Interessante ver o #manifestotech surgir nesse momento. Esse é um assunto que já estamos cientes há alguns anos. Nosso direcionamento na Lambda3 é esse há alguns anos. Um artigo de 2017: medium.com/@victorhg/o-%C…
Importante ver que mais organizações se preocupam em ter programas estuturados de incentivo e formação. Estou empolgado em acompanhar o que vai sair disso.
Acredito ser um caminho necessário para o futuro. E sim, algumas pessoas formadas saem da empresa no processo. Mas esse não é um jogo de soma zero. Uma nova pessoa em transição de carreira que é formada e vai para outra empresa, amplia o impacto que uma carreira em tec pode gerar
A gente acredita que formar pessoas no que acreditamos para nossa profissão impacta o mercado não apenas nos clientes que conseguimos, mas na visão de mundo, engenharia de software, carreira, ritmo sustentável e agilidade que essas pessoas levam para carreira
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O @TheDevConf publicou meu Keynote sobre Tecnologia e Futuro, e com o #manifestotech, é mais uma oportunidade de ouvir meu posicionamento. Os principais pontos da palestra deixo aqui para discussão:
Tecnologia sempre foi Política. Nós que escolhemos não enxergar nosso trabalho através do impacto que ele pode gerar na sociedade. Quando a gente escreve código que amplia o sucateamento de posições de trabalho, somos isentos de responsabilização?
Quando o código que a gente escreve promove a prisão de uma pessoa inocente, podemos realmente justificar que é pq o algoritmo não está bem treinado? Qual é o nosso papel em tec quando somos parte responsável criando ferramentas que seguem matando e prendendo a população negra?
Eu nunca fui CEO da Lambda3! Ao menos, não do jeito que você provavelmente imagina. Nunca tive o papel tradicional de mercado, e na @lambdatres, gestão e liderança não são convencionais. Vou tentar explicar como nos organizamos nas práticas e ações de dia a dia.
Pense no papel de CEO: você provavelmente imagina o líder supremo, escolhido por Deus, dono do saber e com respostas pra todos os desafios. Somos condicionados a acreditar e aceitar a infalibilidade da cadeira, e assumir uma hierarquia imediata ao cargo.
Acredito que toda hierarquia deva ser questionada e justificada. Não há nenhuma razão p/ acreditar que o cargo fala mais alto que a sua competência. E de alguma forma, construimos a Lambda3 com essa premissa, ainda que exista uma diferença óbvia entre sócios e funcionários.
Acabamos de passar por uma situação exatamente igual com uma startup. E não terminou bem: clima péssimo, pessoas pedindo demissão e no final tivemos que rescindir contrato. Um problema com a cultura de startup é a crença que com motivação se faz qualquer coisa… explico…
Leia a thread, ela é longa e super educativa: PM e CEO acreditam que velocidade se aumenta com times maiores. O que era um problema de estratégia de produto vira um problema de contratação, onboarding, métricas, qualidade de software e cultura. Quase nunca da certo…
Onde aperta mais: em quem está realmente fazendo o trabalho, não em quem está planejando o trabalho. E startups tem a péssima cultura de cultivar o heroísmo das pessoas. Quem mais trabalha, mais faz hora extra, mais responde msgs é visto como exemplo… Sabemos onde isso leva
Esse mês estamos completando 10 anos de existência, e tenho usado meu tempo livre pra refletir sobre o que significa isso.
Criamos a @lambdatres para ser um espaço que sempre quisemos trabalhar: transparente, excelente tecnicamente e de impacto maior que os boletos de fim de mês
Na época existia a ânsia de provar que éramos capazes: de criar uma empresa focada em agilidade, num modelo de gestão democratico e que software funcionando em produção fosse realmente nossa medida de progresso. Perdi a conta das vezes que ouvi: isso é impossível, não duram 1 ano
E os anos foram passando, clientes nos contratando, crescemos o time, e aqui seguimos - maiores, mais robustos e desafiando um monte de premissas tradicionais no mercado, inclusive crescendo nesse momento desafiador que enfrentamos
Estampo a reportagem na @exame sobre a atual demanda de devs no mercado brasileiro. Estou feliz? Demais! Trabalho há 20anos com isso e eh um sonho antigo estar numa reportagem falando sobre coisas que acredito. Mas eh importante falar de também das tretas
Para que 1 parágrafo saísse nessa reportagem, foram 3 horas de conversa explicando o contexto, o histórico e o posicionamento atual que estamos vendo no mercado, mas no final, quem escreve a história tem seu próprio posicionamento (não existe imparcialidade no jornalismo)
Não existe controle por parte de nenhuma das pessoas que aparecem ali. Expliquei minha posição em outra thread e em artigo, vale ler. Mas o fato é real: existe uma imensa demanda, poucas oportunidades pra quem está começando, e uma pressão de crescimento (“Unicorn flow”) no BR
Todas as novas contratações da @lambdatres fazem um onboarding comigo e com o @vcavalcante falando sobre a história da empresa, valores, atuação do dia a dia. Tentamos sempre desmistificar o trabalho que fazemos (como sócios e como empresa) - tendo um papo super reto:
Se eu puder dar 1 única dica para qualquer pessoa no processo é: faça perguntas! Não hesite em pedir apoio das pessoas ao seu redor! Todos estão dispostos a ajudar!
O maior medo das pessoas que chegam e falam conosco eh não parecer “um peso” para o time: fazendo perguntas demais, dizendo que não sabe uma tecnologia ou pedindo ajuda. O que a gente mais espera das pessoas: que elas questionem, peçam ajuda e busquem apoio dos pares!