Se você tomou as três doses de vacina contra HPV (sem ser pelo SUS) você é privilegiado sim
Tá aí um investimento que vale a pena
Ótimo presente pro dia dos namorados 🤣
Indicação:
•O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina via SUS para
◦Meninas de 9 a 14 anos de idade;
◦Meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose;
◦Meninos de 11 a 14 anos;
◦Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: vivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.
•A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de
9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, o mais precocemente possível. Homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com critério médico.
Fonte: SBIM (Sociedade Brasileira de Imunizações)
Mas mesmo fora dessas indicações, principalmente se você é homem gay cis com menos de 45 anos, uma mulher cis ou uma pessoa trans (homem, mulher ou travesti), pode e deve tomar.
Se tiver grana 💲
Converse com seu médico e pegue a receita pra tomar na clínica privada.
Se você atrasou alguma dose, não perdeu.
E mesmo já tendo tido HPV pode e deve tomar.
Muita gente reclamando que em SP tá difícil encontrar alguém para transar COM preservativo.
Como se agora o ‘normal’ fosse transar sem.
Será?
Acredito que o assunto seja bem mais complexo que isso.
Com certeza, com o avanço das tecnologias de prevenção, pode haver um efeito ‘balança de compensação’.
‘Se eu estou mais protegido aqui, posso relaxar mais ali.’
Mas que não é absoluto. Apenas 32% dos usuários de PrEP mudam
o comportamento sexual após iniciá-la.
E as pessoas que já transavam sem preservativo, vão fazê-las independente ou não de PrEP. Mas ‘pelo menos’ ao utilizá-la terão ampla proteção contra o HIV.
São 40 anos de pandemia de HIV, onde essa condição era quase uma ‘sina’ para todo
Ainda NÃO há segurança para liberar amamentação por mães vivendo com HIV, mesmo que indetectáveis. No Estudo Promise (2018) houve 2 casos de transmissão nesse contexto e mais estudos estão acontecendo.
Todas têm direito a fórmulas gratuitas infantis liberadas pelo SUS.
❤️🩹
O sexo anal sem preservativo (bareback) continua sendo o de maior risco para transmissão de HIV e ISTs. Mas se você deseja fazer, saiba que é possível minimizá-los com a prevenção combinada.
Leia com atenção as 10 dicas que preparei com carinho e muita ciência.
❤️🩹
Pensei muito antes de fazer este post. Porque como meu alcance tá cada vez maior sempre aparecem uns desaplaudidos vindo polemizar sem entender o tipo de trabalho que faço há 7 anos.
Muito da ‘demonização’ do sexo anal sem preservativo vem do estigma que a Aids trouxe e
ainda traz, junto da LGBTfobia. Mas agora com 40 anos de pandemia e muita ciência produzida com seriedade, podemos rever alguns discursos e tentar individualizar o cuidado, em vez de generalizar.
Por que só o sexo sem preservativo praticado por gays e travestis choca tanto?
Relacionar-se com alguém vivendo com HIV não é um risco, muito menos um esforço.
É natural, seguro e saudável.
Já está provado que alguém em tratamento e indetectável (vírus tão baixinho no sangue que o exame nem pega), há pelo menos 6 meses, não transmite o vírus por via
sexual. Seja anal, vaginal ou oral. Mesmo se ejacular, sangrar ou tiver outra IST no momento.
A cada dia eu conheço mais pessoas em relacionamentos sorodiferentes. Em que uma pessoa vive com HIV e a outra não. Vivendo muito bem, casando, tendo filhos. Tudo que têm direito.
EVITEM o uso de Crystal sempre que puderem. Nem experimentem se possível.
O Brasil não tem um plano de contingência dessa substância e até nós profissionais ainda estamos aprendendo a lidar.
Peça ajuda sim, não se envergonhe.
E se puder, evite.
Odeio fazer post alarmante assim. Mas se for pra defender os meus pares eu faço sim.
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Não é porque uma droga bem cara, que no Brasil afeta principalmente minorias já estigmatizadas como homens gays e bissexuais que não merece ser tratada como questão de saúde pública.
Porque é.
Sofrimento é sofrimento.
Precisamos agir rápido com política pública e informação.