Monkeypox não é problema de gays.
É de todo mundo.
Só que o sistema desigual , racista e lgbtfóbico só se preocupa quando o fardo atinge mais brancos, héteros e ricos.
Demonizam nossos corpos, repudiam nosso desejo e sempre julgam a culpa em nós.
Década de 80 novamente.
O vírus da monkeypox já aflige países africanos há muitos anos.
Alertas já eram enviados às autoridades e nunca foi feito nada de concreto (nem ao menos desenvolver uma vacina específica, afinal, tava só na ‘África’ ).
Mas só agora que ele saiu mais do continente africano começou a receber um pouco mais de atenção.
E em vez de pensar nos impactos ambientais e desigualdades que ocasionam a eclosão de nessas novas pandemias, o que as autoridades fazem: crucificam
mais um grupo vulnerável (os gays).
É sempre culpa dos negros.
Dos pobres.
Das gays.
Das travestis.
Como fizeram com gays e haitianos da década de 80.
Se você abraça, beija, faz carinho ou transa, você também pode ter monkeypox.
Se você vive e se relaciona, você pode ser vítima de uma pandemia.
A questão é que ela poderia ter sido evitada com vacina, conscientização e igualdade social.
Mas o povo lá de cima não quer.
Preferem te pedir pra sair menos, transar menos e viver menos.
E pra morrer mais.
Tive contato com alguém que foi diagnosticado com varíola monkeypox nos últimos 21 dias. Como devo proceder?
Um guia com cenários de alto, médio e baixo risco. Compartilhe.
Cenário de Alto Risco
1.Sexo ou contato íntimo com alguém alguém que abriu quadro nos últimos 21 dias,
com ou sem camisinha 2. Pessoas de casa que tiveram contato pele a pele próximo, como toques ou carícias frequentes, ou que
compartilharam roupas de cama, roupas ou toalhas. 3. Fluido corporal (suor, saliva, secreções genitais) em contato com os olhos, nariz ou boca 4. Ferimentos penetrantes de com agulha usada 5. Pessoa na sala durante um procedimento médico de geração
A orientação da OMS não foi ‘errada’. Múltiplos parceiros são um fator de risco importante para se infectar com varíola monkeypox. Mas direcionar para um grupo somente alimenta sim o preconceito. Pandemias não são estáticas.
O grupo vulnerável de hoje não é o mesmo de amanhã.
E o estigma plantado hoje permanece por anos. Até hoje não vencemos o da Aids.
E para ele não há vacina.
Toda infecção começa num grupo mais circunscrito até virar um problema mundial.
Então as medidas cabem para todos e COMO isso é falado, é essencial.
Quanto mais preconceito e estigma,
mais medo,
mais violência
e mais dificuldade para se testar e procurar ajuda.
Difícil imaginar um cenário que a OMS pediria para homens héteros transarem menos ou terem menos parceiras.
Mesmo tendo com alto número de IST’s assintomáticas.
O que está rolando sobre monkeypox no Brasil que você deveria saber (e provavelmente ainda não sabe).
Um guia de redução de danos e conscientização.
Compartilhe.
1 - A monkeypox (varíola símia) chegou, os casos no Brasil têm aumentado rápido e também tem se concentrado em homens que fazem sexo com homens (HSH). Mas todos nós estamos vulneráveis já que apesar de ser transmitida facilmente durante o
sexo, a monkeypox NÃO é considerada uma infecção sexualmente transmissível.
Qualquer contato de pele com pele e até gotículas (tosse, beijo, cuspe) pode transmitir. Dividir cama e roupa íntima também.
Olhem a escalada dos casos no Brasil enquanto o M. da Saúde não faz nada.
Muita gente reclamando que em SP tá difícil encontrar alguém para transar COM preservativo.
Como se agora o ‘normal’ fosse transar sem.
Será?
Acredito que o assunto seja bem mais complexo que isso.
Com certeza, com o avanço das tecnologias de prevenção, pode haver um efeito ‘balança de compensação’.
‘Se eu estou mais protegido aqui, posso relaxar mais ali.’
Mas que não é absoluto. Apenas 32% dos usuários de PrEP mudam
o comportamento sexual após iniciá-la.
E as pessoas que já transavam sem preservativo, vão fazê-las independente ou não de PrEP. Mas ‘pelo menos’ ao utilizá-la terão ampla proteção contra o HIV.
São 40 anos de pandemia de HIV, onde essa condição era quase uma ‘sina’ para todo
Se você tomou as três doses de vacina contra HPV (sem ser pelo SUS) você é privilegiado sim
Tá aí um investimento que vale a pena
Ótimo presente pro dia dos namorados 🤣
Indicação:
•O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina via SUS para
◦Meninas de 9 a 14 anos de idade;
◦Meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose;
◦Meninos de 11 a 14 anos;
◦Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: vivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.