, abrindo nova onda de casos com ⬇️ repercussão em óbitos que a 🌊 anterior;

📽️ com escape vacinal significativo com novas variantes e com ausência de vacina atualizada disponível, abrindo nova de casos com importante repercussão em internações e óbitos;

📽️ com impacto de uma nova expansão da gripe H3N2 em março, associada ao VSR e à COVID19, principalmente em idades pediátricas, considerando morbimortalidade controlada por avanço da vacinação de adultos/idosos;

📽️ com ausência de nova onda de COVID19, tendo que conviver com um comportamento de morbimortalidade realista com o melhor desfecho de efetividade possível de ser esperado com a ampla cobertura vacinal desta 1ª geração tecnológica de vacinas contra a COVID19;

Em todos os cenários precisamos prevenir, promover e cuidar da saúde:
- Vacinar rapidamente toda população, principalmente nas crianças e a 3ª dose dos adultos;
- Seguir testando muito;
- Ampliar o uso de máscaras de alto poder filtrante;
- Ampliar a transparência de dados;

- Preparar-se para coexistir com múltipla pressão assistencial;
- Fortalecer o #SUS;
- Comunicar claramente o risco epidemiológico em cada etapa de evolução da situação de saúde da população;
- Incorporar medicamentos eficazes para redução da mortalidade pela #COVID19 no SUS.

Por hora precisamos resistir a onda que já é conhecida e esta estabelecida em solo capixaba, ao tempo em que olhamos para os sinais que apontam para cenários futuros.

#venceremos